capítulo 20

Suzane conferiu todas as caixas primeiro. Depois pegou o caderno com o pedido dos clientes, e começou a separar. Ela organizou as sacolas no balcão. Entregou o caderno a uma das vendedoras, pediu que ligasse para os clientes, informando que a encomenda deles já havia chegado, já estava separada e era só ir pegar. Depois ela foi checar os e-mails. Sentou e começou a trabalhar. A decoração da loja ficaria para depois. Após o horário de almoço, ela chamou a Isabela. Pediu para pegar a caixa com as decorações de Natal. Ela precisava dar uma olhada no que ainda tinham. Suzane não almoçou, virou o meio dia sem comer. Ela deu uma olhada na caixa. Ligou para a dona da loja e informou que precisaria comprar algumas coisas. Suzane tinha carta branca, mas ela sempre avisava, para evitar problemas futuros. Entregou uma lista para a Isabela, e o cartão. Ela saiu de imediato para comprar as coisas. Suzane conferiu alguns documentos e depois foi receber mais uma encomenda. Ela conferiu tudo, depois chamou uma das vendedoras para ajudar ela a separar as roupas. Ela já começou a organizar tudo. Depois era só levar para as prateleiras. Os manequins chegaram. Suzane aproveitou as meninas para ajudarem ela a vestir eles. O dia dela foi corrido, se dividindo um pouco em cada função. Depois que todos foram embora, e ela fechou a loja. Começou a montar a árvore, a colocar os enfeites, e aos poucos decorar as vitrinas. Ainda precisava organizar as roupas nas prateleiras, e colocar os manequins expostos.

Breno saiu do trabalho, foi em casa, e depois para a academia. Não viu a Suzane, mas a Chai estava lá.

Ele resolveu ignorá-la, talvez assim deixasse ele em paz.

Quando ela não conseguiu o que queria deu um show, fazendo o Breno passar a maior vergonha.

Ele parou de fazer o exercício e olhou para ela.

— Olha garota até agora estou sendo muito paciente com você. Perturbar as pessoas é crime, eu posso denunciar você. Calúnia e difamação também é crime, então se não quiser ter problemas mais graves me deixa em paz. Eu já te falei um monte de vezes que eu tenho namorada, não vai rolar. Aliás, se eu não tivesse namorada também não ia rolar. Você não faz o meu tipo, eu gosto de carne.

Breno foi para outro aparelho e deixou ela ali. Talvez agora ela fique na dela.

Ele treinou e nada da Suzane. Breno foi em casa, tomou banho, e saiu. Foi até a loja, as luzes estavam acesas. Ele ligou para o restaurante e pediu comida italiana para os dois. Ficou lá até ela sair da loja. Suzane reconheceu o carro dele. Ele se aproximou dela. Suzane abraçou ele. Breno não entendeu nada. Mas retribuiu o abraço. Talvez ela só estivesse cansada.

- Queria ser recebido sempre com esse abraço. É muito bom, ainda mais vindo de você.

- O que você veio fazer aqui?

- Não vi você na academia, então imaginei que estivesse aqui.

- Até janeiro isso vai ser uma loucura.

- Porque só você fica até tarde?

- Sou paga para isso.

- Você está sendo escravizada. E quando tiver filhos, como vai dar conta de tudo?

- Até lá, já terminei de pagar o meu apartamento.

- Está com fome?

- Não vai me dizer que veio jantar comigo novamente.

- Claro que sim, pedi comida italiana. Você precisa se alimentar bem, até janeiro tem alguns dias ainda. Vem, vamos lá para o carro.

Breno beijou ela. Eles foram para o carro dele. Entraram, sentaram e começaram a comer. Após o jantar, eles ficaram namorando dentro do carro.

— Posso ir dormir com você hoje?

— O Bruno deve estar na minha casa. Ainda mais que ele foi ao mercado hoje.

— Eu queria dormir com você, ficar agarradinho.

— Breno, não seria bom ficar fazendo isso. Não quero que se machuque.

— Eu não vou. Esquece isso, e só vamos curtir.

— Obrigada pelo jantar. Mas agora eu preciso ir.

— Eu sei, você deve estar muito cansada. Se quiser levo você, assim não precisa dirigir cansada.

— Não precisa, você trabalha amanhã, já fez muito me esperando e trazendo o jantar.

— O mínimo que eu poderia fazer por você.

— Breno porque você age dessa forma comigo?

— Eu já disse isso a você, eu quero ficar com você.

— Eu tenho tanto medo de te machucar.

— Não deveria ter esse medo, deveria amar e se deixar ser amada. Você merece isso.

— Boa noite Breno.

— Boa noite minha linda.

Suzane sempre fugia quando Breno falava de amor. Mas isso não faria ele desistir.

Ela foi para casa dela, e como previsto Bruno estava lá a espera dela.

— Boa noite! Meu Deus, que exploração, olha o horário.

— Aí Bruno, o que eu faço com o seu irmão?

— O quê?

— O seu irmão, ele precisa parar com isso, não está certo. Ele foi até a loja e esperou que eu saísse para jantar comigo.

— E o que tem demais? Errado ele não está, você precisava jantar.

— Bruno ele não pode ficar fazendo essas coisas.

— Su vai tomar banho, e deitar para dormir. Você deve estar cansada, e amanhã tem correria novamente. Amanhã não, hoje, já passou da meia-noite.

— Fala com o Breno por favor.

— Não, você deveria dar uma chance a ele.

— Bruno... esquece eu estou morta, só vou tomar banho e deitar.

Após o banho Suzane secou o cabelo e foi deitar.

Bruno deitou e dormiu.

Breno chegou em casa, e foi direto para o quarto. Trocou de roupa, foi ao banheiro, e deitou. Ele pegou o porta retrato com a foto dela, olhou por alguns minutos e ficou perdido nos seus pensamentos. Guardou, apagou a luz do abajur e dormiu.

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