capítulo 5

A semana da Suzane foi de rotina.

A mãe do Bruno queria que ela fosse almoçar no fim de semana com eles. Bruno no entanto avisou que eles iriam para a casa no lago.

Breno começou a trabalhar com o pai, depois do expediente ia até a academia. Nesses dias ele continuou encontrando Suzane, mas não se aproximou dela. Apenas observava de longe.

Suzane conseguiu dois dias de folga, então ela iria no sábado para a casa no lago. Na sexta feira, Breno escutou ela conversando com alguém no celular, e marcou de se encontrarem num barzinho. Ele resolveu ir até o lugar.

Breno ligou para alguns amigos que ele não via desde que foi embora, e combinou de se encontrarem nesse bar. Ele estava procurando uma roupa para vestir, quando o Bruno entrou no quarto.

— Breno o que vai fazer hoje?

— Vou sair com alguns amigos. Por quê?

— Ia convidar você para sair comigo.

— Se você quiser pode vir comigo.

— Não obrigado, eu convidei as meninas e queria apresentar você para elas.

— Pode ser em outra ocasião?

— Pode sim. Bom passeio.

— Obrigado, para vocês também.

— Amanhã vamos para a casa do lago, se quiser aparecer.

— Eu irei sim.

Bruno saiu do quarto do irmão e foi se arrumar.

Suzane se arrumou e foi pegar a Isabela e a Márcia. Bruno chegaria mais tarde.

Elas foram para o bar, escolheram uma mesa. Sentaram e cada uma pediu a sua cerveja.

Breno chegou no local, encontrou os amigos e ele olhou em volta para ver se via ela.

— Está procurando alguém?

— Estou, vamos dar uma olhadinha antes de escolher a mesa?

— Claro.

Breno caminhou pelo local, e viu ela em uma das mesas.

— Podemos sentar aqui?

— Claro. Já encontrou o que estava procurando?

— Já.

— Mal chegou na cidade e já está pondo as mãozinhas de fora.

— Que isso, é só alguém que chamou a minha atenção.

— E já chegou nela?

— Não.

— Conheceu onde então?

— Na academia, ela nem me notou.

— Então?

— Sei lá, achei ela linda.

Breno pediu um suco, e ficou observando ela. Eles seguiram conversando.

Na outra mesa, as meninas bebiam e conversavam.

— E o Bruno?

— Vai chegar daqui a pouco.

— Estranho ele demorar.

— Ele foi pegar a prima dele.

— Pensei que seríamos apenas nós.

— Então prontas para amanhã?

— Sim. Será que o Bruno vai levar o irmão dele?

— Não sei, mas isso não faz diferença.

— Faz sim.

— Alguém reparou que aquele homem não para de olhar para cá?

— Ele parece com alguém que eu conheço.

— Deve ser por isso que ele está olhando para cá.

- Ele é um gatinho.

- Márcia você acha todos os homens um gatinho. Ainda mais quando a marca da roupa está estampada.

- Você é uma pobre mesmo, deveria fazer igual, assim não vai precisar trabalhar o resto da sua vida.

- Meninas já chega, aqui não é o lugar adequado para ficarem discutindo. Viemos para nos divertir.

- Claro que sim minha linda.

Isabela apenas analisava a Márcia. Sempre se achando, e num cinismo sem fim.

Suzane já estava acostumada com ela, sempre andou com homens que pudessem dar s ela coisas boas e caras.

Breno percebeu que em nenhum momento ela olhou para a mesa deles. Precisava terminar com aquilo.

— Vocês pensam que, eu deveria ir falar com ela?

— Você deveria tentar sim, se levar um fora sabemos onde vamos levar você.

— Não, nada de festas.

— É um lugar bem legal.

— Eu vou até lá então.

Breno terminou o suco levantou e foi até a mesa delas.

Márcia que não parava de olhar para ele, notou que ele estava indo na direção delas.

— Meninas ele está vindo para cá.

— Quem?

— Aquele cara que não parava de olhar.

— Márcia você podia chamar a atenção dele para outro lado, sabe que eu não gosto disso.

— Bom então eu vou pegar outra cerveja.

Márcia saiu disfarçadamente, acreditando que o Breno iria seguir ela. Ele nem se quer desviou o olhar.

— Boa noite meninas.

— Boa noite.

— Eu estou com alguns amigos, e queria saber se não estão a fim de juntar as mesas, só para bater um papo.

— Estamos esperando mais alguns amigos, mas obrigada pelo convite.

— Pena, gostaria muito de conhecer vocês.

— Vocês é loira e acabou de ir pegar uma cerveja, vai até lá.

— Não entendi.

— O que a Su quis dizer é que a nossa amiga se chama Márcia e foi pegar uma cerveja. Veio até aqui por causa dela, é só ir até lá.

— Na verdade, vim até aqui para conhecer você.

Suzane olhou desconfiada para ele.

— Eu me chamo Breno, qual o seu nome?

— Ela se chama Suzane, e eu vou pegar uma cerveja.

Isabela saiu e deixou eles sozinhos.

— Muito prazer Suzane. Vem sempre aqui?

— Isso é uma brincadeira?

— Como uma brincadeira?

— Você não sairia da sua mesa, e viria até aqui para me conhecer.

— Na verdade, essa foi a oportunidade que encontrei. Eu achei você linda, e queria te conhecer melhor. Claro, se não tiver namorado.

— Eu não tenho namorado, mas não estou interessada em conhecer ninguém.

— Terminou a pouco tempo com alguém?

— Não, já faz bastante tempo, mas não tenho interesse.

— Eu não sei o que aconteceu, mas sei lá podíamos conversar.

— Tenho certeza de que você é uma pessoa legal, mas eu não estou interessada.

Breno tinha a esperança de que pelo menos fosse conseguir o número dela. Mas não rolou nada.

— Então peço desculpas por atrapalhar a sua noite, e por ter sido inconveniente.

— Não tem o porque pedir desculpas, você foi muito educado. Espero que aproveite a sua noite.

— Obrigado. Licença.

Breno saiu um pouco chateado. Voltou para a mesa onde estavam os amigos.

— Pela sua cara, a gordinha te deu um fora.

— Não gostei do seu comentário. Falta de respeito da sua parte chamar alguém de gordo.

— Desculpa, mas é que sempre falamos o gordo, o magro.

— Então o que ela disse?

— Que não está interessada em conhecer ninguém.

— Vida que segue, tem um monte de mina por aí.

— Fazer o que, não tem como ganhar sempre. Vamos comer alguma coisa?

— Bora.

Breno e os amigos saíram do bar, e foram a outro lugar comer.

Bruno chegou logo em seguida com a prima. Eles beberam e pediram alguns petiscos. Conversaram sobre a ida até a casa do lago, e depois foram para uma festa.

Bruno estava sempre perto dela. Antes de terminar a festa eles saíram. Bruno foi dormir na casa da Suzane.

Breno, após jantar com os amigos, voltou para casa.

Trocou de roupa e deitou.

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