Tudo aconteceu muito rápido, com ajuda de Thanatos, levamos Beatriz para o carro. Fui no banco de trás, mesmo dentro do carro, ela ainda estava no oxigênio. A oxigenação dela estava muito baixa. Seria arriscado tentar levar ela sem, embora não seja muito indicado andar com um cilindro dentro do carro. Ainda mais na velocidade que Thanatos dirigia. Nunca pensei que chegaríamos tão rápido no hospital. Marisa estava com cara de sono, já esperando na porta do hospital com Letícia.
— O que você suspeita que seja, Sarah? — Marisa perguntou ajudando Thanatos a colocar Beatriz na maca.
— Aqui estão os sintomas. Parece um envenenamento. Não tenho certeza, mas lembro que uma vez ainda na faculdade pegamos um caso desse. Com os mesmo sintomas de Beatriz, lembra? — Perguntei a Marisa, na época estávamos estagiando. Entregando para ela a lista que tinha feito com os sintomas.
— Sim, são basicamente os mesmos. Naquele caso, foi veneno de rato, certo? — Marisa questionou sem tirar os olhos do papel, acompanhando a maca que era empurrada por um maqueiro.
— Sim. — Minha maior preocupação, na época, não conseguimos salvar o paciente. Não vou mentir que estava assustada.
— Não se preocupe, vai ficar tudo bem. Antes éramos apenas estudantes que não sabíamos de nada. — Marisa tentou me consolar, mas era impossível. Foi o grande erro da minha carreira.
— Você disse veneno de rato? Como que Beatriz comeria veneno de rato? Ela é absurdamente seletiva com seus alimentos. Não faz nenhum sentido isso. Para fazer ela colocar algo diferente na boca é uma luta, como pode pensar que ela colocou veneno? — Thanatos estava certo. Beatriz não é o tipo de criança que coloca algo na boca, ainda mais se tiver no chão ou jogado.
— Talvez ela não soubesse... Alguém pode ter colocado veneno em algo que ela consumiu. — Era a opção mais lógica para mim, conhecendo Beatriz.
— Quer dizer que alguém teve coragem de envenenar minha filha? Dentro do meu morro? — Thanatos levantou a voz. Todos olharam em nossa direção.
— Hey! Não chame atenção. Só o que não precisamos agora é da polícia fazendo perguntas ou você indo preso. Se você me deixar sozinha cuidando de duas meninas, eu te mato. — Ameacei.
— Não se preocupe, não vou preso antes de brincar com seu caneco. — Thanatos sussurou no meu ouvido rindo, depois me olhou sério — Minha filha está correndo risco de vida?
— Vou fazer os exame, uma lavagem e algo para bloquear a toxina. — Marisa explicou entrando na sala, mas segurei a mão dela.
— Uma tomografia, você precisa fazer uma tomografia. Eu acho que vou aí, ajudar você. Pode conseguir liberação do hospital? — Perguntei.
— Sarah, você não pode. É da família. Você é a mãe daquela garotinha e também esposa desse cara que está perto de surtar. Acho que seu lugar é aqui. Não se preocupe, cuidarei bem da sua filha. — Marisa respondeu antes de fechar a porta.
— Eu sou a mãe de Beatriz? — Aquilo me pegou de surpresa. Será que Beatriz também pensava assim.
— Sarah, você não me respondeu, quais os riscos dessa merda toda? — Thanatos estava realmente perto do surto.
— Meu maior medo é que tenha atingido o cérebro dela, sabe? Ela pode ter algum dano ou até ficar em coma. O veneno também pode danificar alguns órgãos ou enfraquecer os músculos. É... bem arriscado. — Não podia mentir para ele. Thanatos nunca me perdoaria se eu mentisse em uma hora como essa para ele.
— Vou descobrir quem fez isso com minha filha. Vou arrancar toda sua pele em tirar, depois jogar sala e tocar fogo. Quem é o monstro que faria isso com uma criança inocente. Malditos sejam. — Thanatos, sem dúvida, ia tortura a pessoa que colocou Beatriz naquela situação. Minha maior preocupação naquele momento, era o resultado da tomografia.
Estávamos sentado, já ansiosos com a demora dentro da sala. A falta de resposta era agonizante. Quando ouvimos um sinal, uma luz piscava na porta da sala que Beatriz estava. Um carro de ressuscitação passou correndo em direção da sala. Thanatos levantou. Segurei na mão dele.
— O que diabos está acontecendo? Que carrinho era aquele? Que sirene é essa? Responde, Sarah! Porque está me olhando desde jeito? — Thanatos me gritou. Eu não lembrava se ele já tinha feito isso.
Mesmo assim, como eu poderia dizer que aquele carrinho era de ressuscitação, a sirene era um alerta chamando a equipe para ajudar? Como posso dizer ao homem que eu amo, que a filha dele está entre a vida e a morte? Senti todo meu corpo tremendo.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 120
Comments
Claudia
genteeeeeee mas porque tanto sofrimento pra eles??? credo é um atrás do outro sem espaço de tempo ... quiqueissooooooooo?????
2025-04-10
0
Claudia
genteeeeeee mas porque tanto sofrimento pra eles??? credo é um atrás do outro sem espaço de tempo ... quiqueissooooooooo?????
2025-04-10
0
viviane SILVA
e lá vem esse caneco de novo
2024-07-06
0