Capítulo 19

(Safira)

Acordo e não vejo o Ricardo mais na cama, então resolvi ir tomar um banho. Ligo uma música para que eu me anime mais nesse dia, e passo o meu sabonete favorito com cheiro de baunilha, quando saio do banho, vou pegar os meus fones que estão na prateleira, afinal não sei se todos estão acordados a essa hora. Saio do banheiro de toalha mesmo, apesar de achar essas toalhas bem minúsculas, não tinha outra opção. Vou em direção aonde está minha roupas, e a música que está tocando me contagia, começo a dançar escolhendo o look, e quando me viro retirando a toalha, dou de cara com o Ricardo.

Antes que pudesse falar algo, sou agarrada e como um faminto ele me beija, confesso que precisou apenas de uns apertos em meus peitos, para que eu ficasse toda molhada. Ele me puxa mais ainda para perto de seu corpo, me fazendo sentir todo o tesão em sua bermuda, e a minha reação foi pular em seu colo. Ele me conduz até a cama, e ali eu me perco, ele me levou a loucura somente com seus lábios, e eu senti tanto prazer, que foi interrompido por causa uma voz feminina vindo do lado de fora do quarto.

Era a dona Beatriz, confesso que fiquei com muita vergonha do estado em que fiquei, então eu cubro o meu rosto. Ouço o Ricardo falar com a tia e logo em seguida ela sai, ele então fala comigo e somente aí eu tive coragem para olhá-lo.

Depois de me analisar e dizer o quanto eu era gostosa, ele sai de cima de mim e entra no banheiro, eu tento me acalmar e visto a minha roupa, um conjuntinho que trouxe vermelho.

E desço correndo de lá, não queria correr o risco de ver ele somente de toalha, apesar de ter imaginado como seria estarmos juntos nos amando, e seu corpo nu sobre o meu, eu não poderia ceder agora, ainda mais que dona Beatriz nos aguardava. Quando desço, percebo o olhar e o sorrisinho da dona Beatriz, ela estava na sala sentada com o senhor Emanuel, então eu me junto a eles.

Beatriz: Como dormiu a noite querida?

Safira: Muito bem, acordei animada para conhecer novos lugares.

Beatriz: Que bom, fico feliz por sua animação.

Ela dá um sorrisinho, e eu percebo o que quis dizer, abaixo a cabeça vermelha de vergonha.

Emanuel: Cadê os meninos e Helena também?

Nessa hora, Helena desce junto com o Bruno, ela estava de mau humor.

Helena: Logo cedo, tendo que acordar e olhar para cara dessa sem sal.

Bruno: Logo cedo, enchendo o saco Helena? Deixe a Safira em paz.

Helena senta na poltrona sozinha, e Bruno senta na ponta do sofá, do meu lado, pois eu estava no meio.

Não demorou muito e o Ricardo apareceu, sentando na outra ponta livre do sofá, ao meu lado e passa o braço me puxando um pouco para perto dele, fazendo com que eu me apoie em seu ombro. Isso foi o suficiente para que a Helena me olhasse com raiva, eu decidi ignorar todas as provocações dela e insultos, até mesmo suas caras de raiva.

Mas não demora muito para ela vir me atacar, estávamos em um clima agradável, o senhor Emanuel até havia comentado, mas a Helena tinha que vir falar que eu não era da família, de fato eu não sou, mas os considero muito, então fiz deles minha nova família.

Mesmo ignorando a Helena, eu não pude deixar de me defender, pois ela estava passando dos limites novamente, ainda bem que não durou muito, já que eu tive pessoas para me defender, no caso o Ricardo e o Bruno, a dona Beatriz deu um fim na discussão, nos chamando para irmos tomar café e avisando que iríamos na cachoeira.

Depois do café nós subimos e me veio a mente tudo que disse a Helena, e tudo que o Ricardo disse também, pois segundo ele, eu serei sua futura mulher, e isso me deixou feliz.

Então eu decido por expor a ele meus sentimentos, já que eu não me vejo mais sem ele, e não quero perdê-lo para a Helena ou nenhuma outra mulher.

Ele me pareceu muito feliz, e a reação dele foi me beijar. Depois decidimos por arrumar nossas coisas para a cachoeira, e fiquei em meus pensamentos, refletindo no quanto estava me sentindo bem ao lado dele.

Termino de arrumar minhas coisas e coloco-as na mochila. Me viro para o Ricardo que estava sorrindo sozinho e sentado na cama.

Safira: Deu para sorrir sozinho agora?

