A cidade de Lounerse - Parte 9

Parte 9: 

Qual seria a chance de alguém acreditar em você se dissesse que veio de outro mundo? Ainda mais você, sendo alguém que surgiu do nada. Com certeza, poucas pessoas, as mais loucas, talvez. Essa questão que tomava conta da mente de Amai desde que chegou na cidade, estava para receber uma resposta. Mas ele ainda tinha um motivo para continuar acreditando.  Diferentemente da terra, Oires era um mundo onde a magia existia e isso fez ele pensar que talvez não fosse um delírio pensar em renascimento. Em Oires, o fato dele renascer talvez fosse possível.

"IMPOSSÍVEL!"

Millya, depois de um longo tempo, o encarando em silêncio. Gritou em um ímpeto.

"Hahahaha. Você está brincando com a minha cara?"

Apesar de estar sorrindo, o seu rosto não parecia o de alguém que estava tentando tirar sarro, mas sim o de alguém incrédula. Suas pálpebras estavam trêmulas e seus lábios, curvados. Amai permaneceu parado, sem tirar a seriedade do rosto, apenas olhando para ela. Quando percebeu que Amai não diria nada, ficou ainda mais apreensiva.

"Tem que ser mentira. Porque se for verdade, o que você está fazendo aqui, em Lounerse?... Mas, droga, realmente tive a impressão de que algo estava errado quando subi de nível tão facilmente... Já faz mil anos desde a última regulação da camada? Eu não posso estar em grupo com um herói. Não posso. Não posso!" Ela esfregou os olhos com as mãos. "Isso é mesmo verdade?"

Amai assentiu positivamente com a cabeça.

Millya se levantou e deu duas voltas em torno da cadeira antes de se sentar novamente.

"Precisamos ir à igreja. Se for realmente verdade, você não deveria estar aqui. Se os Heróis foram invocados temos que nos preparar. Droga. Droga. Qual é seu deus guardião?"

 Amai franziu a testa e pareceu confuso. Sua expressão mudou, como se estivesse tentando processar a pergunta.

"Como assim deus guardião?"

"Amai, é uma das leis do mundo ter um deus protetor. Todos têm um deus a quem adorar. Eu adoro um deus, Callendra adora um deus, os elfos adoram algum deus, os anões, os demônios. E a história comprova que até os antigos heróis adoravam algum deus. Então se você é um herói deve saber, no fundo, quem é o seu deus guardião."

Amai deu um sorriso bobo.

"Tudo bem... tudo bem. Acho que o jeito é ir em todas as igrejas. Em alguma delas conseguiremos ver suas estatísticas. De alguma forma, nos seus dados deve ter o que precisamos para verificar isso. E se você for mesmo um herói invocado e o reino descobrir que fiz um grupo com você... Haha, eu tô morta, mortinha."

Millya se levantou e caminhou em direção à cadeira do outro lado do quarto, onde sua capa verde estava pendurada. Amai acompanhou ela com o olhar enquanto ela foi pegar a sua capa e enquanto voltava, indo em direção a porta.

"Vamos, Amai! Espero que isso seja apenas um mal-entendido de sua parte, uma brincadeira, mas, se não for, precisaremos te enviar para a capital o mais depressa possível," Millya falou, de modo nervoso, enquanto girava a maçaneta.

"Espera," Amai disse tranquilamente. "Se só precisa ver minhas estatísticas, posso fazer isso aqui mesmo."

"Suas estatísticas? Não, não. O nível de alguém conseguimos ver pelo cartão da guilda, mas as estatísticas é algo sagrado. Somente na igreja conseguimos ver. A verdade é que eu nem deveria estar te perguntando sobre isso, é um tabu perguntar sobre isso aos outros. Mas precisamos confirmar."

"Bem, talvez eu tenha uma habilidade que me permite ver minha estatística. Map, por favor, mostre minhas estatísticas."

As estatísticas de Amai apareceram em sua frente, mas Millya não conseguia enxergar e ela pensou, mais uma vez, que ele estava se divertindo às suas custas.

"Pare com isso, Amai!" disse Millya, abrindo a porta. "Meu desespero atual já não é o bastante? Quer me deixar confusa também?"

『 Nesse instante a sua parceira Millya não pode me ouvir e não tem acesso às suas estatísticas. 』

"Não há nada que possa fazer para que ela também veja?" Amai ignorava os protestos de Millya que ocorriam entre o batente da porta.

『 Como vocês estão vinculados por um contrato de grupo, posso usar essa conexão para compartilhar os dados entre vocês. Você gostaria que eu fizesse isso? 』

"Quero sim. Por favor."

Millya achava que Amai estava falando sozinho. Foi quando uma voz ecoou.

『 Olá, Millya. 』

Assustada, ela olhou para os dois lados e, ao não perceber ninguém, salta para dentro de seu quarto, já segurando as duas adagas. Amai riu ao ver isso, a reação de Millya não foi muito diferente da dele.

『 Olá, Millya, sou a Map, habilidade de suporte e assistente mágica pessoal de Amai. Ele me pediu para ligar vocês pelas correntes mágicas, assim poderia ver as estatísticas dele aqui mesmo. E, se quiser, poderá ver as suas próprias. Aliás, identifiquei um título Inativo. Se quiser ativar, basta me avisar. 』

Millya, com um sorriso torto, via a frente de Amai, uma tela azul translúcida. Amai estava interagindo com aquele quadro holográfico.

"Isso é sério? Você consegue mesmo ver suas estatísticas? As minhas também?... Tenho que gastar 10 moedas de bronze toda vez que quero ver na igreja. E Olha isso aqui. Hahaha! Isso é sério mesmo?”

Millya se deixa cair na cadeira, mentalmente exaurida.

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Comments

Jozse Da Shilva

Jozse Da Shilva

Kkkk, e o mundo não ajuda kkk

2023-03-15

1

Jozse Da Shilva

Jozse Da Shilva

Parece algo simples, mas dá aquele choque né...?

2023-03-15

1

komiLover

komiLover

Nossa, ele é um velho. kk

2023-02-27

0

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