Capítulo 6

(Safira)

A noite passou tão rápido, tudo o que fiz após a ligação da Sofia, foi estudar para as provas da faculdade, então dormi de tão cansada.

Acordo e resolvo ir para a faculdade com uma calça preta jeans uma blusinha vermelha com babados e tênis branco, eu preferi deixar as minhas roupas formais para o novo emprego.

Desço as pressas e vou de táxi, meus amigos já estão a porta esperando, e entramos para encarar tudo que estava por vir nesse dia, provas e apresentações, afinal estamos encerrando.

Eu não contei muito o que aconteceu no tempo em que eu tranquei a faculdade, mas tive apoio dos meus amigos, eles iam sempre que podiam me ver e ficavam algumas noites comigo. Eu e meus amigos nos conhecemos quando eu já estava na metade do período, e eles foram transferidos e estavam um pouco menos da metade do período. Então se eu tivesse seguido, formaria primeiro que eles, mas agora pelo tempo, iremos nos formar juntos.

Todo o pesadelo de parte do dia acabou, agora tenho que ir para encarar seja lá o que me aguarda, então cá estou de volta a casa para tomar um banho e ir até o novo emprego. Fui informada pela faculdade que houve mudança, e está tudo certo. Decido usar um vestido lilás, mais midi, com um salto branco, a bolsa decidi por uma branca, fiz uma maquiagem mais delicada e um rabo alto, com ondas nas pontas, e passei um perfume com notas de baunilha que é o meu favorito. Me senti até linda, para o primeiro emprego, queria causar uma boa impressão, acho que dará certo.

Chegando na empresa fui informada que o Ricardo queria me ver, então me conduziram até a sala dele.

Sofia: Com licença senhor, a senhorita Safira está aqui.

Ricardo: Pontual, que bom. Mande-a entrar, por favor.

Sofia: Sim, senhor. Entre senhorita.

Safira: Obrigada. Com licença senhor Ricardo.

Quando o entro, o mesmo estava sentado com uma blusa social azul bebê, terno, calça e gravata azul marinho, e quando me vê ele sorri, me analisa de cima a baixo e fecha a cara.

Ricardo: Senhorita, da próxima vez vista-se mais apropriado.

Safira: Não estou apropriada senhor? Achei que estaria bom para a função que me encarregou.

Ricardo: Não quando o assunto é chamar atenção dos homens desse lugar.

Safira: Não estou aqui para isso, e sim para trabalhar. Poderia me mostrar onde fico? Ou pedir alguém?

Ricardo: Irei pedir a Sofia para mostrá-la, mas adianto que você ficará de frente a minha sala. Deve estar se perguntando o que uma empresa de tecnologia quer com uma estagiária de direito, certo?

Safira: Apesar de saber que sua empresa é de renome, não posso negar que me faço essa pergunta, desde quando disse que me contrataria.

Ricardo: Não faz mal em perguntar, mas apesar da minha empresa ser de tecnologia, eu sou formado em direito e sei bem de leis, mas acontece que não confio em muitas pessoas, mas por algum motivo minha tia confia em você, pois a mesma a colocou em sua casa, então decidi treiná-la para que se torne a advogada principal da empresa.

Safira: Fico lisonjeada com a notícia farei o meu máximo senhor.

Ricardo: Isso é o que espero de você, mas não pense que confio em você, irei ver como irá se sair. Agora segue até a sala a frente, você terá seu escritório particular, não me desaponte.

Ele me manda sair e eu sou conduzida pela secretária dele a tal Sofia da ligação, até a tal sala. Em cima da mesa vejo alguns arquivos e um papel escrito: “Reveja esses arquivos, quero a solução em minha mesa até amanhã.” E assim sou recebida no meu novo emprego, com uns arquivos extremamente grandes e difíceis, mas minha percepção e memória não falham. Horas depois eu consigo finalizar esses arquivos, e vi que alguém adulterou provas para inocentar um tal de Henrique Va’zques, pois analisando o tanto de informação que tenho sobre o caso, o tal Henrique é culpado, mas de alguma forma ele foi inocentado por falta de provas. O que me intriga é que ali tinham provas suficientes para incrimina-lo.

Estava perto do fim do expediente, quando ouço barulho vindo da porta, alguém a bate.

Ricardo: Mocinha, até agora aqui? Vamos pra casa.

Safira: Está tudo bem senhor, eu só estava finalizando com os arquivos.

Ricardo: Te dei até amanhã, por que não foi descansar ainda?

Safira: Por que esse caso estava um mistério, mas amanhã lhe trarei o relatório do que eu descobri.

Ricardo: Estou curioso pra saber, venha irei te levar, já está tarde.

Eu não insisto em contrariar, por que já sabia que com ele a palavra “não” estava fora de cogitação. Então ele me conduz até seu carro, que parando para analisar é um belo mustang preto. Ele abre a porta para mim e logo em seguida ele entra, no caminho ele começa e me interrogar sobre o que descobri, mas preferi não entrar em detalhes agora, já que ele irá saber amanhã de qualquer jeito, preferi expor junto ao meu relatório. Ele não para de me interrogar, agora o assunto não é mais os arquivos.

Ricardo: Safira, por que você está na casa da minha tia? Eu não sei desvendar esse mistério entre vocês duas, e seria bom saber.

Safira: É uma longa história, não dá para contar até o caminho de casa.

Ricardo: Tudo bem, então me responda outra. Você e Bruno, namoram?

Safira: Não, eu tenho o Bruno como irmão, ele me trata bem e eu a ele.

Ricardo: Deixou claro isso pra ele? Por que o mesmo não me pareceu estar sabendo que não tem intenções com ele.

Safira: O Bruno já deve saber disso, além do mais, ele já tem uma pessoa.

Ricardo: Ah, então você e ele são íntimos, conversam sobre isso?

Safira: Está com ciúmes de mim? Não estou entendendo, o Bruno e eu somos irmãos, ponto.

Ricardo: Se diz, eu acredito. Não estou com ciúmes, deveria? Você quer isso?

Safira: Claro que não, nós não somos íntimos.

Ricardo: Não me obrigue a dizer que não somos por que você não quer. Mas tem razão, extrapolei.

Safira: Obrigada por reconhecer.

Ricardo: Bom, chegamos. Tenha uma boa noite senhorita.

Safira: Obrigada e boa noite senhor.

Eu saio do carro e o percebo me encarando por alguns segundos, depois o mesmo da partida e vai embora. O dia foi longo, e essas conversas com o Ricardo não me ajudam muito, ele está sempre demonstrando posse e querendo saber demais sobre mim, eu confesso que fiquei esperançosa de que ele tivesse sentido ciúmes, mas o que estou falando, ele é rico e esnobe, me tratou tão mal, devo esquecer a parte atraente dele e me concentrar no trabalho.

Depois de um belo banho, e de uma boa relaxada na banheira, estou pronta para dormir. Ansiosa para amanhã e entregar ao Ricardo tudo o que descobri, estou empolgada por exercer minha função que tanto lutei para conseguir. Durmo feliz, pela oportunidade que tive.

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