Capítulo XVI

Molog trouxe o Lesma, mas me disse que, tem algo para mostrar. Vou para a salinha em que ele estava, e quando vejo quem está com ele, não aguento e caio de joelhos. E, lá estava ele... O meu espelho, o meu exemplo, o meu melhor amigo, o meu coroa!

Bento: Oi, filho

Barão: Pai? É o senhor mesmo? O senhor está vivo mesmo?!

Eu o abraço, e choro. Eu choro como nunca! Por Deus, como eu orei para que ele pudesse estar vivo! Como eu sonhei noite e dia com esse momento.

Bento: Filho, me perdoe por não ter aparecido antes, mas tudo o que eu sabia sobre mim, era que eu tinha perdido a minha memória, junto com uma mulher, que estava comigo no carro. No dia do meu atentado, a Marcelly tentou me ajudar, e no momento em que estávamos fugindo no carro, acabamos capotando, e perdemos a memória. Em todo esse tempo, só tínhamos um ao outro. Filho, essa daqui é a sua...

Barão: A minha mãe?

Bento: Sim, filho! Já sabe?

Aceno com a cabeça em afirmação, e a mulher me olha, acaricaidnaido o meu rosto, e me abraça. Eu retribuo o abraço, e logo, posso sentir todo amor do mundo, todo o aconchego que o abraço dela transmite.

Marcelly: Meu filho! Me perdoa? Me perdoa por não ter lhe defendido? Me perdoa por nunca ter conseguido te ter de volta? Eu juro, que eu tentei com todas as minhas forças!

Barão: Eu entendo, mãe! Eu não tenho nada que perdoar a senhora. Sou eu quem tenho que lhe pedir perdão, porque nunca desconfiei de nada, e não procurei mais a fundo saber de toda a verdade. Eu quem peço perdão, por não ter lhe defendido de tudo o que a senhora passou. Ou melhor, por tudo o que vocês passaram. Eu falhei como filho. Me perdoem...

Desabafo, muito emocionado. Eu estou com uma dor, uma culpa no meu peito, por nunca ter feito nada, por nunca ter sequer ao menos, desconfiado da Janete, da cobra que ela é. Sempre desconfiaram da morte do meu coroa, mas eu nunca fui a fundo, por ter medo de descobrir a verdade, mas, ela é bem mais dolorosa, e esse sentimento, é o que eu carregarei para o resto da minha vida!

Marcelly: Eu não tenho nada que lhe perdoar, meu filho! Você foi vítima nessa história. Você é a pessoa que menos tem culpa nisso! Se tem alguém nessa história, que precisa pagar por tudo o que fez, essa pessoa é a Janete! Eu quis tanto lhe encontrar... Dentro do meu coração, eu sempre sonhei contigo, com cada detalhe teu, como sempre fazia, desde que eu soube que, você estava aqui dentro de mim. Eu daria a minha vida, para poder voltar no tempo, e mudar tudo! Infelizmente, não posso, meu amor.

Barão: Eu sei que, não tem como voltarmos no tempo e mudarmos tudo o que aconteceu, mas vamos poder recuperar tudo o que nós perdemos. Vamos conseguir recuperar, mãe.

Barão: Sei sim, pai. A Janete acabou me confessando tudo, após eu descobrir que ela ajudou a Flávia a fugir, para pode ir para o Complexo dos Guararapes. O senhor se lembra que, antes de começar a ficar com a minha mulher, eu ficava com a Flávia?

Bento: Sim, meu filho. Eu me lembro bem... E por sinal, sempre fui contra.

Barão: Um lado, se arrependeu muito disso. Já o outro, não se arrepende, porque dessas transäs, nasceu um menino lindo.

Bento: Pera aí... — Ele dá um sorriso. — Eu tenho um neto?

Barão: Tem sim, coroa. Na verdade, vocês já tem três netos. O Hugo, a Ellen Rebeca e um, que ainda está a caminho. O Hugo, é o nosso primogênito. Ele é meu filho, com a Flávia. A Flávia planejou ficar grávida, mas o menino acabou nascendo autista e ela, juntamente com a Janete, me esconderam o menino. Mas, agora, eu consegui ter ele de volta. A nossa princesa nasceu para nós, no mesmo dia em que fomos buscar o Hugo lá no morro do Dendê. Os D20 e o Budyonny, encontram ela. A "mãe" dela, a mulher que a colocou no mundo, era uma prostituta, que acabou sendo morta junto com a mãe e a bebê foi deixada junto aos corpos. E, o terceiro, como eu disse, está a caminho.

Marcelly: Meu Deus! Que honra. Três netos? Três heranças sua, meu filho. Isso é uma dádiva! É tão bom saber disso. Sinto muito que, dois dos meus netos tenham passado por tudo isso, mas agora, eles estão a salvos e serão amados e cuidados, como de fato, merecem.

Barão: Sim, mãe. Serão sim! — Eu a abraço. — Mas, me contem... como tudo aconteceu? Como o Molog encontrou vocês?

Bento: Posso contar isso estando frente a frente com a Janete? Ela vai explicar algumas coisas á nós.

Barão: Claro, pai. Vamos lá!

Vamos para a salinha onde a Janete está, e assim que ela vê o meu pai, ela arregala os olhos. A Bárbara começa a chorar, mas o choro dela não me compra nenhum pouco.

Janete: Não, não! Você MORREU! Você está morto. Não pode ser, não pode ser. Você está morto. Eu vi você morto.

Bento: Me viu morto? Ou, quem você viu morto,foi o Bernardo?

Janete: O Bernardo?

Bento: Sim, o Bernardo. O meu irmão gêmeo. Aquele, que foi o seu amante. O mesmo homem, que é o pai verdadeiro da Bárbara, é que lhe ajudou a arquitetar todo um plano para me matarem!

Bárbara: Como assim? O senhor não é o meu pai?

Bento: Eu lhe criei como minha filha, mas você somente me pagou com ingratidão. As suas atitudes sempre foram idênticas as do meu irmão. Você sempre foi a cara e a personalidade dele. Por ele se parecer comigo, você automaticamente é a "minha cara". Eu até tentei lhe ver como minha filha, lhe dando o mesmo amor que dei para o Breno. Porém, não teve jeito. Agora, vamos saber da Janete, toda a verdade. Como ela bolou todo o plano para me matar, como ela fez todo mundo acreditar na inocência dela, por todos esses anos.

Janete: Vão ter que arrancar a verdade de mim!

Marcelly: Será um prazer, desgraçąda!

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***