Capítulo 14

(Ricardo)

Essa menina me deixa louco…

Com ela eu sinto um misto de emoções, só hoje já gritei, chorei, senti de verdade como é estar apaixonado, e agora estou eu aqui, sentado na beira da cama, morrendo de tesão por uma mulher que nesse momento está do outro lado da porta do banheiro.

Eu estou imaginando cada curva do seu corpo, e pensando como seria bom estar lá com ela agora.

O jeito é eu ter que respirar fundo e me concentrar em outra coisa, então aproveito e verifico as mensagens do meu celular, uma delas é do detetive da Inglaterra, contratado para descobrir tudo que eu preciso sobre qualquer pessoa que eu quiser, ele é muito bem pago e o melhor, é daqui de Burton, então ele conhece bem os esquemas daqui.

Abro e leio a mensagem sobre a Safira…

Detetive Caleb: Olá senhor, sobre a tal mulher que pediu informações, ela perdeu a mãe recentemente, mantém contato com o médico do hospital onde sua mãe ficou internada, essa mulher não tem e nunca teve nenhum relacionamento, mas esse tal médico era interessado nela. O pai dela morreu devido a um atentado, ele prestava serviços ao senhor Denner Bianchi, mas acabou morrendo pois foi descoberto pelo Henrique e pelo Francisco, mas o mandante foi o Henrique, ainda não descobri qual ligação ele tinha com o Denner Bianchi, para que ele pudesse prestar serviços assim, e o que foi descoberto ainda não tive informações… Qualquer coisa eu o atualizo.

Uma parte da mensagem eu já sabia, mas me intrigou o pai da Safira ter ligação com o meu.

Decidi não o responder por agora, apenas visualizo a mensagem, eu não queria ter feito isso, hoje eu me arrependo, mas na posição em que estou precisava me resguardar, mesmo sabendo que ela é diferente, eu não podia me permitir errar assim.

Mesmo me arrependendo de investigá-la, irei pedir ao detetive que dê sequência, pois acredito que nem ela saiba que nossos pais se conheceram.

Fico em meus pensamentos por mais um tempo, até ela sair do banho, vestida com um short jeans claro e uma blusinha rosa, está muito fofa.

Safira: Pronto, já pode usar agora.

Ricardo: Queria ter usado é com você junto.

Safira: Não seria possível, desculpe desaponta-lo.

Ricardo: So está abrindo mais a minha imaginação sobre você, e vem cá, o que foi aquela ousadia toda em?

Dou uma piscada para ela e um sorriso safado, que a deixa sem graça.

Safira: Você não gostou da ousadia?

Ricardo: Eu adorei, continue assim meu anjo.

Me aproximo dela, e a beijo puxando seu corpo contra o meu, fazendo ela sentir o meu volume no short, que estava quase saltando.

Ricardo: Só para que saiba, essa é a reação que causa em mim.

Ela ri sem graça, e diz que irá descer para beber água. Eu apenas entro no banho rindo da reação dela.

Depois de um belo banho, tive que demorar bastante para esfriar a cabeça, eu saio e visto uma blusa vermelha mais ajustada ao meu corpo e uma bermuda branca.

Desço para ir de encontro ao pessoal, e todos estão na varanda, aproveitando a vista, na verdade analisando bem, está faltando a Helena e o Bruno.

Ricardo: Já tinha me esquecido o quanto esse lugar é bonito.

Beatriz: Tem razão meu filho. Muito lindo mesmo.

Emanuel: Meu bem, as crianças estão ainda lá em cima?

Beatriz: Sim, desde que Helena voltou ela não saiu mais do quarto, fui vê-la mas ela nem quis conversa.

Emanuel: Aconteceu alguma coisa filho?

Meu tio se direciona a mim e pergunta.

Ricardo: Tio, sendo sincero, Helena passou dos limites, eu só a coloquei no lugar dela.

Emanuel: Como assim?

Percebo Safira olhando atentamente para nós, enquanto conversávamos.

Ricardo: Ela insinuou que meu pai era um inútil.

Beatriz: Não acredito que ela ousou dizer isso. Querido vá chamar Helena aqui.

Então meu tio sem hesitar levanta e vai chamar Helena, que não demora em aparecer. Ela estava com uma cara de assustada quando me viu, e desviou o olhar para a tia Beatriz, logo atrás veio o Bruno, esse aí não perde uma fofoca.

Helena: Mandou me chamar mãe?

Nesse momento, dona Beatriz se levanta e por um impulso esbofeteia a Helena que a olha sem entender nada.

Beatriz: Helena, eu não irei mais tolerar suas gracinhas, você deve respeito a essas pessoas que vê, como ousa insultar o seu tio depois de morto, e depois de tudo que ele fez? Como ousa menina? Você se tornou uma garota egoísta e mimada, que acha que pode dizer o que bem entende sem consequências, mas não é assim Helena, está ouvindo?

Helena: Mamãe e-eu Sinto muito, eu não queria ter insultado o tio, mas o Ricardo disse que não me amava e que estava com a vadia da Safira.

