Capítulo II

...Barão🔥...

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Salve, família! Eu me chamo Breno, mas todo mundo me conhece como Barão. Eu assumi o morro há sete anos. Eu sou chefe do complexo do 18 desde que o meu pai, o antigo dono daqui, foi morto.

Muitas pessoas, já falaram que a morte dele, foi planejada pela minha coroa. Com a morte dele, a minha mãe e minha irmã foram morar comigo, e com a minha esposa.

Desde muito novo, eu sempre fui muito de me pegar, e não me apegar. Claro, com responsabilidade. Quando eu vi a minha ruiva pela primeira vez, eu estava na barreira, conversando com alguns vapores.

Eu ainda não era envolvido, mas tinha amizade com uma boa parte de todos os aviãozinhos. Ela tava subindo o morro, com um vestido preto, de alcinhas até o joelho.

O seu corpo, perfeitamente esculpido pelos deuses, me chamou a atenção. Mas, antes de olhar para o seu corpo, eu me perdi nos seus olhos verdes, que brilhavam como se fossem duas esmeraldas.

Ela tinha mó cara de patty, mas o seu jeitinho chamou a minha atenção. Ela subiu o morro numa boa. Diferente de todas as pattys, que sobem o morro atrás de uma condição, ou muitas, que querem ser bancadas pelos mais fortes, mas nem pisam os pés aqui no morro.

Ela veio sem interesse. Veio com o jeitinho dela, e eu todo malandro, cachorrão treinado, fui logo descolando o contato dela.

Na época, eu queria ficar com ela, e só ficar. Começamos a trocar uma ideia massa, e ela sempre muito educada, muito doce e sempre preocupada comigo. Ela foi conquistando o coração do vagabundo, sem o primeiro beijo.

Sempre que eu vou o trecho " quando o primeiro beijo dela, resetou meu coração. Eu já tinha beijado ela mil vezes na imaginação", com toda certeza, automaticamente, me lembro da minha ruivinha.

Teve todo um rolo com a família dela, e passamos 4 meses sem nos falar. Eu fiquei malzao pra caralho. Eu não conseguia ficar com mais ninguém, por estar pensando nela. Até que, eu fui uma burrice sem tamanho.

Eu já ficava com uma amiga da minha irmã, a Flávia. A minha mãe nunca gostou da Marion, e quando ela se afastou de mim, sei que ela comemorou.

Ela foi empurrando a Flávia pra mim de novo, e eu acabei transando com a Flávia, pensando na Marion. Aquilo, de certa forma, era a maneira de manter a Marion viva, e "perto" de mim.

Quando voltei a falar com a Marion, e ela me explicou tudo o que aconteceu, eu fiquei felizão. Claro que, fiquei triste por todo o preconceito da família dela, mas no fundo, sempre os compreendi e ao mesmo tempo, não.

Voltei a falar com a Marion, começamos a ficar, e por motivos de força maior, acabei entrando para o movimento, para poder proteger o legado do meu pai, para que não caísse em mãos erradas.

Não era o que eu queria, por mais que eu amasse a minha comunidade. Mas, ser filho do dono, é um grande fardo. Eu tinha que me preparar para isso, eu assim, aconteceu.

Eu fui crescendo no movimento, e sempre, com a Marion do meu lado. Sei que ela nunca se orgulhou das coisas que o Barão fazia, mas, sempre se orgulhou do Breno, até que, fiz a cagada de continuar dando condição para minha mãe e minha irmã.

O meu amor pela Marion, é imenso. Por aquela mulher, eu dou a minha vida. Por ela, eu coloco o mundo aos seus pés. A Marion, aos meus olhos, é a mulher mais gata, mais sexy, mais gostosa do mundo. Sou louca por ela. E, quando nós nos separamos, ela levou embora o meu chão, a minha paz.

Eu acabei perdendo a minha mulher. Eu sempre ficava naquela, de tentar ter paciência com a minha mãe, porque ela sempre viveu um relacionamento conturbado com o meu pai, sempre surtada, paranóica, batendo nele, e quando ele morreu, ela presenciou a morte dele.

Ela sempre foi uma mãe super protetora. Sempre ditou tudo o que a Barbara e eu, deveríamos fazer. Até hoje, é assim.

Elas sempre faziam um inferno no meu casamento, na vida da minha mulher, e eu continuava entre a cruz e as espadas. Eu não entendia que, a minha família, era também a minha esposa.

Por não me posicionar,a minha ruivinha se foi. Mas, eu não vou desistir de reconquistar. Eu não vou desistir de lutar por ela. Nem que eu peça perdão, todos os dias. Nem que eu mova o mundo, faça chover canivete, ou que for. Mas, a minha branquinha, eu vou ter de volta.

Depois de mais uma manhã fudida, sem motivação para seguir em frente, eu deixo a boca no comando do meu primo, e braço direito, subo na minha moto e vou atrás da minha mulher.

Sei que é loucura, mas sou louco por ela. Acabo pulando o muro da casa dela, e eu não sei se ela está aliviada por ser eu, se está feliz em me ver ou está putassa comigo.

Marion: O que você está fazendo aqui?! Você ficou maluco?!

Barão: Eu vim para conversar com você, ué.

Marion: Eu não quero conversar contigo, Barão. Eu disse que, já converamos tudo o que tínhamos para conversar. Você fez as suas escolhas. Não foi por falta de aviso. E, eu só cansei de ficar esperando você tomar alguma atitude. Essa atitude não veio da sua parte, e eu me cansei de esperar!

Barão: Só me escuta, tá bom?! — Ela me olha, e acena em afirmação. — Olha, minha ruiva, eu sei que eu errei feio. Esses dois meses longe de você, foram pior que qualquer tortura que eu poderia sofrer. Sinto que, eu estou morrendo aos poucos, sem ter você ao meu lado. Você mesma sabe, que é o meu mundo. É o meu sol, a minha vida, a minha princesa. Eu não sei mais acordar, sem sentir o seu corpo coladinho ao meu. Eu não sei mais dormi, sem disputar um espaço da cama contigo. Eu não sei mais ficar sem os seus beijos, sem os seus abraços, sem ter os seus xêros, sem ter as nossas loucuras, seja na cama, ou seja fora. Eu não sei mais chegar em casa, e não te ver. Aquela casa, cada cantinho dela, me lembra você. Cada cantinho dela, tem o seu cheiro, tem a nossa marca, os nossos momentos. Independente de eu ser todo errado, eu te amo mais que a vida! Eu sei que, eu errei feio sim. Mas, eu estou aqui, de peito aberto, para lhe pedir perdão. Eu não vou poder voltar no passado, e mudar tudo o que aconteceu. Mas, eu posso fazer tudo diferente, se você me der uma nova oportunidade. Eu fiquei tão preocupado em ser um bom filho, em ser um bom irmão e cumprir a promessa que, um dia fiz ao meu coroa, que eu acabei falhando contigo como marido, como melhor amigo, como a pessoa que eu deveria ser pra você. Eu vacilei feio, e eu reconheço isso. Só que, eu também reconheço que, sem você, eu me sinto perdido. Sem você, eu me sinto em meio a escuridão. Sem você, eu me sinto no fundo poço. Eu preciso de você!

Ela me olha, com os olhos cheios de lágrimas. O seu rostinho abatido não nega que ela chorou, que não está dormindo bem, que não está bem. E eu? eu me sinto o maior filho da putå, e rápidamente, a abraço.

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