— É você… — a minha voz é apenas um sussurro, mas ele me ouviu e abriu um sorriso lindo, exatamente como eu me lembrava, lágrimas começam a escorrer pelo meu rosto e logo sinto Vitório me abraçar.
— Vou punir alguém hoje — Osmond puxa os seus cabelos para trás — Vitório, recomponha-se — a sua voz era fria e transmitia claramente que ele estava com raiva.
— Novamente tirando as suas conclusões precipitadas — o interrompo e ele ergue a sobrancelha em forma de repreensão — Não adianta me olhar assim, não tinha medo antes e não vou ter agora.
— Vocês já se conheciam… — Albert pensa alto atraindo o olhar do seu Don — É claro que conhecia, o seu pai nos fez se distanciar.
— Sim, mas ele sempre ia verificar se estava tudo bem, me levando sempre junto — Osmond me olha nos olhos e sinto aquela nostalgia retornar — Mesmo sendo mais velho, gostava de conversar com ela.
— Isso complica um pouco as coisas — Vitório deixa escapar, fazendo Osmond o encarar ferozmente e o seu pai abaixar a cabeça.
— Não teste a minha paciência — ele foi andando até Vitório, mas eu me coloco na frente dele como uma barreira — Agora não Volpe.
— Ele me salvou — minha voz era baixa, mas eu não abaixei a minha cabeça — Depois de alguns anos você não retornou mais, então o meu pai sugeriu que fossemos embora — ele confirma com a cabeça.
— Nunca achei onde vocês estavam, na verdade, o meu pai me proibiu de te procurar.
— Fico feliz que usou esse coração para alguma coisa, isso mostra que não é tão burro assim, mas falhou em me encontrar, então voltamos à estaca zero — o respondo divertida, tentando amenizar o clima.
— Abusada — ele retruca segurando o riso — Eu não tinha muito o que fazer na época, o seu pai me proibiu de se aproximar, perdi o seu rastro quando completou os seus quinze anos.
— Sim… — me sento, pois, reviver os próximos momentos não eram agradáveis — Há quatro anos começamos a sofrer ataques, as pessoas foram sendo mortas e outras fugindo até que fui sequestrada, o meu pai morto e eu violentada — falo de uma vez, pois não teria coragem de outra forma.
— VOCÊ O QUÊ? — Osmond acaba gritando e ao me ver se encolher corre se abaixar a minha frente — Me perdoe, agora por favor me conta isso direito.
— Platen, comandou o meu sequestro para matar o meu pai, para depois me salvar e… — engulo seco para não chorar — Ele me disse que eu seria feliz e ele me protegeria, me tornou a sua noiva.
— Vitório… — o maxilar de Osmond estava trincado pela sua raiva, toco o seu rosto como fazia antigamente e vejo ele respirar fundo — Continue.
— Ele me violentava quase toda noite, me trancava por dias sem comida ou água, mas as agressões físicas começaram neste último ano — respiro fundo fechando os meus olhos — Eu descobri estar grávida e tomei coragem para contar nessa última celebração, mas quando todos foram embora o encontrei tr@nsando com a Hanah, quando ele escutou da minha boca sobre a gravidez ele me bateu, consegui fugir porque o seu irmão entrou no escritório, Vitório me encontrou nesse dia.
— Piccola — Osmond leva uma mão a minha barriga e sinto uma lágrima teimosa descer.
— Por conta dos socos e chutes perdi o bebê e só não morri…
— Não termina — Osmond coloca o seu dedo nos meus lábios — Vitório serei imensamente grato.
— Preciso lembrar que Platen ainda é nosso rival e certamente quando descobrir que a Trid está viva ele irá querer ela de volta — Albert estava mais sério que o normal.
— Não sou objeto para ele me reivindicar — retruco enquanto ele me olha preocupado.
— Concordamos em algo, você é uma briguenta — empurro Osmond que cai sentado no chão enquanto ele gargalhava — Violenta também.
— Por isso vou apresentar ela novamente, mas agora como a minha irmã.
— Não será o suficiente, ele vai declarar guerra — Osmond se acomoda no chão encostando nas minhas pernas como fazíamos antigamente, era nítido o espanto dos dois ao ver o seu Don a vontade dessa forma.
— Existe uma forma — Albert fala receoso e desvia do meu olhar — Don, sei que não sou mais o Consigliere, porém gostaria de lembrá-lo que ainda não se casou…
— NÃO… — acabo gritando e os três olham para mim.
— Trid — Vitório tenta se aproximar, mas nego com a cabeça e ele para no mesmo instante.
— Volpe — Osmond me chama e ao olhar para ele vejo que os seus olhos estão mais brilhantes que antes — Ainda sou eu, nunca te fiz nada e vou garantir com a minha vida que continue assim.
— Já me prometeram isso uma vez e eu acabei sangrando e cheia de hematomas na estrada morrendo.
— Vai acabar morta se ele colocar as mãos em você — Osmond foi direto, verdadeiro como era anos atrás.
— Não precisava — Vitorio o repreende.
— Precisava, sim, não a chamava de Volpe atoa, ela sempre foi esperta e muito intuitiva — ele para a minha frente pegando a minha mão e colocando no seu peito.
— Não faz isso… — sussurro, mas ele apenas sorri segurando mais forte a minha mão.
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Atualizado até capítulo 107
Comments
Josi Costa..🖋
Hanah também merece ser feita de picadinho e jogar para os urubus 😡
2023-03-27
8