Safira: Eu não sou você para ser chamada como tal.

Helena: Você está aí? O que está fazendo aqui em!?

Ricardo: A minha mulher tem total direito de estar aqui.

Safira: Ricardo.. nós não..

Ricardo: Você é minha Safira, não tem mais Como fugir de mim.

Eu a interrompo por que já sei que ela vai dizer que não temos nada, e que ela não é minha, mas Já afirmo que sim ela é minha sim.

Helena: Como pode fazer isso comigo!? Não liga para os meus sentimentos?

Vejo lágrimas nos olhos de Helena, ela pode realmente estar falando a verdade sobre os sentimentos que tem sobre mim, mas a realidade é que eu nunca liguei para ela, se ela quisesse ser uma amiga, eu até que a levaria mais a sério do que tentar ser algo a mais, eu não a amo e isso está bem claro dentro de mim, mas não quero dizer a ela mais uma vez que não ligo para nada que ela pensa e que não me magoo nem me entristeço com o fato de ela ter sentimentos por mim e eu não.

Ricardo: Como disse, não tenho sentimentos por você Helena, meu coração pertence a uma mulher apenas, que em toda minha vida me fez sentir mais vivo, e ela se chama Safira. Então nada que disser ou fizer ira mudar isso.

Emanuel: Filha, se de Mais valor, você não vê que o Ricardo não sente nada por você?

Helena: Ele não sente por causa dela. Não vê que ele está cego papai?

Emanuel: Helena, ele nunca esteve cego, ele só nunca te amou. Quem estava cega minha filha era você, que dedicou anos a uma pessoa que não a ama, eu não culpo o Ricardo por que ninguém escolhe, o coração quem manda, mas filha, vai por mim, nesses 15 anos com sua mãe eu sei bem o que é amar alguém, e sei que isso que você tem pelo seu primo é uma obsessão. Vai entender quando encontrar a pessoa certa para você.

Helena: NINGUÉM ENXERGA OS MEUS SENTIMENTOS.

Ela diz isso e sobe correndo aos prantos, minha tia precisou ir até a cozinha para não explodir e meu tio foi tentar amenizar a situação entre as duas. Já o Bruno ficou de boca aberta desde o tapa que sua mãe deu na Helena.

Bruno: O que foi que eu perdi?

Ricardo: Está tão distraído assim Primo? Quem te enfeitiçou em?

Bruno: A mim ninguém mas Já a você tem nome né?

Ele diz isso e pisca para Safira, que começa a rir.

Ricardo: Já falei que ela é minha mulher porra, não pisca para ela, ouviu?

Bruno: Tá ta bom, já ouvimos isso, tô doido para Safira te dar um pé na bunda isso sim.

Ele fala rindo e com as mãos para o alto, alegando que é inocente. Rapidamente ele sai, e fica somente eu e minha Safira.

Ricardo: Você quer?

Safira: Quero o que?

Ricardo: Me dar um pé na bunda?

Safira: Ricardo, eu jamais iria fazer algo para te magoar sabe, eu não sei bem o que estou sentindo por você, mas eu não gosto de iludir ninguém.

Ricardo: Então o que isso quer dizer?

Safira: Que venho sentindo coisas por você, só que eu tô com medo.

Ricardo: Olha meu anjo, eu também tenho medo, mas eu não consigo ficar sem fazer nada e perder você.

Safira: Por isso que eu tô tentando dar uma chance para o que tô sentindo. Só não quero que pense que temos um compromisso um com o outro, vamos nos respeitar e deixar rolar.

Ricardo: Entendi, não se preocupe com isso.

Eu falo me aproximando dela e dando um abraço, a beijo nos cabelos e sinto o cheiro doce que vem deles, tudo nela me deixa fascinado.

Ricardo: Vem senta aqui.

A puxo para a rede que temos na varanda e eu me sento fazendo com que ela fique no meio das minha pernas, a abraço por trás e assim ficamos por um tempo olhando o mar e o céu que estava muito bonito.

Safira: Estou encantada por esse lugar.

Ricardo: Eu sempre fico quando volto aqui.

Safira: Você vinha muito com seus pais?

Ricardo: Sim, era meu lugar favorito. Por que aqui todos se desligavam dos afazeres e ficávamos sempre juntos.

Safira: Deixou de ser o seu lugar favorito?

Ricardo: De certa parte sim, agora o meu lugar favorito basicamente não existe mais, eu só consigo relaxar por no máximo umas três horas por dia, isso é o tempo que eu consigo dormir hoje em dia.

Ela me olha e coloca uma de suas mãos em meu rosto, eu fico ali admirando toda beleza dessa mulher, e fico preso em seus olhos.

Safira: Sei que não é fácil para você, estar nessa posição ainda mais depois de tudo que aconteceu, mas tenta nesse tempo aqui, relaxar comigo.

Ricardo: Tudo bem meu anjo, eu prometo que vou relaxar mais.

