Capítulo 7

“Evelyn Amaris”

Saímos de perto da reserva e da linha férrea, o que eu não imaginava era que estávamos muito mais longe do território do Varun do que o esperado, ou talvez eu tenha me perdido! Não é fácil dirigir com meu filho em meu braço... Além de ir de vagar, a maior parte do tempo uso a mesma mão para segurar o volante e para trocar de macha. Sem contar que eu tenho que parar para alimentá-lo e trocar frauda.

Estou quase desistindo esta chovendo muito, tenho certeza que me perdi, entrei em vários caminhos e nada, estou rodando a horas e o combustível do meu carro já chegou na reserva, agora sim eu não sei o que fazer, nem sei se tentar encontrá-lo foi uma boa ideia... Por conta da tempestade dirigi por mais algum tempo em linha reta, próxima de uma mata, encostei o carro próximo de uma árvore, vou esperar ela passar talvez eu consiga enxergar melhor.

Após alguns segundos parada, com meu filho nos braços, eu estava quase cochilando quando ouvi passos e alguns uivos, fortes por sinal... Me mantive esperta e observei em volta, tentando ver alguma coisa, não é nenhum da matilha do meu pai, só pode ser do... Meu filho estava dormindo após mamar, coloquei ele no banco de trás e fiz o mesmo procedimento do anterior com suas roupinhas em volta..

Os passos vão se aproximando e após ver que o meu bebê vai ficar bem, abri a porta do carro e saí parando próximo dele, a chuva começou a me molhar e a escorrer pelo meu rosto, a água está gelada o que fez o meu corpo tremer... Porém não vejo nada.

— Tá muito longe da sua matilha gracinha! — Olhei para trás e consegui ver um homem todo tatuado no“peito, braço” se aproximar.

Atrás dele observo alguns transformados ainda em lobo, caminhar na minha direção, o mesmo se aproximou colocando a mão no carro tentando ver por dentro, em seguida deu a volta e parou na minha frente, suas tatuagens são as mesmas que vi no Varun eles devem fazer parte do bando.

— Eu preciso falar com o alfa! —Proferi o olhando sem parecer intimidade

— Ah! Não precisa não, ele tem coisas mais importantes a fazer — Referiu o mesmo todo molhado e usando apenas um shorts escuro me olhando com uma expressão de poucos amigos...

— Por favor eu preciso falar com o Varum, estou quase sem gasolina no carro e não tenho para onde ir— Me Pronunciei tirando a água do meu rosto, neste momento estou toda molhada assim como todos presentes.

Os lobos enormes estão parados atrás deste homem hostil que não expressão outra reação a não ser indiferença.

— Eu não posso fazer nada por ti! Procure a sua matilha que eles devem te ajudar... — O mesmo sorriu ao me olhar em seguida fez sinal aos lobos e os mesmos levantaram como humanos novamente.

Olhei um por um, pedindo que o Varun estivesse entre eles, mas para a minha decepção ele não está!...

— Da o fora daqui!... — Ele se aproximou o que me fez encostar no carro, seu corpo quase tocou ao meu e o seu rosto se aproximou o máximo do meu, sem me tocar — Antes que a gente te tire a força!

— Por favor eu não tenho para onde ir! Meu celular está sem bateria... — Eu tive que fazer isso pelo meu filho, e a bateria do meu celular, foi porque eu esqueci o carregador dele na casa do meu pai.

— Pra você não dizer que somos ruins — Ele olhou pra um dos homens atrás e continuou — Busca um carregador rápido!

Observei o mesmo sorrir e ao virar para trás ele deu um salto se transformando em um lobo marrom e sumiu entre a mata, eu não disse mais nada, apenas senti minhas lágrimas se misturar com a agua da chuva que está caindo... Após diminuir a chuva e uns vinte minutos depois o rapaz retornou com um carregador em mãos entregou ao rapaz eu o mesmo estendeu a mim

— Agora sai daqui!

Peguei o carregado e sem dizer mas nada, entrei no carro toda molhada, observei que o meu filho está se mexendo, porém não está chorando... Os mesmos pararam na frente do meu carro, então com muito cuidado o liguei e dei a re, fiz uma manobra calma e virei o carro, dirigindo bem devagar porque meu filho está no banco de trás... Porém não fui muito longe o combustível do carro acabou.

Me segurei para não chorar! Coloquei o meu celular para carregar no carro... E no momento que eu estava o ligando, espirrei três veses seguida e o meu filho começou a chorar, deixei o celular sobre o banco e peguei uma peça de roupa que estava também no banco de trás, o vesti é novamente espirrei... Pronta peguei meu filho e vi que o celular ligou, graça a Deus!

Coloquei meu bebê para mamar e liguei para a minha irmã

— Evelyn graças a Deus! Eu te liguei várias veses irmã por três dias... — A mesma atendeu parecendo muito preocupado.

— Aisha eu preciso encontrar o Varun! —Proferi espirrando novamente.

— Porque? O que ouve irmã? Como vocês estão! Onde? A mãe esta quase louca de preocupação — Indagou a mesma muito preocupada, eu não posso assusta-la assim

— Aisha não se preocupe estamos bem... Eu só preciso encontrar o Varun!

— Espera irmã eu vou dar um jeito... Já eu te retorno!

Concordei e desligamos eu não sei o que ela vai fazer, porém estou me sentindo um pouco fraca para pensar nisso... A chuva está parando e eu estou com muita fome, minha barriga está doendo, talvez se eu não pensar nisto a dor melhore... Meu filho soltou do meu peito e está chorando, novamente ele pega e solta, agora lhe dei o outro e ele ficou... Apertei de leve o seio que ele estava e para o meu desespero o meu leite está secando. Antes que eu pudesse me desesperar minha irmã me ligou

— Evelyn te enviei o número dele por mensagem de texto!

— Como que você conseguiu o contato dele Aisha? — Indaguei curiosa

— Eu tenho um contato lá, só não conte ao pai— A mesma riu de nervosa...

Em seguida nos despedimos e encerramos a ligação... Observei meu filho mamar o pouco de leite que ainda me resta, em sequência observei o número do Varun que a minha irmã me enviou... Copiei da mensagem e colei na ligação, respirei fundo e teclei para chamar...

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