conversa séria

— QUE BAGUNÇA É ESSA aqui?

— desculpa amor, eu esbarrei na bandeja sem querer, não vi quando ela estava vindo, foi trombando nela e caiu tudo.

Olho para ela desacreditado que ela vai mentir assim. Na minha cara. Ah não, eu odeio vitimismo, ainda mais quando vê carregada de mentiras e falsidades.

— você tem tanto medo dele assim mulher? Como pode ser tão medrosa?

Ela me olha com advertência, ui tô cagando de medo. Porque ela lá olha assim para ele? Medo de morrer? Quem foi que nasceu pra semente?

— então, quem vai falar o que aconteceu de verdade aqui?

— só digo uma coisa senhor Markov, essa é a primeira casa de mafioso que não tem câmeras pela casa toda, acho que deveria aumenta a segurança de seu território.

— quem falou que não tem? Elas ficam bem escondidas mais tem sim, muitas espalhadas. — ela fala, mais não me convence muito, já que eu andei olhando tudo.

— desculpa senhora, mais eu sou bem detalhista, e quando estava fazendo a limpeza da casa, e não vi muitas poucas cameras, somente no cômodo principal da casa. E lá fora, mas, se diz a verdade, garanto que irá mostrar para o seu marido o que realmente aconteceu aqui, e eu espero que tenha áudio também, para que ele possa ouvir nossa conversa.

Ela olha para mim, e está se segurando para continuar fingindo a boa moça, mas, vejo em seus olhos a vontade que ela tá, de vim pra cima de mim.

— se ficar guardando as emoções sentidas, terá um derrame cerebral a qualquer momento.

Ele olha para mim, e da uma risada fraca, e volta a olhar para ela, esperando uma resposta valida.

Porque tenho certeza que ele também não acreditou na mentira dela.

Mas, eu é que não vou ficar ouvido mentiras, peço licença e vou fazer outro lanche para o Nick, essa mula derrubou tudo, e meu pivete não pode ficar com fome.

Escuto eles conversando, enquanto preparo o lanche, mesmo que eu não queira, pois estão bem na porta da cozinha.

— vamos no meu escritório, me mostre as filmagem do que aconteceu aqui.

— para que isso, não vai acreditar na minha palavra? Eu estou com você a 9 anos Andrey, vai acreditar na conversa da Baba?

— eu quero ver as filmagens, pois aquela que estiver mentindo, irá para o castigo, e você sabe bem de que castigo eu estou falando.

— não pode me castigar por um acidente Andrey, eu disse que eu esbarrei nela sem querer, eu não faria uma coisa dessa propo...

— EU QUERO VER A PORRÄ DAS FILMAGENS

Ela fica muda, até os utensílios da cozinha sentiu o rugido da fera, ela sabe que foi ela que derrubou, duvido que ela vai mostrar alguma imagem para ele.

Até porque tem aquele deitado, quem tem cool, tem medo.

Termino o lanche, e quando eu viro, os dois estão indo sei lá o onde, e eu subo para o quarto do Nick, vou contar a fofoca para ele, ele vai ficar alegre.

Entro no quarto, e digo pra ele o que aconteceu, e digo que o pai dele levou ela para o escritório, não acreditando na mentira dela.

— tomara que ele leve ela para o quarto de castigo.

— onde é isso?

— é um quarto secreto que meu pai usa, para castigar os traidores, mas ele não os mata ali, só serve para castigar mesmo.

— interessante, preciso conhecer esse quarto do castigo logo.

— ta doida Lua, quer ser castigada?

— não né pivete, eu quero castigar.

Ele da risada e começa a comer o pão

— pivete, preciso conversar com você sobre dois assuntos muito sério

— sobre o que?

— primeiro que vou colocar você para assitir alguns filmes, tanto de terror quando de ação...— explico para ele do porque de tudo, e ele presta bem atenção, e diz que não tem medo de assistir filmes de terror, bom, uma problema está resolvido.

— e o que é a segunda coisa?

— sobre a cor do seu próximo carro, sei que você gosta de vermelho por causa da sua mãe, eu também amooo o vermelho, mais podemos negociar o carro na cor preta?

Ele balança a cabeça que não, e lá vai eu tentar manipular a cabeça da criança, para que ela entenda o porque do carro preto, e ter que ser igual aos outro.

Aos pouco ele vai entendendo.

— pensa, colocaremos o nome dele no Batmóvel o que acha?

Ele confirma com a cabeça, e damos risadas, já imaginando a cena.

Ajudo ele a fazer a lição de casa, nas contas de matemática, eu empresto meus dedos para ele somar.

A hora da janta chega, e vejo que a patroa não está na mesa.

Fico calada, escutamos somente a respiração do chefe que não está nada boa.

— pai, o senhor está bravo?

— papai está sim Nick, mais não é com você não viu.

— cadê a Amara?

— está... — ele olha para mim, e eu não se de nada. — na casa da mãe dela.

— ela bem que poderia morar lá né, e eu ficava aqui com você e com a Lua.

— oh pivete, não vou ficar aqui muito tempo não...

— vai ficar até quando eu quiser.

— não pode me obrigar a isso, você sabe que... — olho para o Nick. — que tenho algo para resolver.

— pode esquecer daquela máfia princesa, naquele país, acho melhor você não voltar nunca mais lá.

— eu preciso recuperar aquela máfia, ela é do meu pai. E se você não me ajudar, eu vou em busca de outro Mafioso mais poderoso que você, que possa fazer isso, porque tá parecendo que você está com medo.

Aquele sorrisinho de zombadeiro sumiu, ele fecha a cara na hora, e manda o Nick ir para o quarto dele.

Nick balança a cabeça e coloca a última colher na boca, bebe do suco, e sobe correndo.

— eu sinto muito Luana, seus pais não estão escondidos, seus pais estão mortos, foram encontrarmos no...

— mentira, se fosse verdade minha irmã teria me falado, ela está rastreando eles direto.

— liga para ela, e tira suas dúvidas.

Olho para ele com raiva, pego o meu celular e ligo para Ray.

— Ray, onde está o pai e a Mãe, é verdade que morrera?

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