Assim que Vitório foi chamado às pressas já imaginei que ele fosse voltar com um humor péssimo, mas ele voltou pior ainda do que imaginei. Ele passou por mim e Albert indo direto o quarto.
— Coitada da Olivia — Albert não consegue segurar a risada ao ouvir o meu comentário.
— Você não tem jeito.
— Não começa Albert, não vamos ser hipócritas, você já fez muito isso e ainda faz mesmo sendo escondido.
— Astrid, se é escondido como sabe?
— Sei de muitas coisas quando o assunto é energia vital, mas por favor não conte nada a ninguém.
— Minha boca é túmulo desde que as minhas aventuras s€xuais permaneçam em sigilo — ele me responde como uma feição tão inocente que não consigo segurar o riso.
Volto a minha leitura, mas minha mente ia e voltava em Osmond ele vai aprontar alguma coisa. Sem conseguir me concentrar resolvo ir andar lá fora, mas ao sair Albert me pede para esperar ali, ele também percebeu que algo vai acontecer.
Algumas horas depois Vitório aparece de banho tomado, nos fazendo segurar o riso, Vitório olhava para mim e começava ficar vermelho de raiva, pronto agora tenho a comprovação que vem merda agora.
— Não fui eu, estou quietinha aqui tentando ler — Vitório me olha mortalmente, mas como não recuo ele se joga no sofá bufando de raiva.
— Vitório, se quer falar, faça de uma vez.
— Seu pai tem razão, mas me diga preciso mandar levar comida para Olivia no quarto? Ela ainda consegue andar?
— Peste — Vitório me responde rindo baixo — Ela está dormindo agora, depois levo algo para ela comer.
Não me aguento e começo a gargalhar, essa liberdade que tenho com eles é maravilhosa e se estende também a Olivia, que anda passando mais tempo aqui do que na sua casa.
Os seus pais foram contra por um momento, mas até onde escutei Osmond interferiu alegando que a sua presença era autorizada, isso levantou alguns rumores sobre o noivado, pois Moira nunca permitiu muito contato antes do casamento dos membros próximos a ele.
— Platen foi pessoalmente parabenizar pelo noivado e enfatizou que a sua Hanah queria ser próxima da noiva do Don.
— Só pode ser brincadeira — me levanto deixando até mesmo o livro cair, e vou andando até Vitório que se encolhe no sofá, mas quanto mais me aproximo ele acaba pulando pelas costas correndo de mim.
— Caramba! Trid, calma aí.
— Calma uma merda, Vitório, agora que não piso mesmo naquela casa.
— Astrid… — Albert me chama com aquela calma toda na sua voz, mas seu rosto vermelho denuncia que ele mesmo está tentando se controlar — O deixe terminar, não consigo acreditar que acabou nisso.
— Não acabou, o Don deixou bem claro que se ele iria passar raiva sem poder matar ele ali, eu também passaria.
— Cretino…
— Trid…
— Não enche Vitório, por que ele recebeu aquele estrume? Aposto que iria me pedir para servir chá.
— Ele pediu para você ir falar com ele, provavelmente vai explicar essa situação.
— Pois que me espere sentado, pois não piso naquela casa, ainda mais agora com essa de ser amiguinha daquela v@dia — falo já saindo da sala.
— Deixa, ela tem direito de ficar revoltada — Albert segura Vitório dentro da sala, não sei mais o conversaram, pois, queria distância de todos.
Sinto o meu corpo começar a ferver e ao olhar no espelho vejo os meus olhos parecendo que labaredas de fogo, não posso sair assim ou vão descobrir antes do tempo.
Tiro a minha roupa, entrando com tudo debaixo do chuveiro, preciso me acalmar ou vou fazer besteira. A água gelada pelo jeito estava surtindo efeito, pois logo um sono me invade e de toalha mesmo deito na cama apagando em seguida.
Não sei quanto tempo eu dormi, mas estou me sentindo muito mais leve e quentinha, mas não me cobri ontem à noite… Quem entrou aqui? Vou me virando devagar e acabo me assustando com Osmond sentado na poltrona me olhando sério.
— Dorme sempre assim?
— Somente quando o cretino do meu noivo quer que eu tenha amizade com uma v@dia, que horas são?
— Seis horas e não foi bem assim que aconteceu…
— Isso são horas Osmond?
— Não estaria aqui se tivesse ido até a nossa casa.
— Não piso naquela casa, onde você recebe qualquer merda — Osmond tenta falar, mas assim que ergo a mão ele se cala vindo se sentar à minha frente — Você não tem noção de tudo que já passei na mão daqueles dois merdas.
— Dispensei eles, tanto das felicitações como dessa amizade fingida, conheço aquela v@dia — dou um tapa no seu braço, mas ele segura as minhas mãos fazendo a coberta cair, mas seus olhos não deixam os meus — Eu disse que conheço, não que toquei.
— Pelo menos isso, agora me solta, quero me trocar.
— Sua porta estava aberta e você completamente nua na cama, por que fez isso?
— Estava com muita raiva ontem, acabei pegando no sono sem perceber, mas não tenho esse costume.
— Volpe não quero ninguém te vendo, ninguém te tocando e muito menos te desejando — merda sinto o meu corpo começar a ferver e num pulo me solto dele saindo na cama, mas esse movimento foi rápido demais me fazendo parar no meio do caminho com dor.
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Atualizado até capítulo 107
Comments
bete 💗
o terrssante
2024-04-28
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