A cobra se enrola inteira para dar o bote. Como a minha pistola está com o silenciador, fecho os olhos do Hugo, e disparo uma única vez, num tiro certeiro. Me senti um pouco chateado por matar uma cobra? Sim. Tenho mais pena dos animais, do que do seres humanos.
Logo, o Hugo me olha curioso e eu dou um sorriso pra ele. Ele é um doce. Consigo sentir o tanto que ele transborda amor e somente amor. Seguro na mão dele, e vamos subindo para onde está a salinha. Assim que chegamos na porta, vejo o Paraná pardo na porta, com os braços cruzados.
Paraná: Onde você pensa que vai?
Barão: Isso nunca vai ser da sua conta.
Paraná: Ah, é sim! Ele é a minha garantia. Daqui, ninguém sai.
Dou um sorriso se lado, e peço ao Hugo que desça novamente. Ele fica meio que sem entender o que está acontecendo, e ao mesmo tempo, como medo do idiota do Paraná. Ele desce, e fico sozinho com o Paraná. Olho para ele, que vem até mim, com toda a marra dele, achando que pode comigo. O filho da putå não aguenta um murro, mas quer meter marra.
Paraná: Por que não vamos num mano a mano? Sem armas.
Nesse momento, o meu olho vai diretamente para a cintura dele. Conheço bem esse filho da mãe, sei bem que ele tem alguma carta na manda. Ou melhor, algum canivete na cintura.
Barão: Tudo bem então. Vamos lá.
Solto a minha pistola cuidadosamente, atento a todos os movimentos. No exato momento que ele vem para cima de mim, desvio dos primeiros socos que ele tenta acertar sem mim, e acerto um no seu estômago. Ele coloca a mão no abdômen, mas logo tenta vim para cima de mim de novo, e eu aplico um mata leão nele. Nesse momento, puxo o canivete que estava na cintura dele, e colo no seu pescoço. Ouvimos um tiro, e um homem cai lá embaixo, quase na porta da salinha. O idiota tava com um homem a postos. Até que ele não é tão burro. Porém, não é esperto o bastante. Confia demais no Caveira e por isso que se føde bonito. Pra garantir que o bonitão não vai querer fugir, apago ele com o mata Leão e peço para os vapores colocarem ele no carro. Os fogos no Céu anunciam o final da invasão. Graças á Deus, tudo correu bem. Eu temi muito pela segurança do meu menino, mas tudo ocorreu bem.
Desço para buscar o Hugo, que para a minha surpresa, me abraça ao me ver. Eu o abraço forte, sem pressa. Esse moleque é a minha vida. Eu conheci o sentimento paterno, quando a minha ruiva anunciou que tá esperando um bebê. Só que, nunca imaginei que pudesse ser tão avassalador assim. Eu amo os meus filhos. Por eles, eu sou capaz do mundo. Por eles, faço tudo, faço de tudo. Seguro na mão dele, e ele me acompanha. Ele confia em mim, e isso está sendo maravilhoso. Ando com muito cuidado, olhando para todos os cantos. Sei que a invasão acabou, mas cuidado nunca é demais. Quando eu passo em frente ao barraco que pedi para que os moleques olhassem, o D20 está com o Fuzil na mão e o Budyonny está segurando uma menina no colo. Ela é muito fofa. Parece ter em média uns 6 meses. Ela é morena, tem olhos cor âmbar, e um cabelo bem enrolado. Ela está meio sujinha.
Barão: O que essa bebê estava fazendo nesse galpão?
Budyonny: Algum filho da putå matou a mãe dela e deixou a neném aqui dentro. Só pode. As duas mulheres lá dentro se parecem muito com ela. Pela idade, me arrisco a dizer que são a mãe e a avó dela.
D20: Esse morro com toda certeza, era um terror do caralhø. Eu não duvido nada que, esse filho da putā deixou essa neném aí dentro pra morrer e impediu os moradores de ajudar a bichinha.
Barão: Esse filho da putå do Paraná vai me pagar. Esse filho da putå.
D20: O menino é a sua cara! — Ele sorri.
Barão: É sim! — Abraço o Hugo.
O D20 faz o toque com ele. No começo, ela fica meio acanhado, mas logo corresponde o D20. Entramos no carro, e partimos em direção ao meu morro. Estou levando o meu moleque comigo, e nada no mundo poderia me deixar mais feliz. E agora, ainda tem essa bebezinha. Essa bebezinha linda, que merece um lar.
Assim que chegamos no morro, a minha mulher se levanta e vem até nós. Ela me abraça, e logo acaricia o rosto do meu nosso garotão. Ele aceita muito bem o carinho da Marion. É como se ele já soubesse que é essa ela é a mãe dele, e que a partir de agora, nós seremos uma família. Ela olha a bebê que está no meu colo. E me olha surpresa.
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Atualizado até capítulo 25
Comments
Maria Edineuza Silva
tô adorando essa história
2023-05-08
2
TRAIÇÃO NÃO TEM PERDÃO
Alguém Com o Mesmo Sentimento Que Eu
2023-04-11
2