Ricardo: Estou feliz, a mulher mais linda desse mundo gosta de mim.

Safira: Para de ser bobo Ricardo, como não gostar de você em?

Ricardo: Eu que pergunto, como?

Safira: Não tem como.

Falo isso para ele dando risada, e o mesmo me corresponde com um sorriso. Ultimamente o vejo sorrir muito, e confesso que é lindo demais.

Pego minha mochila e ele a dele, e descemos. Quase todos estavam na sala, faltando apenas a Helena, mas ela disse que não iria, mandando a Flora nos informar.

Confesso que fiquei aliviada, já que teríamos um dia mais tranquilo e sem afrontas vindo da Helena.

Bruno: Então vamos né, quero logo matar a saudade da cachoeira. Você vai amar Safira.

Safira: Estou muito empolgada para conhecer.

Bruno: Então vamos.

Bruno me puxa, deixando todos para trás e o Ricardo com cara de poucos amigos, ele me leva até o seu carro, e eu entro. Ele da partida e seguimos o caminho.

Safira: Está louco, o Ricardo vai surtar.

Bruno: Você não está tendo tempo para o seu amigo mais, então tive que te trazer a força.

Safira: Não fale assim Bruno, eu estou apenas começando um relacionamento com o Ricar… Por falar nele.

Vejo a ligação e logo atendo, o Ricardo está soltando os cachorros.

Ricardo: Posso saber que porra o meu primo está tendo na cabeça, de te arrastar assim, e que caralhos você não impediu em?

Safira: Calma, ele queria conversar comigo.

Ricardo: Conversar o que com minha mulher? Eu vou matar ele.

Bruno: Relaxa priminho, Safira não faz meu tipo.

Ouço o Ricardo bufar do outro lado, e eu solto um risinho por isso. Ele se acalma mais e somente avisa onde iremos nos encontrar, para seguirmos até a cachoeira.

Safira: Você só sabe provocar né?

Bruno: Eu amo, mas meu primo não sabe lidar bem com os sentimentos que tem por você, ele nunca se apaixonou antes então, acaba que tem muito ciúme.

Safira: Pode ser.

Bruno: Mas queria te falar uma coisa.

Safira: Qual seria?

Bruno: Queria que me ajudasse a ter um encontro com minha gata.

Safira: Claro, como pensou?

Bruno: Pensei em você se aproximar dela, e quando ficasse tudo bem entre as duas, eu combinava uma surpresa para ela, e você me ajudaria.

Safira: Claro que sim, ela parece ser uma pessoa maravilhosa, pelo que diz.

Bruno: Ela é sim, e bom que vocês juntas, eu e Ricardo poderemos proteger.

Safira: Irá contar para ele?

Bruno: Irei contar para todos, mas vou confiar que o mala do meu primo irá me ajudar, já que ele me deve, então eu contarei primeiro para ele.

Safira: Entendi, bom acho justo.

Bruno: Mas e vocês dois? Como estão se saindo?

Safira: Estamos indo bem, eu confessei que estou gostando dele, para ele.

Bruno: Isso é muito bom Safira, você precisa mesmo liberar seus sentimentos, o que passou eu sei que foi e está sendo difícil, mas vocês juntos podem se curar.

Safira: Sim, eu sinto que é isso, um dos motivos de termos muito em comum.

Bruno: Eu sabia que você iria despertar algo bom dentro do coração do Ricardo.

Safira: Como assim?

Bruno: Eu e minha mãe estávamos desconfiando do Ricardo, ele te insultava demais e isso poderia ser ciúmes, mas não sei bem, depois fiquei pensando que ele estaria fazendo mal a você e quis afastá-los, porém no fundo eu sabia que meu primo não entendia os sentimentos que estava nutrindo por você.

Safira: Então naquela hora na praia, que seu pai te repreendeu você estava querendo me defender do Ricardo?

Bruno: Sim, mas depois eu vi a preocupação dele quando você havia sumido, e ali eu enxerguei o amor do meu primo.

Safira: Eu tô tão feliz Bruno, o Ricardo tem sido o melhor pra mim, mas tenho medo de perder ele.

Bruno: Não irá perdê-lo, e também estamos todos aqui com você.

Ele diz isso com um sorriso e então para o carro aonde combinamos de nos encontrar, logo chega o Ricardo com os pais. Sua cara não estava nada boa, ele vem em nossa direção e me puxa para ele.

Ricardo: Obrigado primo por trazer a MINHA mulher para cá.

Ele diz isso com um tom sério na voz e autoritário, frisando o “minha”.

