Capítulo 13

“Evelyn Amaris”

— Obrigada, vou tentar não ser encontrada — Sorri em agradecimento — E aliais eu não sei o seu nome?

— É Felipe... Entre pelos fundos, porque no momento eu estarei cuidando de lá, fingirei que não te vi... — Afirmou o mesmo sério — Tente não ser pega dentro da aldeia!

Concordei e o mesmo apenas assentiu, se transformou em lobo novamente e seguiu o seu caminho... Não estou muito longe da entrada dos fundos, caminhei já ouvindo os gritos de crianças brincando e por trás de algumas árvores passei, até ver o Felipe do outro lado da entrada, me aproximei e o mesmo me olhou e novamente se transformou e saiu deixando o caminho vago.

Corri e adentrei na aldeia, parei atrás de uma casa, e observei a dos meus pais a cinco casas de distância, segurei meu filho e quando ia correr até a outra, observei dois rapazes passando, engoli em seco e me permaneci atrás da casa! Após eles se afastar, observei que vem alguém junto de Felipe pela entrada dos fundos, então e agora ou nunca!... Corri até a segunda casa e quando parei próxima a janela uma mulher a fechou, me abaixei no susto tomara que ela não tenha me visto.

Observei aos lados e corri até a terceira, parei respirando fundo e o meu filho novamente fez um barulhinho...

— Shii! Filho por favor, não faça barulho agora— Proferi o mexendo de vagar e o mesmo ficou quietinho.

Me encostei na parede e consegui ver o meu pai passar distante, senti um frio na espinha ao ver o seu andar rígido, respirei fundo ao retornar a me esconder e depois novamente olhei e não vi mais ninguém, então corri até a quarta casa, quando parei atrás dela, um menino apareceu correndo e parou ao ficar me olhando assustado

— Shiu! Por favor menino, não diga a ninguém que eu estou aqui!

— Ravi! Cadê você meu filho... — Me assustei quando percebi que a sua mãe está o procurando, ela vai me encontrar — Ravi! — Ela p chama mais uma vês e eu consegui escutar seus passos se aproximando.

Segurei meu filho e fechei meus olhos, quando abri o menino sorriu e correu até ela, apenas ouvi sua mãe dizer, quase próxima daqui...

— Ah! Você está aí menino... Vem vamos entrar...

Me abaixei até me sentar no chão, agradecendo por ela não ter me encontrado, respirei fundo e consegui chegar até a janela do quarto da minha irmã... Bati algumas veses, tomara que ela esteja ai dentro, me afastei quando vi alguém se aproximar e abri-la!

— Evelyn! — Seu espanto é nítido — Meu Deus irmã! — Aisha observou aos lados e estendeu suas mãos a mim — Entre por favor!

Como a janela é baixa lhe entreguei o Miguel e ela o levou para dentro, em seguida retornou a estender sua mão a mim e me ajudou a entrar, fechando a janela em seguida... Assim que entrei ela me abraçou forte e eu pude abraçá-la também.

— Irmã que saudades! — Ouvi ela dizer perante as lágrimas, assim como eu — O que foi que você passou irmã! Olha como você está magra— Referiu Aisha espantada com a minha aparência.

Abaixei a minha cabeça, porque eu sei que eu emagreci muito, ficando quase sem nada de gordura... A mesma me abraçou novamente, passando sua mão sobre o meu cabelo

— Você disse que estava tudo bem irmã, se eu soubesse...

— Por este motivo não disse nada! Não queria que o pai te expulsasse por minha causa — Referi a olhando, em seguida observei que o Miguel está deitado dentro de um berço.

— Eu sabia que você ia voltar um dia! Então providencie várias coisinhas pro meu sobrinho — Nos aproximados dele e eu segurei no berço e a olhei sentindo minhas lágrimas caírem — Claro que escondido do pai!

— O Aisha você não existe, e como vocês estão? —Indaguei a abraçando novamente então pude ouvir a sua resposta

— Nada é mais igual depois que você saiu, a mãe e o pai quase não se falam mais... Ele fica tanto tempo fora de casa doque conosco! — Sua tristeza parte o meu coração...

Conversamos por algum tempo, o Miguel havia dormido, porém quando minha irmã disse que iria buscar algo para mim comer e avisar a mãe sobre mim... Miguel começou a chorar espantando nos duas, se o meu pai estiver por perto e ouvir... Aisha se manteve tranquila e pediu que eu tente acalmá-lo, porque a mesma tinha uma mamadeira e ia preparar um pouco de leite para ele...

Minha irmã saiu um pouco assustada, fechando a porta e eu a todo o momento tentei acalmar o Miguel, porém ele chorava insistentemente...

— Calma filho, não chora shiu, por favor — Referi o balançando de leve em meus braços, tentando acalmá-lo

Porém com cinco minutos do seu chorinho , ouvi passos nervosos e a voz da minha irmã em desespero

— Pai por favor!!!

A Porta se abriu e eu pude ver aquela figura a minha frente e a sua expressão era de raiva, em seguida minha mãe apareceu atrás dele, surpresa em me ver, Aisha não teve tempo de avisá-la... Dei um passo para trás quando ele caminhou na minha direção e segurou forte no meu braço...

— Pai para, por favor! — Minha irmã tentou intervir, porém meu pai não dava ouvidos, apenas me olhava com ódio.

— Arrow... Evelyn ainda é nossa filha! — Proferiu minha mãe se aproximando.

Meu pai me puxou para fora do quarto, quase me arrastando! Minhas lágrimas escorrem pelo meu rosto, eu só tive tempo de entregar o Miguel nos braços da minha mãe, quando meu pai me puxou e eu passei próximo dela

— Filha! — Ele parou e me chacoalhou, olhando para minha mãe — Eu não tenho uma prøstituta como filha!

Ouvir estas palavras do meu pai, me machucam profundamente, ele me arrasta para fora da casa, enquanto minha irmã tenta pará-lo o segurando, porem ele é mais forte, e a minha mãe que nos segue com o Miguel em seus braços, pedindo que ele não faça nada!

Apenas sinto seus puxões e as minhas pernas obedecem sem querer, porque se pararem ele me arrasta, meus cabelos se movimentam com a agressividade do mesmo... E assim que nos aproximamos da saída de casa, meu pai me arremessa no chão...

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