Tentei juntar os pedaços, acabei cortando meu dedo. Jade correu me levantando e me sentando na cadeira mais próxima. Me olhava brava, mas algo estava errado. Meu coração dizia isso. Será que Thanatos está em perigo?
— Sarah! Não apronte. Você não pode se agachar. Eu vou te ajudar. Então não faça esse tipo de coisa. Se precisar pegar algo, eu irei. — Jade brigou comigo.
— Ligue para Gavião. Descubra para onde meu marido foi. Por favor, Jade, descobre onde seu irmão está. — Minha voz saiu cortanda. As lágrimas estavam rolando.
— Sarah, se acalme. Meu irmão deve voltar logo. Ele não ficaria longe de você em um momento como esse. Não fique assim. Você está cansada. Venha. Descanse um pouco. — Jade me guiava para o quarto, mas voltei para cozinha.
— Sarah! — Jade me chamou com um tom bravo.
— Você esqueceu de Ana no moisés. Não se pode deixar um bebê sozinho, mulher. Irei descansar. Devo está cansada. Ter um bebê é mais cansativo e estressante do que pensei. E tem gente que diz que é um momento mágico. Só podem tá brincando com minha cara. — Tentei mudar meus pensamentos, algo gritava dentro de mim para procurar por Thanatos. Uma sensação que estava perdendo algo importante na minha vida. Que eu nunca irei ter de volta.
Quando mais eu pensava, mais angustiada eu ficava. Parei no meio da sala. Olhando para Ana dormindo calmante em meus braços. O que deveria fazer?
— Sarah! Não sei o que está acontecendo, mas você está me assustando. Vou ligar para Gavião e descobrir o que aconteceu. Assim você ficará mais calma. Você não pode ter estresse. Passou por uma cirurgia de risco. Precisa relaxar e descansar. — Jade estava certa, mas como posso explicar ao meu coração isso?
— Faça isso. Não ficarei em paz enquanto não souber o que está acontecendo. — Confesse para Jade. Eu precisava daquela informação. Meu coração não estaria calmo até ele voltar para casa.
— Vou fazer isso. — Jade disse antes de se afastar. Acho que até ela mesmo estava assustada. Quando dei por mim, eles já estavam brigando no celular. Me aproximei tomando o celular de Jade.
* CHAMADA ON *
— Gavião, quero uma resposta objetiva e sincera. Se você mentir para mim, vai se arrepender. Eu não estou brincando. Onde foi meu marido? O que está acontecendo? — Perguntei. Sei que ele não tem culpa de nada, mas aqueles dois costumavam encobrir o outro que estavam aprontando. Descobri um pouco depois que me mudei para cá. Esse era o maior motivo de Gavião ser o braço direito do dono do morro, vulgo, meu marido.
— Chefinha, na moral, não sei. Ele não me disse onde estava indo ou o que estava acompanhando. Pediu para que eu tomasse conta do fluxo e dobrasse a segurança da casa. Depois apenas desligou na minha cara. Não deixou nem eu perguntei nada. Foi mal. — Gavião respondeu parecendo tão preocupado quando.
*CHAMADA OFF*
— Obrigada — Foi o que consegui falar antes de voltar para o quarto, com cuidado colocar Ana no berço e me encolher na cama chorando desesperadamente. Meu coração está doendo muito. Não tenho ideia do que fazer.
— Sarah, meu irmão não deixaria nada acontecer com eles. Vocês prometeram cuidar um do outro. E ele sabe que esse é o momento que você mais precisa dele. Tenho certeza que ele não faria nada arriscado. Tente se aclamar. Vou fazer um chá para você. — Jade falou saindo do quarto.
De longe ouvi ela falando no telefone. Meu nome foi citado algumas vezes, mas eu não consegui entender. Um tempo depois ela voltou com um chá. Tomei devagar. Tentando respirar e controlar minhas emoções. Eu não sou assim. Tenho que me acalmar. Thanatos sempre disse que viver é um risco, que eu tinha que aprender a lidar com isso, mas hoje parece tão assustador.
— O que achou do chá? — Jade perguntou. Eu estava me sentindo sonolenta.
— O que tinha no chá? — perguntei com a língua pesada.
— Dessa vez, prometo que foi com autorização médica. Você precisa dormir. Quando acordar meu irmão terá voltado. — Jade disse.
Meus olhos estavam pesados demais para contrariar. Talvez fosse melhor dormir mesmo. Preciso organizar minhas emoções. Tudo isso deve ser dos hormônios liberados com o nascimento de Ana. Preciso voltar ao meu raciocinal.
Quando acordei, Thanatos estava na minha frente. Todo de preto. Parecia triste. Tinha olheiras gigantes. Quando notou que estava sentada na cama se aproximou e sentou do meu lado.
— Quem morreu? — Conhecia bem aquele clima.
— Precisamos conversar. Quer comer algo antes? — Thanatos perguntou me abraçando.
— Thanatos, quem morreu? — Insisti. — Não quero comida. Quero respostas. Vai me deixar ainda mais nervosa se ficar enrolando para falar.
— Entendi. Então deita e coloca a cabeça no meu colo. Tá? Seja boazinha, ousa meu pedido. Irei te contar. — Thanatos falou com os olhos cheios de lágrimas.
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Atualizado até capítulo 120
Comments
Joselia Freitas
deve ser a mãe dela,😞
2024-01-04
5
Edna anjos
Há que triste , acho que a mãe de Sarah partiu 😥😥😥
Parabéns Autora Querida
A HISTÓRIA continua maravilhosa .
OBRIGADA ❤❤❤
2023-05-03
8