capítulo 18

Breno acordou primeiro que a Suzane. Ligou e pediu café para os dois. Ele se vestiu e foi ao banheiro.

Suzane acordou com o despertador. Ela desligou, e levantou. Quando olhou para o lado se assustou.

- Aí Breno que susto. Tinha esquecido que você estava aqui.

- Bom dia, minha linda.

- Bom dia! Você já pediu o café?

- Sim! Queria ganhar tempo.

- Obrigada!

Breno levantou e beijou ela.

Suzane pegou a roupa que ia vestir e foi para o banheiro. Quando saiu de lá já estava vestida, maquiada e pronta para o trabalho. Ela sentou e tomou café com ele. Breno notou que ela estava mais tranquila. Talvez o stress do dia anterior deixou ela irritada. Após o café ela olhou o horário. Tinha tempo ainda.

- Breno, agora não é o momento para conversar com você sobre algumas coisas. Mas assim que passar todo esse tumulto de fim de ano, nós vamos conversar. Só não faz mais essas loucuras.

- Minha linda, eu sei o quanto está trabalhando, eu só queria ver você. Não quero atrapalhar em nada, mas estava com muita saudade. Queria ter certeza de que estava bem.

- Eu estou bem, mas não está certo isso. Você não deveria vir atrás de mim.

- Eu só quero ficar com você, depois quando você estiver com mais tempo, pensa melhor sobre nós.

- Breno...

- Por favor, estou pedindo a você apenas uma chance. Você está ocupada agora, quando estiver tudo mais calmo. Pensa na gente, em tudo que podemos construir juntos. Não me fala nada agora.

- Eu preciso ir, obrigada por ter vindo. Foi bom ter companhia para o jantar e o café. Mas agora quero que você vá para casa.

- Só vou acompanhar você até o seu trabalho, e depois eu vou.

- Tudo bem, vou esperar você aqui e saímos juntos.

Breno beijou ela, e foi até o quarto pegar a mochila que ele levou. Suzane foi ao banheiro, pegou a bolsa e saiu do quarto. Quando estava trancando a porta escutou alguém falar o nome dela. A voz era conhecida.

- Suzane?

- Você? Que mundo pequeno.

- Não imaginei que encontraria você aqui.

- Nem eu.

- O que está fazendo por aqui?

- Não é da sua conta.

- Meu amor já achei a chave. Quem é essa mulher?

- Não é ninguém meu amor. Vamos?

- Vamos.

Suzane não acreditou naquilo. Encontrar o ex marido, justo ali, naquele hotel. Seus pensamentos foram interrompidos pelo Breno.

- Pronto minha linda, já podemos ir. O que foi?

- Nada. Vamos, não posso me atrasar.

Os dois saíram. Breno pagou a conta dele do hotel, e foi com ela até a loja. Quando chegaram, eles desceram e Breno aproveitou para beijar ela mais algumas vezes.

Eles se despediram, Suzane foi trabalhar e ele voltou para casa.

Bruno era o único que sabia onde ele estava.

O domingo passou, e a semana começava novamente.

Suzane deu sorte de não encontrar com o ex no hotel.

Breno já não teve a mesma sorte na academia com a Chai. Se não fosse para ver a Suzane, ele iria trocar de academia.

Na quinta-feira, Bruno recebeu uma ligação inesperada. Ele levantou do sofá, e saiu rapidamente.

- Nem acredito que você chegou. Estava com muita saudade sua.

- Não via a hora de voltar para casa, eu só quero a minha cama.

- Vamos lá para casa, é mais perto, e não tem barulho. Vai poder descansar muito mais.

- Imagina, não, eu só quero a minha casa.

- Estão fazendo reforma lá perto e está um barulho do cão. Vamos lá para casa, você toma um banho, relaxa, e deita para dormir. Amanhã você vai para a sua casa.

- Tem tanto barulho assim?

- Tem, está horrível. Agora vamos, me dá essa mala. Você deve estar exausta, depois de trabalhar feito uma condenada.

- Estou sim! Amanhã eu preciso voltar ao trabalho. Talvez eu ganhe folga no sábado, mas, já fiquei sabendo que a loja irá abrir nesse domingo.

- Não vejo a hora de você terminar esse apartamento, assim não vai precisar se matar de tanto trabalhar.

- Deus te ouça.

Bruno levou ela para casa dele. Ninguém viu ela chegar, os dois foram direto para o quarto dele. Suzane tomou banho, vestiu um camisetão do Bruno, deitou e dormiu em seguida. Ela estava muito cansada.

Bruno deixou ela dormindo e foi para a sala, esperar o irmão chegar do trabalho. Nesse dia, Breno levou a roupa dele e trocou no trabalho. Saiu de lá, e foi direto para a academia. A intenção era evitar a Chai.

Bruno viu ele entrando. Levantou discretamente e foi falar com ele.

- Que tanto você demorou hoje?

- É que eu já fui para a academia. O que foi?

- Sobe, toma banho e depois vai até o meu quarto. Só não demora.

- Tudo bem? Aconteceu algo?

- Só faz o que estou dizendo a você.

- O que tanto cochicha aí?

- Nada mãe, é coisa de irmão.

- Sei, vocês estão escondendo algo.

Breno subiu e foi para o banho. Depois que se vestiu foi até o quarto do Bruno. Ele entrou e acendeu a luz. Se aproximou da cama e viu que a Suzane estava dormindo. Ele sorriu, e ficou olhando para ela. Voltou e apagou a luz, deitou com cuidado para não acordar ela. Mas quando as mãos dele, tocaram a barriga dela e deslizaram cuidadosamente pela blusa, ela acabou acordando.

Quando sentiu aquele braço, percebeu que não era o Bruno.

Breno sussurrou no ouvido dela.

- Calma minha linda, sou eu.

- Breno sai daqui, se a sua mãe entra e vê a gente.

- Ela está lá em baixo. Não sabe o quanto estou feliz por você ter voltado.

- Breno...

- Não começa, eu já sei o que vai dizer.

- Se sabe, porque insiste?

- Eu já disse que quero você. Não vou desistir.

- Devia, eu não quero compromisso.

- Então a gente só fica, sem compromisso.

- Breno você não tem cara de quem vai só ficar.

- Se preciso fazer isso, para ficar perto de você, e ficar com você então farei.

Breno beijou ela. Suzane sempre correspondia aos beijos dele. Só não sabia porquê se deixava envolver.

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