Bruno: Por nada primo, é sempre um prazer.

Bruno diz com um sorriso sarcástico, que faz o Ricardo fuzila-lo com os olhos.

Nos juntamos para irmos por um caminho de trilhas, o Bruno, dona Beatriz e o senhor Emanuel, foram na frente e logo mais atrás estava eu e Ricardo. No caminho sinto uma mão me puxar, fazendo com que eu me afaste dos demais.

Ricardo: Você foi muito mal mocinha, me deixou sozinho.

Ricardo diz, com um olhar de desejo, ele percorre o meu corpo.

Ricardo: Não consigo esquecer seu gosto, você é muito gostosa sabia?

Ele logo me atacada ferozmente, sem ao menos me deixar responder. Me puxa para seu corpo, apertando minha bunda durante o beijo, que fez com que eu sentisse todo o tesão reprimido em sua bermuda. Ele passa a mão em meus cabelos, apertando minha nuca, e com a outra mão ele passa em minha intimidade por cima do short.

Ricardo: Quero te ver molhada para mim, minha gostosa.

Essas palavras me fizeram arrepiar todinha, eu não sei o por que estávamos fazendo isso no meio da mata, mas eu não queria que ele parasse, porém ficamos com falta de ar, e tivemos que parar, pois precisávamos recuperar o fôlego. E nessa hora escutamos um “cadê eles? Será que se perderam?” seguidos de um “Vamos voltar.” Nesse momento nossos sentidos voltaram, para o que estava acontecendo, e nos apressamos para encontrá-los.

Bruno: Se perderam nada, olha eles aí.

Ricardo: Desculpem, Safira precisou parar, pois sentiu dor nos pés.

Beatriz: Está tudo bem querida?

Safira: Está tudo sim, eu só não estou acostumada a usar esse tênis.

Beatriz: Entendi, mas vamos relaxar agora, se quiser pode tirar.

Safira: Claro, que vista linda.

Ricardo: Linda mesmo.

Ele fala dando um sorrisinho de lado e me olhando.

Bruno: Cantada barata.

Ricardo: Cala a boca Bruno.

Bruno: Mania que vocês tem de me mandar calar a boca por falar a verdade em.

Ricardo: Tanto faz.

Vejo o Ricardo dando de ombros, e o Bruno revirar os olhos, esses dois são demais. Dona Beatriz e senhor Emanuel, estendem uma toalha bem grande e colocam as coisas do piquenique. Eu me sento tirando o meu tenis, e todos fazem o mesmo, tiram seus sapatos e se sentam.

Estávamos conversando muito bem, e rindo muito, até que o senhor Emanuel propõem de irmos nadar, afinal foi para isso que estávamos aqui.

Eu retiro meu conjuntinho, revelando meu biquíni amarelo, com detalhes dourados, trançado, e me jogo na água. Aquela sensação de paz me invade, junto as geladas águas da cachoeira, e eu não ligo, apenas me deixo levar pela beleza e calmaria daquele lugar. Logo ouço um barulho alto das águas, como se algo tivesse caído nelas, e vejo o Ricardo a minha frente sorrindo como um deus grego.

Ricardo: Você está me matando aos poucos sabia?

Safira: Por que?

Ricardo: Ver você nesse biquíni e não poder rasgá-lo nos dentes e te fuder todinha, está me enlouquecendo.

Safira: Temos que ir com calma.

Ricardo: Pode deixar que quando eu te pegar será bem calmo, na primeira vez. Depois irá pagar por todas as provocações que me causou.

Safira: Sinceramente Ricardo, estou doida para isso acontecer.

Sorrio safada para ele, que fica surpreso com o que eu disse, fazendo com que a sua reação fosse de arquear as sobrancelhas.

Ricardo: Você fode com meus pensamentos minha dama.

Ele me agarra e me beija, um beijo calmo e molhado. Confesso que ele está me deixando louca também.

Bruno: Viemos aqui para ficarmos segurando vela agora mãe!?

Ouvimos o Bruno falando com a dona Beatriz que só o responde com um “deixa eles querido”. Nossa reação foi parar o beijo e sorrir.

Esse dia está sendo agradável, sem Helena, sem estresses, somente pessoas que são admiráveis.

Voltamos aonde os outros estavam e comemos um pouco, a cesta estava recheada.

Essa sensação de me sentir em casa é indescritível e maravilhoso. Eu os amo demais.

Olho para o Ricardo sorrindo com os tios, e ali eu tive certeza, de que amo demais o Ricardo Biachi.

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