— Está me machucando, seu cretino. — falei, tentando me livrar de seus apertos.
— Ah, tá machucando? Pois saiba que é para machucar mesmo, garota mimada. — disse, me empurrando contra o chão.
— Tá louco? — perguntei. — Filha da puta, maldito. — vociferei. — Eu te odeio, canalha. — completei, até que senti um tapa arder em minha face.
— Já falei para abaixar a voz para mim, se você tiver amor à sua vida. — disse, me agarrando pelo pescoço e me levantando do chão. — E nunca mais, nunca mais fale o nome da minha mãe dessa maneira, ou te arranco a língua e mando fazerem uma exposição com ela. Vou colocá-la na sala para que todos vejam que quem tem língua grande acaba ficando sem ela. — ameaçou, soltando-me.
Passei as mãos no local do tapa, que ardia como o inferno, queimando como se estivesse em chamas.
Montanari ajeitou o paletó e me encarou novamente:
— Espero que tenha entendido. — disse friamente.
— Sim. — falei a contragosto, as lágrimas ardendo os olhos.
Ele me puxou para si e apertou minha bunda, passando sua maldita língua em meu pescoço, e depois me beijou, apertando levemente meus lábios.
Eu me senti enojada, sentindo nojo daquele desgraçado.
— Agora, vamos entrar, e quero que se comporte, minha bela, ou torço seu pescoço como se torce o de uma galinha. — sorriu com aquele sorriso macabro, que me fez arrepiar até os cabelos do feofó.
Acompanhei-o para dentro da maldita festa, atraindo a atenção de todos que estavam ali, inclusive meu irmão, que me olhava. Se minha mãe estivesse ali, eu imploraria para ela me levar de volta para casa, mas ela não estava. Simplesmente ignorei os olhares em mim e coloquei um sorriso falso no rosto, fingindo que tudo estava bem. Afinal, ninguém ali poderia me ajudar, porque temiam o tal de "Ethan Montanari".
...🍒Um mês depois .....🍒...
Como o tempo passou rápido. Amanhã é meu aniversário de 18 anos, e se fosse em outra época, eu estaria feliz, comemorando com minhas amigas em um barzinho da cidade, ou talvez em uma casa noturna com direito a vários drinks. Mas não. Estou aqui, me acabando em um casamento cansativo e virando noites sem conseguir pregar o olho.
Montanari tem me mantido sob vigia, e tenho ficado o tempo inteiro trancada no quarto, só vejo a luz do dia através da grande janela de vidro. Não passa um só dia em que eu não pense naquele casamento, no tapa que levei na cara e na língua maléfica passando em meu pescoço. Tudo isso se tornou um pesadelo noturno para mim. Pela madrugada, eu desperto e não durmo mais, porque não consigo. Já estou cheia de olheiras.
Mexi em meu celular um pouco e mandei uma mensagem para minha mãe, perguntando como ela estava. Mais tarde, acabei dormindo, o que foi um grande milagre.
Acordei às 6:00 horas da manhã com o maldito fruto podre que o diabo colocou na terra batendo na porta, me fazendo levantar sobressaltada.
— Bom dia, minha esposa linda e adorada. — disse com aquele sorriso maligno nos lábios.
— Bom dia? Só se for pra você. — revirei os olhos.
— É um belo dia, querida. Hoje é seu aniversário, e quero que se arrume, fique bem linda para tomarmos um belo café da manhã no jardim. Sem atrasos, por favor. — disse saindo do quarto.
— Cretino. — comentei baixinho, porque se ele ouvisse, era bem capaz de arrancar meus dentes e fazer um quadro para sua exposição.
Caminhei até o box, tomei um banho e escovei os dentes. Caminhei até o closet e escolhi um vestido azul confortável, com mangas caídas.
Assim que estava pronta, caminhei para a área do jardim. Uma mesa enorme estava posta, recheada de várias frutas, sucos, pães, torradas, entre outras coisas gostosas de se comer.
Eu já fui chegando e me sentando logo. Montanari me olhou, deixou o jornal que estava lendo de lado.
— Quando for sentar-se à mesa, sente-se com classe, minha amada, e antes de tudo, peça licença. — me corrigiu.
Então ele tem raiva de quem não senta direito? Vou aprontar uma, porque tive uma grande ideia.
— Sim, esposo amado. — falei com desdém. Ele me olhou e depois começou a tomar seu suco, preparado pela governanta, que também estava ali ao lado.
Peguei um pedaço de bolo com as mãos de propósito, levei até a boca, devorando tudo e me sujando. Minha boca ficou toda melada de chocolate.
— Já chega. — disse Montanari furioso, jogando o guardanapo sobre a mesa com toda raiva.
— Adeus, Elisa, descansa em paz. — sussurrei mais para mim do que para ele ouvir.
O homem deu a volta ao redor da mesa, pegou meus braços e saiu me puxando até chegar ao quarto. Ele me jogou sobre a cama, tirou o cinto e me bateu duas vezes, o suficiente para deixar minha bunda marcadas pelo seu cinturão caro.
Eu o encarei com todo ódio que sentia, mas não me atrevi a dizer uma só palavra para não piorar tudo. Sei que estava me comportando como uma criança mimada, mas ele não tinha que ficar bravo por isso, nem me bater. Meu pai nunca encostou um só dedo em mim, quem ele pensa que é?
Montanari saiu do quarto, me deixando sozinha. Eu acabei dormindo novamente, sentindo-me enfadada, e a bunda dolorida.
Até que alguém entrou no quarto. Abri os olhos e vi uma figura feminina parada à minha frente:
— Senhora Montanari, aqui está um vestido para a senhora usar esta noite. — disse ela, colocando a caixa sobre a cama.
— Pra quê isso? Quem mandou?
— O senhor Montanari pediu para que eu a entregasse, não me pergunte. — disse. — Com sua licença. — Ela saiu.
Abri a caixa e lá estava um belo vestido, acompanhado por um par de saltos pretos. Ao lado, havia um cartão. Abri e li.
Montanari estava me desejando parabéns novamente. Mais, dessa vez, ele quis me enviar um mimo, que seria o vestido e a sandália. E me convidou para uma festa surpresa, pra comemoração do meu aniversário, e eu não estava tão animada pra ir. Mas, devo obedecê -lo, ou as consequências serão severas.
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Atualizado até capítulo 76
Comments
Silvana Pedroso
por mais que ela seja mimada não justifica ele ficar batendo nela toda hora.
2023-08-06
175
Rose Gandarillas
Vai ver que por isso que é fraca e só sabe fazer pirraça. Seu comportamento é infantil, seu inimigo não é Montanari, mas seu irmão que com certeza é fraco e pouco inteligente, tal qual você.
2024-12-15
0
Sheila Machado
autora sei q vc diz q o livro é seu e lê quem quer,mais violência contra a mulher não né? nem parece q vc é uma mulher
2025-02-04
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