Ainda no restaurante, e depois de Montanari testar bastante a minha paciência, ele resolveu chamar o garçom, fazendo sinal com os dedos. O garçom estava parado do outro lado, a pouca distância da nossa mesa. Entendi que ele estava ali somente para nos atender.
O homem veio em nossa direção e anotou nossos pedidos. O garoto era novo, loiro, de olhos azuis, e estava tímido perto de mim. De vez em quando, ele me olhava e ficava ainda mais tímido. Eu segurei o sorriso, vendo aquela situação.
— Continua olhando para minha mulher dessa forma, e eu arrancarei seus olhos bonitos e os enfiarei em sua boca, accidenti a te (Maldito) — disse Montanari batendo a mão contra a mesa, me assustando com sua atitude repentina.
— Ethan Montanari, para com isso. Estamos dentro de um restaurante. — o repreendi, sentindo-me envergonhada e constrangida.
— CALA A BOCA. — ordenou, encarando-me com aqueles olhos cheios de ódio. — Porque se não, você também vai levar uma surra. — disse, voltando a atenção para o garçom, que ainda estava parado. O coitado tremia de medo daquele idiota que falava alto no restaurante, fazendo aquela cena ridícula. — Peça para outro nos atender e vá embora daqui antes que eu enfie uma bala no meio de sua testa. — disse ele bravo.
O rapaz saiu praticamente correndo, adentrou em uma das portas e sumiu. Com uma dessas, aposto que ele não vai mais trabalhar aqui e comprará passagens só de ida para os confins do mundo, sem direito a volta.
— Por que faz tempestade em um copo d'água, Ethan? Pelo amor de Deus, o garoto não fez nada, e você arma uma cena dessas em um lugar cheio de pessoas? — o encarei.
— Elisa, você não sabe o que significa a frase "Cala a boca"? Pare de questionar o que eu faço, minha esposa, porque minha paciência já se esgotou e está no nível zero. — Ele me ameaçou.
Durante todo esse mês em que estou casada com Montanari, percebi que ele tem prazer em fazer as pessoas terem medo dele. Eu tinha, não vou mentir. Mas a partir de hoje, isso acabou.
Algumas horas se passaram. Outro garçom nos atendeu, e esse nem ousou me olhar. Acho que nem sabe a cor da roupa que estou vestida. O jantar todo foi em absoluto silêncio. Montanari e eu não trocamos uma palavra. Deixei meu orgulho de lado e puxei assunto.
— Esposo, o que acha de me falar um pouco sobre você? — perguntei, tomando um gole do meu vinho.
Montanari gargalhou e me encarou com olhos cheios de mistérios.
— Não acredito que minha querida esposa está curiosa para saber sobre minha vida. Isso é uma novidade. — respondeu, tomando um gole de seu vinho, enquanto me olhava por cima da borda da taça. — Realmente, minha vida te interessa, Elisa?
— É, você está certinho. Tanto sua vida quanto você não me interessam nenhum pouquinho. Parabéns para você, querido. Você é vidente ou o quê? — ironizei.
— Não sou vidente. Só respondi para não parecer mal educado.
— Você não sabe nem o que é isso, porque a educação passa bem longe de você. É sua pior inimiga, acredita?
— Não sabia disso, mas obrigado por me avisar. — falou. Parece que nada o abalava, e eu me sentia irritada por isso. — Que tal falarmos um pouco sobre nosso casamento, gatinha? Isso me interessa bastante. — comentou mostrando um sorriso calmo.
— Tipo o quê? Que sou uma mulher infeliz, que acabei minha vida casando com você? — provoquei.
— Que tal falarmos sobre como você gostaria que eu te f0desse? — gargalhou, me fazendo ter mais raiva dele.
— Imbecil, parece que nunca vai deixar de ser um canalha, não é? Tenho pena de você, Ethan.
— Sou só um marido ansioso, não esquenta. — falou calmamente. — Pra mim, você é como uma nova comida, que terei que degustar, e depois me lambuzar todo. Sendo um prato bem raro, eu tenho que usufruir de tudo que tenho direito. — Montanari mostrou um sorriso ladino.
— Cuidado com essa sua nova comida, porque se comer demais, pode causar uma grande dor de barriga.
— É uma ameaça?
— Não, meu amor, é um aviso!
Montanari estava com os nervos à flor da pele, e isso era nítido. Era como se você estivesse em um tipo de jogo com ele, deixá-lo jogar todas as cartas que tem, e você jogar a sua melhor, e deixá-lo sem saída ou sem opção. Ele agora estava muito irritado.
— Não brinque comigo, Elisa. Cuidado com suas palavras. A mim ninguém ameaça, sabe disso.
— Será? Eu quase peguei uma faca para matar você, só não fiz porque eu não quis. Coragem é o que tenho de sobra, mas não se preocupe, porque a qualquer momento, despacho você para o inferno. — eu o desafiei, meu coração batia por sentir medo, mas eu não posso demonstrar.
— Você é bem corajosa, querida. Tenha cuidado, porque se fizer uma gracinha sequer, eu mato você sem piedade, e não me importaria de ficar viúvo. — ele bateu novamente as mãos sobre a mesa, enquanto me queimava com seu olhar maléfico.
— Não tenho medo de você. — o desafiei.
Montanari levantou-se de onde estava, ajeitou o paletó e caminhou até mim, agarrando pelos meus cabelos, me puxando para fora do restaurante.
Já do lado de fora, ele me jogou contra o carro e apertou meu pescoço com suas mãos fortes. Cravei minhas unhas nas mãos dele, mas parecia que aquilo era pouco para fazê-lo sentir dor e me largar.
— Maledetta puttana, mi hai già tirato fuori dal serio. (Maldita puta, você já me tirou do sério) — ele apertou com mais força. Pude sentir a falta de ar se aproximar. Seus olhos estavam cheios de ódio.
Montanari abriu a porta do carro com a outra mão livre e me jogou dentro, sem nenhum tipo de delicadeza. Em seguida, fechou a porta com tanta força que pude ver, através do vidro, ele socar a lataria do carro, com os punhos fechados. Ouvi ele dar ordens para o chofer que nos trouxe, para me levar de volta para casa.
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Atualizado até capítulo 76
Comments
Joselia Freitas
Parabéns Autora pela linda história estou adorando 👏👏👏👏👏🌹🌹💋❤️💕🌺💯
2023-11-19
22
Neide Lima
Ah, leitores vcs não sabem curtir um Romance de Mafioso 🤭tô Amando 🥰
2023-10-31
5
leyde
vai provocar aí tem o que tá querendo kkkk. Euzinha ficava era um doce kkkk e botava esse mafioso delicinha no bolso ,kkkk
2024-05-15
1