Capítulo 20

“Evelyn Amaris”

Aflita, ansiosa foi o jeito que eu fiquei sem saber o que estava acontecendo lá em baixo, já havia me levantado e balançado meu filho algumas veses, morrendo de medo dele chorar, parei ao lado da janela e observei o Varun sair e correr transformado... Em seguida Marcos o acompanhou... Um alívio subiu pelo meu peito e eu consegui respirar aliviada, ele já foi!

Me afastei da janela se fosse o caso dele retornar, me permaneci olhando a porta! Alguns segundos a mesma se abriu e eu senti um frio subir pelo meu corpo, mesmo que eu tenha visto ele sair, me deu uma impressão de que seria ele!

— Tudo bem querida sou eu!...— Dona Valéria entrou um pouco seria — Eles já foram fica tranquila.

— O que eles queriam? — Indaguei curiosa e após fechar a porta ela me olhou ao respirar fundo

— Estavam procurando por você, tinham até uma foto sua num celular preto!

— Eu sabia que havia deixado o meu celular em algum lugar, então ficou lá! —Referi a olhando, porém caminhando e me sentando sobre a cama

— Querida eles não pareciam querer confusão, me pareceram bem preocupados com você! — Referiu a mesma se sentando ao meu lado...

— Marcos foi um bom amigo... Já Varun foi muito cruel, eu não quero saber dele nunca mais! — Eu disse isso? Sim, já sentindo as lágrimas escorrerem pelos meus olhos...

Ficamos a conversar um pouco e depois que me senti melhor descemos e jantamos... A mesma banheira que eu dei banho no meu filho a usai para deixa-lo deitado, enquanto ajudei a dona Valéria com a louça, Claro que forrei com uma coberta abaixo dele, para que meu filho ficasse confortável...

Os dias foram se passando e aos poucos eu e a dona Valéria fomos reformando o hotel... Dona Valéria tinha um cofre em seu quarto repleto de dinheiro, economias a mesma disse... Então juntas estávamos disposta a reabri-lo, fomos a cidade vizinha e compramos o necessários entre tintas, acessórios para a pintura, parafusos para concertar o que estava quebrado, enfim tudo o que se fazia indispensável.

E juntas começamos a reformar, primeiramente consertamos o que estava quebrado e faltando pregos ou parafusos, em seguida pintamos todo o hotel na cor azul claro, com alguns detalhes em marinho! Limpamos ele inteiro e retiramos a poeira, esvaziamos a piscina e limpamos ela toda, claro que com o meu anjinho sempre por perto, Não me separo nunca do meu filho.

Miguel sempre será o início da minha força! também liguei com o telefone do hotel, para falar com a minha irmã é ela me contou que já chegou a eles que o Varum está igual louco me procurando, eu sei porque todas as veses que ele ainda aparece por aqui, eu continuo me escondendo! Meu pai já está sabendo que ele é o pai do Miguel e está furioso a minha procura...

Pelo mesmo motivo minha mãe e nem a minha irmã vem nos ver, para não correr o risco do meu pai as seguir e fazer algum mal ao meu filho, para tentar atingir os albek, infelizmente eles são inimigos mørtais, e o meu pai está jurando eles a algum tempo, piorando ainda mais agora... Eu desejo mesmo que eles não se matëm, por este motivo com muito trabalho estou me mantendo incomunicável para ambas as matilhas...

Num dia terrível dona Valéria andou passando muito mal, estou com meu filho em meus braços sentada ao seu lado, meus olhos demandam a lacrimejar e a mesma está pálida o suficiente para me deixar com medo dela mørrer...

— Dona Valéria me deixe ir atrás de um médico? — Indaguei a olhando em lágrimas

— Não minha querida! Está tudo bem! — Disse a mesma com a sua vós falha ao me olhar.

— Não está dona Valéria, a senhora está muito mal— Meu filho está dormindo em meus braços, após olhá-lo retornei minha atenção a ela — Deve ter sido pelo esforço que a senhora fez com a reforma, a senhora precisa de um médico...

— Valeu a pena minha querida — Uma lágrima escorrer dos seus olhos— Eu quero que você tome a frente e cuide dele— Um sorriso se formou em seus lábios e ela retirou um papel de baixo do seu travesseiro e me entregou.

O peguei e notei que era os documentos do lugar e um testamento deixando tudo para mim.

— Por favor dona valeria não!— Minhas lágrimas caem uma atrás da outra — A gente ainda vamos receber muitos hospedes juntas

— Minha queria saiba que eu estou muito feliz, em ver o meu hotel renovado... Eu sei que ele ficará em boas mãos — Me dói ver uma lágrima escorrer pelo seus olhos

— Eu devo chamar o médico!

Me levantei, porém a dona Valéria me interrompeu, segurando meu braço com sua mão gelada

— Evelyn não, me ouve primeiro querida! — Sua expressão é seria, o que me fez sentar ao seu lado.

— Filha somos lobos e precisamos de uma matilha, os alfas mais ainda... — Ela tosse o que me deixa em desespero— Pelo mesmo motivos que os pais insistem em casar os seus filhos, querida você precisa da marca do seu companheiro!

— Como que é? — Indaguei curiosa

— Você precisa de um companheiro, para receber uma marca e se unir a ele... Sem ela você pode facilmente adoecer e acabar morrendø assim como eu!

— A senhora tem linhagem de alfa? — Surpresa foi o que senti neste momento

— Eu lhe disse que tinha uma história parecida com a sua querida!... — Vejo tristeza em seu olhar — Mas veja bem, Evelyn querida não acabe assim como eu, encontre o seu companheiro e receba a sua marca, você tem um filho para cuidar, tome o seu lugar como alfa!...

Essas foram as últimas palavras da dona Valéria, a dor que eu senti naquele momento não está escrito... Foi ela quem me ajudou a reerguer, graças a ela agora tenho um lugar para viver, com o meu filho... Todas as veses foi ela quem me ajudou a me esconder do Varun, eu não sei o que vai acontecer agora, até quanto tempo vou permanecer longe de todos... E agora vem essa da marca de alfas, ninguém havia me dito isso antes, Eu não sei o que fazer...

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