Capítulo XV

...Barão🔥...

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Fico brincando com o meu filhão, enquanto a minha mulher vai dando banho na neném. Eu confesso que eu estou louco para ajudar, para aprender a dar banho em bebê, já que agora, temos a nossa menina. Sim, decidi que vamos ficar com ela. Pedi aos meus vapores que investigasse a família da menina, e eu descobri que ela não tem família. Descobri também, que a sua mãe era garota de programa, assim como a avó e elas foram mortas numa queima de arquivo feita no morro. A neném foi deixada para morrer. Ela não é registrada. Pelo que eu entendi, era porque a mãe que não se importava mesmo.

Vou conversar com a minha mulher. Daremos um nome, sobrenome, amor e um lar para essa pequena. O meu garotão é muito inteligente. Percebo isso, quando vamos montar o quebra cabeças e rapidamente, ele resolve. Era para eu ajudar, mas no fim, quem precisou de ajuda fui eu. Subo para o quarto com o Hugo, enquanto os vapores chegam com as coisas dele. Ele toma banho, coloca a roupa e vamos tomar café. A minha boneca já está sentadinha na cadeirinha, toda cheirosa, toda linda.

Hugo: E quem é ela, mãe?

Marion: Ela é a sua irmã, filho.

Barão: Gostou, filho?

Hugo: Eu gostei. Eu vou poder brincar com ela?

Barão: Claro, filho!

Hugo: Qual o nome dela?

Barão: Ainda não sabemos, filho. O que acha de escolhermos um nome juntos para a sua irmã?!

Hugo: Vamos, pai. Eu gosto de Rebeca, e de Ellen também.

Marion: É um nome lindo, filho. Ellen significa "raio e Sol", e Rebeca significa "aquela que une", e é isso que a nossa filha veio fazer. Ela veio para nos unir e iluminar as nossas cada vez mais, assim como você. Nos tornando cada vez mais, uma família muito amada e feliz!

Barão: Ellen Rebeca?

Marion: Sim, eu gostei da combinação.

A minha mulher sorri, e eu retribuo. Sinto que, seremos muito felizes. Eu ainda estou bem chateado com essa história da Janete, sobre ela ter me roubado da minha mãe.

Tomamos café, e não demora muito, a casa é invadida pelos meliantes.

D20: Tamo invadindo, hein!

Barão: Novidade!

Budyonny: Eu sei que tu gosta da nossa companhia.

Barão: Eu só não vou lhe dar a resposta que você merece, porque eu estou na frente dos meus filhos.

Iara: E, quem é essa moça linda?

Barão: Essa é a Ellen Rebeca, nossa filha.

Yonokki: A princesinha do Complexo do 18.

Girlane: Ela é muito linda! Vai dar um trabalho quando crescer!

Barão: Vai dar trabalho coisa nenhuma, e nem quero nego sondando minha princesa não.

Kikão: Ela vai dar trabalho sim! Ela é muito linda. Com toda certeza, vai ter muito moleque aqui na sua porta, querendo uma chance com a menina. Tu que lute, meu fi.

Barão: Eu não quero saber. Podem tratar de me ajudar. Os tios servem pra isso.

Budyonny: Pode deixar, que a minha parte, vou fazer muito bem. Ninguém vai nem chegar perto.

Marion: Podem ir parando com isso, porque a idade dela vai chegar, e quando a idade certa dela chegar, ela vai ter a chance de namorar, viver a vida dela e o papel de vocês, é alertarem ela, aconselhar, e ficarem de olho, com pessoas má intencionadas.

Nesse momento, a Rebeca começa a dar risada.

Shirley: Tá vendo? Até a Beca tá concordando com a mãe.

Barão: Tá nada, porque ela não sabe de nada ainda.

Budyonny: Bequinha, vamos ali tomar uma barca de açaí com o dindo?

Ele estende as mãos e ela rapidamente estende os braços pra ele, dando risada. Essa menina é demais! Eu dou risada, negando com a cabeça.

Yonokki: E, quem disse que eu deixei tu ir tomar açaí com a minha afilhada?

D20: Tu não deixou, porque a afilhada é minha!

Kikão: Nada disso! Ela é minha!

Eles começam a discutir entre si, e mesmo sem entender nada, a Ellen começa a dar risada, e acompanhar toda a discussão. Será que ela sabe que, ela é motivo? Fico tranquilo, quando vejo que o Hugo não se assusta com o barulho, e se diverte também com a discussão.

Hugo: E quem vai ser o meu padrinho?

Todos: Eu!

Marion: Vai começar de novo! — Ela ri. — Tudo bem, tudo bem! Todos serão padrinhos do Hugo, e dá Ellen. — Ela me olha, e acena em afirmação, passando discretamente a mão na barriga.

Barão: E, não precisam se preocupar, porque tem mais um herdeiro vindo aí.

Os meninos, lerdos como sempre, ficam tentando entender o que eu quis dizer. As meninas logo vem correndo para abraçar a minha mulher, e eles só entendem, quando a Girlane se abaixa e dá um beijo na barriga da minha mulher.

Depois de toda a euforia, o Ynokki, todo babão, pede silêncio para fazer a Ellen dormi. Não demora muito tempo, e ela dorme deitada no ombro dele. Com cuidado, ele sobe com a Marion para o quarto, onde deixam a pequena deitada na cama, já que ainda não entregaram o berço dela. Assim que eles sobem, eu noto que o Hugo está com sono. Ele se despede de todo mundo, e subimos para o quarto, onde eu o coloco na cama e ele dorme. A turma da bagunça logo sai, e a minha mulher se senta no meu colo.

Marion: Eu estava com saudades.

Barão: Eu também estava, minha ruiva linda.

Marion: Eu te amo tanto!

Barão: Eu te amo além da vida, minha princesa.

Dou um beijo gostoso, acariciando a cintura dela, e ela me olha.

Marion: O que você descobriu sobre a nossa filha?

Barão: A minha e a vó dela eram prostitutas. A mãe da menina, pelo visto, não cuidava dela, e pelo que eu soube, era porque ela não gostava da menina mesmo. Amor, a nossa filha não tem nenhum documento! Nem pelo menos, certidão de nascimento.

Marion: Nossa! Como essa mulher pôde ser assim? Que mulher irresponsável! Agora, os nossos filhos estão seguros conosco.

Barão: Estão sim, amor. E, logo vou providenciar toda a documentação dos dois.

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