Dito isso, eu a puxo e a beijo, como estava necessitado de seus lábios, de seu toque e de poder sentir essa sensação que só ela me faz sentir.

De repente eu sinto um olhar vindo em nossa direção, e paro o beijo. Olho para onde tive impressão de ter visto alguém, mas não tinha. Fico com aquilo na cabeça, pensando que possa ser o Henrique ou o Francisco.

Ricardo: Vamos entrar anjo.

Safira: Vai me chamar assim agora?

Ricardo: Com toda certeza sim.

Ela levanta e vai indo na frente, rindo do que eu havia dito, e quando estava prestes a entrar ouço uma voz que é irreconhecível.

Henrique: Primo querido, você não me convidou para sua festa, tive que vir aqui pessoalmente te ver. Fiquei ofendido.

Ricardo: O que faz aqui?

Henrique: Mais uma vez ofendido, que maus modos primo.

Ricardo: Vaza daqui filho da puta.

Quando ia avançar nele sou contido pelo meu tio e por Bruno.

Bruno: O que quer aqui Henrique?

Henrique: Esse lugar também pertence a minha família, eu posso vir quando quiser. O que tem De errado estar aqui em primo?

Emanuel: Sabe muito bem por que você não é bem vindo aqui.

Henrique: Sei bem, só que isso é uma injustiça, eu nunca faria nada para prejudicar meu primo e meus tios queridos. Por falar neles, superou bem a morte deles né, com uma bela mulher por sinal.

Ele dá uma risada de canto, me obrigando a ir para cima dele, desfiro um soco em seu rosto, mas uma voz me fez paralisar, apenas o olho com raiva.

Safira: RICARDO, pare com isso. O que está acontecendo aqui?

Ricardo: Entre, não quero que fique aqui.

Safira: Mas eu vim ver justamente por que desse tumulto na porta.

Ricardo: Não é da sua conta, volte e não se intrometa.

Me dói ter que tratá-la assim, mas é para sua proteção. Eu sei que o Henrique pode ter visto o nosso momento na rede, mas eu não posso transparecer que ela é o meu ponto fraco, isso a colocaria em perigo.

Henrique: Priminho não trate sua namorada assim.

Ricardo: Ela não é nada demais, alguém que fico as vezes.

Henrique: Certeza, me pareceu ser diferente na hora que vi os dois grudados, bem juntinhos na rede.

Helena: Ele não tem nada com essa aí, o lance dele é comigo.

Helena entra em cena e aproveita da situação. Eu não consigo olhar agora no rosto da Safira, então eu olho para minha tia que entende o recado.

Ricardo: Isso mesmo, eu só a pego quando eu quero.

Quando falei isso, escutei passos correndo, eu fui um idiota com ela, mas isso me fez lembrar que não posso permitir falhar dessa vez, eu preciso proteger meu anjo com todas as forças.

Meu coração está a ponto de explodir, só quero poder matar o Henrique com minhas próprias mãos.

Henrique: Muito bem, magoou aquela mulher. Uma pena você não ter nada sério com ela, já que é bem gostosa.

Cerro os punhos e o olho com mais raiva, se ele continuar a me provocar eu não irei responder por mim.

Olho para trás, e fico aliviado da minha tia ter ido atrás da Safira, Helena fica alisando meu braço e meu tio e Bruno olhando com uma cara de raiva pro Henrique.

Ricardo: Agora o pau no cú pode Se mandar daqui?

Viro olhando nos olhos de Henrique, que ficou balançado com o tanto de ódio que ele vê em mim, ele sorri para disfarçar, mas sei que ele está assustado.

Henrique: Não vou levar para o coração suas ofensas querido primo, vim aqui para buscar uma coisa, depois que pegar eu vou ir embora.

Ricardo: Não tem Nada seu aqui.

Ele se aproxima de mim, e eu tento me conter por que sei que ele não veio sozinho, e não vou expor mais os meus por causa dele.

Henrique: Meu Primo, tem uma coisinha muito linda e muito gostosa, que eu gostaria de pegar. Mas ela não vai sair daqui tão cedo, e você pode até fingir mas sei que está gamado nela tanto quanto eu. Pois é primo, temos o mesmo gosto por mulher. Mas não quero causar mais problemas, e não quero ninguém morrendo hoje, então vou somente pegar o documento que deixei aqui da última vez que vim.

Ele entra e eu continuo no mesmo lugar, o filha da puta quer ela. Eu vou matar esse desgraçado, na minha mulher ele não toca.

Ele volta com uma pasta, e me entrega, se despede de todos e sai.

De repente ele para e solta.

Henrique: A propósito, Bem vindo De Volta Primo.

Então ele sai em direção a uns caras parados mais distantes da casa, os caras estão com a mão na cintura, aparentemente segurando uma arma, cada um. Eles me olham com desdém e seguem o Henrique.

Naquele momento, eu só pensava em por em prática o meu plano o mais rápido possível, mas por ora resolvo subir e ir conversar com meu anjo…

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