Capítulo 4

“Evelyn Amaris”

— Aisha cadê a mãe, tá doendo muito!? Ah!!!

Estava deitada na minha cama acariciando minha barriga que aliais estava enorme, quando comecei a sentir contrações.. Uma dor terrível na qual até as pontas dos meus dedos doiam... Sim consegui gerar meu filho ou filha, mesmo com o meu pai não aceitando, ele me obrigou a fazer todos os tratamentos dentro de casa, eu não podia sair quando minha barriga começou a aparecer, não sei até quando ele queria me esconder, eu sabia que todos já estavam perguntando do porque da minha ausência...

Enfim ele já não me travava mais como filha, fingia que eu não estava por perto, muito menos trocava uma palavra comigo, ele realmente ficou muito revoltado porque eu não quis abortar o meu bebê, o que me ajudou durante estes oito meses foi o apoio da minha mãe e o da minha irmã, elas me trataram durante estes meses com muito carinho o que supriu um pouco a falta do meu pai, e o Varum não soube mais dele...

Agora estou deitada na minha cama sentindo uma das piores dor que eu já senti, “mas eu não posso negar, que também é um momento lindo que somente nós mulheres estamos fadadas a ter, dar a luz aos nossos filhos”, Estou tentando respirar regularmente mais as dores são constantes

— Calma Evelyn a mãe foi tentar encontrar o médico, para fazer o seu parto! — Proferiu minha irmã, colocando um pano úmido sobre a minha cabeça.

— Aisha eu não consigo segurar!!! — Gemi de dor ao sentir mais outra contração— O meu bebê vai nascer o que vamos fazer? —Indaguei apavorada.

Eu não consigo me levantar a dor é insuportável e estamos apenas eu e minha irmã em casa tarde da noite, porque o meu pai resolveu sair com o médico, uma maneira de me castigar? Talvez...

— Vamos fazer o seu parto irmã!! — Mesmo estando assustada minha irmã proferiu confiante, e eu parei para olhá-la assustada porque eu estou.

— Aishah!!! — Que dor, parece que está me abrindo de dentro para fora!

Não consigo dizer mais nada, apenas agarrei nos lençóis da minha cama, enquanto senti minha irmã colocar um travesseiro mais alto abaixo da minha cabeça... Mais uma vês gemi com a dor, e a minha irmã correu para fora do meu quarto, o medo dela ir embora e me deixar sozinha tomou conta do meu corpo, eu não quero mørrer aqui sozinha.

— Ah!!! — Contração dolorosa meu Deus, observei e vi a minha irmã correndo de volta com alguns lençóis e uma bandeja com água, acredito que seja morna— Irmã eu tô com medo! — Proferi em lágrimas

— Vai ficar tudo bem, eu tô aqui com você irmã —Referiu Aisha com seus olhos cheios de lágrimas... — Vamos trazer o meu sobrinho ou sobrinha bem e saudável.

Aisha dobrou um pequeno pano e o colocou na minha boca, para que eu pudesse morder... Minhas lágrimas molham o meu rosto, assim como as lagrimas dela! E após ela enxugar o meu rosto, em seguida a mesma lavou suas mãos na bacia com água e se posicionou entre as minhas pernas, eu estava usando vestido então foi fácil.

— Irmã empurra!!!!

— Hum!!!! — Segurei o lençol da minha cama e após a minha contração, fiz força até a mesma diminuir... Em seguida novamente fechando meus olhos... Abri os mesmo ao morder ainda mais o pano na minha boca, durante a terceira contração...

— Tá quase lá irmã... Vamos Evelyn você consegue empurra novamente, estamos quase lá!!!

— Ah!!!! — Fiz toda força que eu consegui, e foi como se algo fosse expelido de dentro de mim para fora, a dor cessou e eu consegui ouvir o chorinho do meu bebe..

— Irmã é um menino! — Ouvi minha irmã dizer em lágrimas, enquanto eu respirava tentando me recompor, olhando para os lados e sentindo o suor escorrer pelo meu rosto... Tirei o pano da minha boca ao fechar meus olhos por alguns segundos e sorrir.

— Como você vai chamá-lo Evelyn? — Indagou minha irmã trazendo meu filho toda sorridente enroladinho em um lençol...

— Me diz você como quer chamá-lo? — O segurei nos meus braços, enquanto minha irmã me olhou surpresa

— Eu posso dar um nome a ele? — Ela perguntou limpando suas lágrimas e eu apenas concordei sorrindo, então ela disse — Que tal Miguel?...

— Oi filho o que você acha do nome que a titia te deu, Miguel? — Fiz carinho no seu rostinho ainda todo sujinho e o mesmo soltou um barulhinho fofo que fez nos duas sorrirmos— Ele gostou, então vai se chamar Miguel!

Estávamos olhando o mesmo mexer suas mãozinha, e sua boquinha que abria e fechava... Em seguida ele começou a chorar, então presumimos que o Miguel estava com fome... Minha irmã me ajudou, e eu consegui dar o peito a ele, no início foi estranho parecia fazer cócegas, as sugadinhas que ele dava, eu sorri ao olhar para a minha irmã que estava limpando suas lágrimas emocionada.

Neste mesmo momento minha mãe adentrou junto do médico, e os dois ficaram surpresos em ver meu filho nos meus braços... Minha mãe se aproximou em lágrimas e o médico terminou os procedimentos... Após alimentar o meu filho o médico o examinou e a minha mãe deu um banho nele colocando uma roupinhas fofa branca com amarelo, em seguida minha irmã ficou com ele e a minha mãe me ajudou a tomar um banho.

Me sinto ainda fraca e trêmula, mais tenho forçar pelo meu bebê que acabou de nascer, após minha mãe arrumar a minha cama e trocar os lençóis me sentei e fiquei observando minha irmã brincar com o Miguel... Senti um vazio e olhei para a minha mãe

— Onde está o pai mãe?

— Nas montanhas filha! — Proferiu a mesma com um olhar triste.

Eu sei que ele nem quis estar aqui neste momento, e também sei que a alcateia toda já sabe que eu vou ter um filho de alguém desconhecido, e isso está pesando nas costas do meu pai, porque sei que eles estão me ridicularizando por isso... Continuei sentada enquanto minha mãe disse que ia buscar algo para que eu pudesse comer.

— Vai ficar tudo bem mana, olha como o Miguel é lindo!

Proferiu minha irmã sorrindo e juntas observamos o rostinho do meu filho em seus braços, seus olhinhos estavam fechados e quando o mesmo abriu, refletiu a cor dos olhos do seu pai... Aisha arregalou seus olhos e surpresa me olhou.

— Evelyn a linhagem do Varun o rival do nosso pai!...

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