Jade parecia alivia com o pedido do seu irmão. Na verdade, acho que tudo não foi mais sério porque ele estava de bom humor. Em um dia normal, Gavião ia para ideias apanhar um pouco. Jade estaria tentando evitar o castigo do namorado e fazendo altas promessas que não aconteceria novamente. Posso ver claramente. Com o tempo percebi que nada favela tem várias regras. Thanatos como o dono do morro, era juiz e carrasco do lugar. E não era do tipo que passava mão na cabeça de ninguém. Qualquer erro, poderia fazer com que alguém perdesse. Não vou mentir que às vezes me assustava.
— Ana é tão linda. A titia promete te estragar o máximo possível. — Jade disse de ajoelhando ao lado da sobrinha.
— Viu? Só você mesmo para dizer que nossa filha tinha ausência de beleza. Eu lá faço filho feio, rapaz. Aqui é uma máquina de belezinhas. — Thanatos brincou.
— Que? Você falou isso dessa coisa fofa? Acho que vou pedir a guarda da minha sobrinha. É muita calúnia contra ela, para tão pouco tempo de vida. — Jade acariciava o cabelo de Ana com tanta delicadeza, como se pudesse quebrar.
— Se você acordar ela, eu juro que coloco laxante na sua comida. Vai ficar presa no banheiro o dia inteiro. — Ameacei.
— Sua esposa é assustadora. E eu cheguei a pensar que ela era a inocente em suas mãos quando a conheci. — Jade fez careta rejeitando a ideia.
— Você sempre pensando o pior do seu irmão. Oh você toda errada aí. — Thanatos devolveu.
— Na verdade, eu quase apanhei quando te vi pela primeira vez. Você jurava que eu era alguma marmita que seu irmão se divertia. Acho que até fugi. — Fazia por volta de um ano que eu tinha vindo morar no morro, mas tinha a impressão que fazia muito mais. Aconteceu tantas coisas nesse meio tempo. Ainda hoje, não me acostumei com o lugar.
— Eu lembro disso. Você tentando pular o portão foi épico. Será que tenho gravação daquele dia? Podemos colocar para passar no aniversário de um ano de Ana. Explicando como tudo começou. — Thanatos parecia animado olhando o celular. Certeza que já estava procurando o vídeo.
— Engraçadinho. Espero que nossa filha nunca descubra que a mãe dela tentou pular um portão fugindo da tia maluca dela. — tomei o celular da mãos dele.
— Viu, Jade? Ela é uma ditadora. — Thanatos fez careta para mim. Devolvi o celular rindo — Vou contar para o sogro que você está sendo má comigo novamente. Sabe que ele me ama, né? Sempre concorda comigo.
— Verdade! Quando seus pais vem? Pensei que estariam aqui quando Ana nascesse. — Jade perguntou.
— Minha mãe piorou de um mês para cá, pensei em viajar para lá, mas era inseguro pelo tempo de gravidez e é perigoso para ela também vir. Fizemos uma chamada de vídeo ontem. Nunca vi meus pais chorando tanto. — brinquei.
— Tenho que ir. Resolver um b.o. Jade, fica de olho nela. Marisa disse que ela não pode pegar Ana no colo, se abaixar ou subir escadas. Amarre ela se for preciso, volto mais tarde — Thanatos disse beijando a testa de todas nós.
— Se cuide. — Falei com um sorriso, mas achei estranho como Thanatos me olhou. Tinha um semblante triste, será que era impressão minha? Dois segundos atrás ele estava sorrindo feito bobo para Ana.
Levantei para pegar um pouco de água, estava com a boca seca ainda. O copo acabou escorregando, caindo no chão, se despedaçando por inteiro. Senti uma vontade de chorar enorme. Uma angústia sem qualquer preocupação. O que é esse aperto no meu peito que senti do nada?
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Atualizado até capítulo 120
Comments
Joselia Freitas
Será que a mãe morreu 😞
2024-01-04
3
Edna anjos
Aviso ruim a mãe de Sarah não deve esta bem ou partiu 😥😥😥
2023-05-03
4
Dasdores Amorim
tomara que não aconteça nada de grave com ele,pq ela nem pode socorrer ele.
2023-05-02
2