— Volpe, juro pela minha alma que ninguém nunca mais irá te tocar sem a sua permissão, que a sua vida será minha prioridade assim como a sua felicidade, a minha vida é sua, meus bens são seus, minha alma é sua, lhe dou completa permissão para a usar como bem entender — um vento forte entra pela janela espalhando os papéis por onde passava — Minha Volpe, dou a minha vida por você, por favor me deixe te proteger — os seus olhos nessa hora ficaram mais azuis me hipnotizando como fazia na minha adolescência.
— Eu…
— Apenas se casando comigo que poderia lhe proteger inteiramente, seja minha esposa, seja minha vida, seja meu tudo… — escuto a gargalhada da Tenko na minha mente e agora me lembro que ela me disse que já tinha alguém me amando.
— Se me magoar ou me machucar, eu corto se pau fora e costuro na sua testa — Osmond começa a gargalhar com a minha ameaça.
— Prometo não fazer isso, afinal gostaria dele, no lugar onde pode ser melhor aproveitado — ele ainda mantinha a minha mão presa no seu peito.
— Livre…
— Completamente livre para ir e vir onde quiser, com algumas dezenas de seguranças — ele me responde e acabo erguendo a sobrancelha — Não vou mentir para você.
— Você… — a minha voz falha ao lembrar das tantas traições que suportei nesses três anos.
— Jamais, mesmo sendo um acordo, tem a minha total fidelidade e ao olhar de todos, o nosso casamento será verdadeiro com a irmã do meu Consigliere.
— Se ele te trair eu mesmo mato ele — Vitório se aproxima e vejo que ele está apreensivo também, respiro fundo e volto a olhar para Osmond.
— Eu aceito e… Obrigada — assim que as palavras saem da minha boca, Osmond me roda no ar enquanto gargalhava.
— O meu pai me proibiu de ir atrás de você, por que eu disse que iria te fazer minha esposa — a confissão de Osmond fez todos paralisarem, inclusive eu — Seu pai não queria que você se casasse assim, mas sinto muito por não insistir…
— Já passou… — digo sorrindo timidamente.
— Vem Vitório — Albert o puxa para fora do escritório — Eles precisam conversar.
— Estou de olho hein, você pode ser meu Don, mas ela é minha irmã — Vitório saiu sendo arrastado pelo seu pai e assim que ele fechou a porta me deparo com aquela muralha me encarando.
— Se fizer algo contra mim…
— Não ousaria, gosto dos meus membros junto ao meu corpo e não quero que me amaldiçoe minha Volpe — acabo rindo da sua declaração e Osmond ergue o meu rosto com os seus dedos.
— E agora?
— Agora Vitório vai anunciar o nosso noivado e casamento — Osmond ainda segurava o meu rosto e vejo o seu olhar descer para a minha boca — Volpe… Eu posso?
— Pode — a minha voz era apenas um sussurro.
Osmond me beija calmamente, como se eu fosse quebrar a qualquer momento. Dou passagem para sua língua e levo os meus braços ao redor do seu pescoço enquanto ele me segura pela cintura com uma mão e a outra nas minhas costas. O beijo vai se intensificando e sentir os seus lábios era meu sonho desde os doze anos.
— Como desejei esse beijo — a sua voz era baixa e mesmo após nos separar ele manteve as nossas testas juntas.
— E agora? — repito a pergunta, pois estou temerosa pelo meu futuro.
— Agora você é minha e ninguém toca no que é meu — vejo nos seus olhos uma fúria enorme crescer, mas antes que eu consiga falar qualquer coisa ele me beija novamente e Deus como era ótimo ser beijada por ele — Vem comigo.
— Como assim?
— Já vem comigo para casa.
Para casa essa palavra era tão distante para mim, mas em anos eu sentia esse desejo de ir para casa, eu só não sabia onde era, muito menos como seria minha nova casa. Não queria deixar Vitório e Albert, mas sabia também que não poderia ficar aqui com eles por conta da sua segurança.
— Não quero ficar muito tempo longe deles.
— Eles podem ir sempre que você pedir ou você…
— Tenho noção que não poderei sair por um tempo e tenho mais um pedido.
— Estou ouvindo — ele ainda me segurava contra o seu corpo.
— Quero ser treinada, quero ser fatal — o espanto nos seus olhos me fez gargalhar — Não quero ser apenas um troféu ao seu lado.
— Quer ser uma arma — confirmo com a cabeça vendo um sorriso psicopata crescer no seu rosto.
— Eu já… — tento me soltar, mas ele é mais rápido e me puxa contra o seu corpo me abraçando novamente.
— Sei que temos muitos assuntos ainda para conversar, mas isso será feito na nossa casa.
— Como?
— Não se esqueça que sou mais velho… — o empurro me afastando dele e pela impulsividade do meu ato ele não conseguiu me segurar — Volpe, o que foi?
— O que foi? Você me estudou e está me manipulando também — bato na porta e logo Vitório e Albert aparecem na minha frente — Só saio daqui depois que assinar aquela certidão de casamento, errar é humano Osmond, mas persistir no erro é burrice.
— Trid… — Vitório tenta me tocar, mas afasto o meu braço do seu toque.
— Não vem com essa — vou saindo da sala, mas volto enquanto os três ainda estão parados no mesmo lugar — Tem outra coisa, a partir de hoje estou indo para meu quarto e você vai aceitar quietinho.
— Bom a ter de volta Astrid — Albert fala sorrindo para mim, respiro fundo sorrindo de volta e me retiro no local os deixando para trás.
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Atualizado até capítulo 107
Comments
Maria Lima De Souza
É continuação de outro livro?
Pois agora que estou entendendo a estória rs
2023-08-05
3
davylla mary
ele não e doido de mentir imagina o pau dele na testa🤣🤣😂
2023-07-19
2