Capítulo 9

“Evelyn Amaris”

Estou sentindo uma dor terrível pelo meu corpo, abri meus olhos lentamente, porque os mesmo ainda estão pesados... Não reconheço o lugar na qual estou, minha visão ainda está embaçada, porém consegui ouvir o chorinho do meu filho... Ele está aqui, mas não comigo! Observo em volta e vejo um quarto com mobílias na cor marrom, me sinto deitada em uma cama bem confortável, onde eu estou?

Me levantei sentindo muita dor, o que me fez gemër, então permaneci sentada ao me encostar na cabeceira da cama, senti uma mão tocar no meu ombro... Quando voltei minha atenção a ele tentei me afastar, pois a minha visão ainda estava turva e eu apenas consegui ver uma figura masculina...

— Calma está tudo bem, eu não vou te machucar! — O mesmo me segurou de leve e então a minha visão ficou nítida e após tossir um pouco, consegui ver o rapaz parado ao lado da cama.

Seus olhos são da mesma cor do Varun, porém mais claros, seus cabelos são maiores na parte de cima e estão voltados a cor castanho clarinho, parecendo até que o mesmo fez luzes... Sua barba com um aspecto de nascendo com algumas falhas, trazendo um charme diferente para ele...

— Cadê o meu filho? — Indaguei antes mesmo de qualquer coisa. Me lembrando que ele é o mesmo lobo que me ajudou naquela hora, ou dia, não sei a quanto tempo estou aqui.

— Ele está aqui! — Observei ele caminhar até um berço de madeira próximo da parede, ao pegar o Miguel em seus braços junto de um chocalho infantil, o mesmo andou novamente em minha direção — Ele está bem, está sendo alimentado através de uma mamadeira, no tempo que você ficou desacordada!

— Obrigada! — Lhe agradeci e o mesmo me deu um leve sorriso gentil, então continuei ao segurar meu bebê em meus braços — Quanto tempo eu dormi, quem é você?

— Vou lhe responder todas as suas perguntas, mais primeiro você terá que responder uma minha, seu bebê é filho do Varun Aibek? — Indagou o mesmo ainda olhando para o meu neném, se sentando ao nosso lado

Apenas concordei, sentindo uma enorme vergonha deste acontecido! Até porque não foi a minha intenção engravidar... Ele sorriu gentilmente e acariciou o rostinho do Miguel que estava acordando movendo sua cabecinha aos lado ouvindo o barulho do chocalho infantil que o mesmo balançava.

— Meu nome é Marcos Aibek, sou irmão mais novo do Varun e tio deste garotão ai— No mesmo momento Marcos tirou a mão do meu filho colocando sobre a cama, ao voltar sua atenção a mim, então eu pude ver seus olhos reluzirem a cor da sua linhagem.

— Calma está tudo bem! — Proferiu o mesmo ao observar a surpresa em meu rosto — Você dormiu por uma noite apenas, ainda precisa descansar! — Disse o mesmo

— E o... — Não consegui terminar a minha frase, porque virei o meu rosto ao lado para tossir

— Meu irmão! Ele não está na aldeia no momento... — Marcos sorriu ao continuar — Uma ligação de uma mulher dizendo ter um filho dele o deixou um pouco transtornado! Então ele saiu e me deixou em seu lugar por pouco tempo...

— Fui eu e ele não acreditou em mim!... — Meus olhos encheram de lágrimas, então continuei — Eu sinto muito! Não foi a minha intenção...

— Calma está tudo bem! Ele vai retornar e vocês poderão conversar melhor — Referiu o mesmo me olhando.

Antes que pudéssemos dizer mais alguma coisa, comecei a tossir insistentemente, levei a mão sobre a minha boca e fechei os meus olhos com a forte dor que senti na minha garganta, ele pegou o Miguel dos meus braços e se permaneceu em pé ao lado da cama.

— Até o Varum retornar eu vou te ajudar começando a trazer o médico aqui para te examinar! Tudo bem para você? — Indagou o mesmo segurando o meu filho, que começou a chorar...

Apenas concordei lhe dando um leve sorriso, me retribuindo com um sorriso e o mesmo continuou

— E para este garotão aqui uma mamadeira bem cheia de leite!...

O mesmo caminhou até a porta com meu filho em seus braços e eu observei ele sair, sorrindo em como ele está sendo tão atencioso comigo, e esta tratando o meu filho bem, isso me deixa feliz, encostei minha cabeça novamente na cabeceira da cama e respirei aliviada, porém o que me faz pensar será que Marcos sabe de quem eu sou filha?

Sem querer, e mais tranquila acabei cochilando, abri meus olhos com Marcos tocando no meu ombro!

— Desculpe atrapalhar o seu sono, seu bebê está dormindo... E como você mesmo dormindo estava tossindo bastante, eu trouxe o médico para lhe examinar... —Proferiu o mesmo com uma de suas mãos sobre o ombro do homem sério que estava ao seu lado

Apenas assenti e novamente comecei a tossir várias veses seguidas, o doutor sentou ao meu lado e o Marcos se afastou ao apenas nos observar... Primeiro o doutor pediu que eu abrisse a minha boca e com um palito sobre a minha língua ele direcionou uma lanterninha em frente a minha boca, fechei meus olhos, e o mesmo desligou a lanterninha retirando o palito da minha boca e o jogando no lixo. Novamente comecei a sentir calafrios.

— Hum! —Resmungou o mesmo ao me olhar, colocando a sua mão na minha testa.

Em seguida ele pega um termômetro da sua bolsa e o colocou abaixo do meu braço, comecei a sentir meus lábios tremer e ele percebeu...

— Você está muito fraca e com um início de resfriado muito forte! Isso é perigoso— Referiu o mesmo se levantando e voltando a sua atenção ao Marcos — Ela precisa de muito repouso, uma boa alimentação e os medicamentos que eu vou prescrever!

Marcos ficou sério e cruzou os seus braços e apenas assentiu, em seguida o médico retirou o termômetro e o observou por alguns segundos!

— Febre muito alta! Um banho bem frio vai ajudar, e compressas sobre a testa, até o remédio de febre que eu vou passar começar a fazer efeito... Tudo certo? — Indagou o médico.

Marcos apenas afirmou ainda com os seus braços cruzados, em seguida o doutor prescreveu os medicamentos e se retirou, Marcos o levou até a saída... Eu estava me levantando enquanto o mesmo retornou ao quarto, realmente minhas pernas estão bem fracas, porque me levantei e me sentei sem querer sobre a cama

— Ei o que você está fazendo? — Indagou o mesmo se aproximando

— Eu não posso lhe dar mais trabalho, você tem uma vida e uma matilha para cuidar... Não deve se preocupar comigo —Proferi ao olhá-lo antes que Marcos pudesse dizer algo continuei— Eu lhe agradeço imensamente o que você fez por nós, mais eu devo ir embora!

— E para onde você iria... Quando eu te encontrei você estava andando sem rumo, eu não posso, nem vou deixar que você saia andando por aí com um filho nos braços e ainda por cima doente — O mesmo se pronunciou sério ao me olhar, parando na minha frente, enquanto eu estava sentada na cama com meus pés no chão.

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