Capítulo XII

Barão: O MEU FILHO ESTÁ NO MORRO DO DENDÊ? FICOU MALUCA?!

Janete: Ele está com uma mulher, que eu pago para cuidar dele. A ordem é manter o menino em segurança, para que ele seja a garantia da minha vida e da vida do Lesma e do Paraná.

Barão: Você quer usar o meu filho, como garantia? É isso mesmo?

Nesse momento, o meu telefone toca e soa uma voz com um modificador...

📲: Com toda certeza, você já deve saber da existência desse moleque. Se você quiser ver o teu filho com vida, tu vai fazer tudo o que eu mandar. Ou, só vai receber a cabeça e o coração desse moleque chato e irritante. Ele é um demente, uma aberração, nem vai fazer falta mesmo. Mas, é melhor se apressar...

Nesse momento, consigo ouvir um estrondo e um choro de um menino e a ligação se encerra. Uma angústia e um desespero tomam conta de mim. Porém, só não é maior que a raiva que eu estou sentindo aqui dentro. Perco totalmente o controle por alguns momentos, e seguro a Janete pelo pescoço.

Barão: Sua filha da putå! Se você pensa que eu vou livrar a sua vida, você está terrivelmente enganada. Eu vou te matar, eu vou arrancar o seu coração e vou dar os seus restos para os cachorros! Você vai se arrepender de cruzar o meu caminho, de ter sido tão traíra. Eu vou te matar. Eu vou vingar a morte do meu pai e tu ainda vai me contar direito essa história e quem te ajudou a matar o meu coroa. Entendeu?

Ela me olha assustada. Pela primeira vez na vida, ela me viu daquele jeito com ela. Ela sabe bem que nada, nem ninguém poderá livra-lá do que a espera.

Nesse momento, sem eu falar nada ainda, o Língua de Sogra joga o mapa do Dendê em cima da mesa. O Ynokki, D20, Budyonny e Kikão, junto com as meninas começam a rever o armamento e os coletes. Tudo já começa a ser preparado para irmos buscar o meu filho.

Barão: Liguem para o Molog. Vamos precisar da ajuda dele. Liguem também para o Dadá. Vamos deixar essas duas lá na Penha. Liguem para o Jordan, avisem para ele que vou precisar da ajuda dele. Se ele puder voltar para o Brasil agora, será melhor ainda!

Kikão: Pode deixar comigo.

As meninas levam a Bárbara e a Janete pra Penha, porque eu não posso correr o risco de tentarem invadir e resgatarem ela. Deixo a minha mulher num morro aliado, e vou para o Dendê buscar o meu filho. Assim que chego na entrada do morro, em menos de 5 min vejo os carros e as motos com os vapores do Molog. Em seguida, vejo alguns vapores da Penha, que mandam um reforço também de armamento. Partimos para o Dendê e para o Complexo do Guararapes. Eu vou buscar o meu filho, e o Mologc vai me trazer o Lesma. Vai ser divertido colocar os patetas frente a frente.

Assim que eu chego no Dendê, os meus homens se posicionam e matam logo os olheiros. Com os olheiros mortos, vamos cercando o morro por todos os cantos, e vamos entrando. Em questão de minutos, nós conseguimos entrar no morro. Avanço, em direção a boca, onde eu tenho quase certeza que eu vou achar alguma coisa, porém, algo me chama atenção. Um casebre, no meio do morro, com um cheiro muito forte. O cheiro eu conhecia bem. Era de corpo em decomposição. Como eu não poderia me distrair com aquilo, dou um sinal para o D20 e o Budyonny, que rapidamente invadem o local.

Continuo avançando e quando chego na boca, cuidadosamente, com o silenciador na minha pistola, eu meto o pé na porta, e entro. Porém, eu não encontro nada. Vasculho todo o lugar, mas eu não encontro nada. Passo a mão no cabelo, procurando pensar numa maneira, até que eu ouço um choro vindo debaixo. O choro continua, e eu vou procurando algo que me leve até lá. Vou empurrando as caixas, tirando os tapetes, sofá, mesa e nada. O desesperou toma conta de mim, até que eu me concentro, pensando nos meus filhos. Eu preciso cuidar deles. Preciso salvar o Hugo, para ele poder conhecer o irmão(a). Eu preciso conhecer o Hugo. Preciso beijar, apertar, abraçar, dizer que eu sou o pai dele, que eu vou protege-ló e pedir perdão por estar atrasado. Quero recuperar todo esse perdido com o meu moleque.

Vou olhando para o chão, até que um formato diferente chama a minha atenção. Ele parece ser uma porta, e tem como puxador, um prego. Tento abrir, e ela dá uma emperrada. Coloco mais um pouco de força, e ela se abre. Desço para o andar de baixo, e logo vejo um menino, sentado de costas. Vou me aproximando, e quando olho para o menino, ele é a minha cara. Ele tem os meus olhos, minha boca, o meu nariz. Ele é o meu reflexo, minha cópia fiel. Dou um sorriso e ele me olha sem entender, e se encolhe na cadeira.

Barão: Oi, meu campeão. Eu sei que você não me conhece, mas eu preciso que você confie em mim, tá? Eu não vou lhe machucar, eu prometo. Eu vou lhe tirar daqui, vou lhe colocar num lugar seguro, e eu prometo que nunca mais, ninguém fará mal a você. Tudo bem?

Ele ainda me olha um pouco desconfiado, mas acena com a cabeça em afirmação. Eu me aproximo dele, e vou desamarrando a cadeira. Ouço algo, e quando olho de novo, vejo uma cobra cibilando. Tento manter a calma, e fico parado. Toco os ombros dele, com calma, pedindo para que ele faça o mesmo, pois a cobra está vindo na nossa direção e logo para.

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Comments

Lane Silva

Lane Silva

oque será que vai acontecer 🤔🤔🤔

2023-05-11

2

Nanda Gomes

Nanda Gomes

autora continua porfavou

2023-04-09

1

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