Onde se escondeu?

Esse tipo de reunião é maçante e demorado, não teve até hoje uma que me agradasse, mas na parte onde estava quase me levantando para ir embora, escuto a voz da Volpe, ela provavelmente está com Albert.

Eu falhei neste ponto, fiquei tão ocupado com os carregamentos denunciados que esqueci do que prometi, não fiquei o tempo que precisava com ela. Fiz merda, acabo suspirando e isso atrai a intenção de todos.

Vitório, aquele cretino também escutou, pois, está segurando o riso neste momento, aproveito a atenção e cobro sobre as investigações de quem nos sabotou e claro algumas broncas e avisos.

Finalmente quando acaba saio da sala com pressa, mas Vitório me lembra que eles não sabem que Astrid está na casa, então tenho que os acompanhar ou isso vai gerar mais atenção para o meu noivado.

Vitório se saiu muito bem de todas as perguntas sobre a sua suposta irmã, afinal ela nunca foi apresentada a máfia, mas ele com muita diplomacia explicou que era manter abutres como eles longe.

Não sou de expressar nada nas conversas, mas depois desta resposta não consegui e soltei uma risada baixa, deixando todos espantados, um fato que ninguém percebeu foi que levantei sobre contratos de casamentos ter validade.

Para minha alegria eles têm validade de dois anos, se o casamento não acontecer ele é anulado ao contrário do compromisso efetuado pelos noivos que não tem validade.

Precisava contar isso para Volpe, pois essa informação anula o compromisso dela com Platen a deixando mais livre, mesmo que ele já tenha se casado com a sua suposta morte ele ainda poderia a reivindicar, mas depois desta confirmação estou mais tranquilo para aguentar esse prazo ridículo.

Quando finalmente todos vão embora que me dou conta que Albert não está na casa, quando questionei os meus homens eles me informaram que ele foi embora sozinho com uma bolsa na mão.

Como não os recepcionei, não sei se ele veio com alguma coisa, mas quando começo a procurar a Volpe por toda a casa já sei onde a encontrar. Nem preciso acessar as câmeras, pois ela não vai aparecer.

É nessas horas que odeio o poder dessa raposa, saio em disparado sozinho para a casa dos Gunner’s e quando vou entrando Albert já me barra na entrada.

— Se está aqui para a levar, pode voltar embora.

— Olha como fala, ainda sou seu Don.

— Não, agora você é um noivo cretino que prendeu a minha filha dentro de casa.

— Eu não prendi.

— Mas a privou de sair e aparecer em público, isso não te lembra alguém Don?

— Está me comparando ao Platen?

— Em partes, sim, agora se veio aqui para isso pode ir embora.

— Me deixei ver… — a minha voz some quando escuto a sua gargalhada junto a Olivia, não escutei ela rir desta forma nenhuma vez em casa, Albert tinha razão, eu a privei de muitas coisas apenas por ciúmes.

Ele ao me escutar suspirar ele sai da minha frente me permitindo a ver sentada com vários preparativos de casamento, merda, esqueci até mesmo isso, ela não estava preparando nada, na verdade, não sei se ela vai querer preparar ou contratar alguém, mas de qualquer forma não perguntei a ela.

— Eita! Poha — Vitório chega com três caixas enormes de pizza, pela sua reação ele não sabia que Volpe estava aqui — Pai, o que você fez?

— Defendi a minha filha.

— Don…

— Ele está certo, Vitório, não fiz o certo, mas posso conversar com ela?

— Se ela permitir e não vale ameaçar — confirmo com a cabeça e quando me aproximo Olivia se retira fechando a porta da sala nos deixando sozinhos.

— Me perdoa, eu falhei e não vi o seu lado — ela me olhava como se estivesse pronta para se defender e isso me machucou — Eu deveria estar de protegendo não te causando problemas.

— Não vai me forçar voltar? — nego com a cabeça, não consigo responder isso em voz alta — Osmond o que foi?

— Não quero te forçar a nada, mesmo que o meu desejo seja você comigo.

— Mas quando estava você não tinha tempo, não me tocava ou dividia o dia comigo.

— Volpe, você se esqueceu que me afastou todas às vezes que tentei chegar perto?

— Você nem me tocou — ela me senta no chão se sentando no meu colo.

— Merda Volpe, não posso te tocar, estamos muito longe da data do casamento e não vou suportar ficar longe depois.

— Está preocupado com as regras — ela vai se levantando, mas a puxo de volta para meu colo.

— Errou, é com você que estou preocupado, de como vão lhe tratar.

— Não me importo e planejo cortar a língua fora de qualquer um que ousar falar de mim — por esta eu não esperava, ela está cada vez mais forte e decidida, não consigo me segurar e a beijo.

Tenho uma necessidade enorme dos beijos dela e do seu corpo colado ao meu, mas não podemos ir mais a fundo, não aqui na sala com todos esperando a nossa saída. No final acabou que fiquei para jantar com eles, sempre com as minhas mãos na sua coxa a apertando sutilmente para que ninguém perceba.

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