Capítulo 12

— Carmela, eu... eu não quero me divorciar. Eu não quero me separar de você. Eu não quero ninguém além de você! Eu não lhe traí com a Jennifer, nem com mulher nenhuma. Errei feio com você no passado, e errei feio novamente com você. Mas, eu não quero te perder. Eu reconheço que eu errei, que fui uma idiota, uma palhaça, irresponsável e tudo mais. Só que, eu quero você a todo instante. Mesmo sendo burra, e não merecendo você, te quero como nunca quis ninguém, nem nunca vou querer, porque é com você que quero partilhar uma vida! Você tem razão em dizer que esse casamento não foi uma escolha nossa, mas, se hoje, eu pudesse escolher uma esposa, lhe escolheria mil vezes se fosse necessário. Você é doce, meiga, carinhosa, inteligente, tem uma simplicidade que cativa, uma alegria única, e trouxe luz para a minha vida. Tive um passado do qual eu não me orgulho, mas, nenhuma das mulheres do meu passado chegaram perto de despertar em mim tudo o que somente você consegue despertar. Sei que palavras não basta, mas, prometo provar todos os dias o quão sou louca por você, o quão eu lhe quero, o quão lhe desejo a cada instante, e que não existe ninguém além de você. — Beatrice se aproxima de Carmela, a abraça a cintura dela, fazendo às duas ficarem de rosto colado. — Não me deixa, por favor! Fica comigo, que eu prometo ser alguém melhor para lhe merecer.

— Beatrice, eu vou lhe perdoar pela última vez. Não me faça de burra novamente por perdoar as suas mancadas, ok? Mais um vacilo teu, e eu nunca mais olho na sua cara!

Beatrice dá um sorriso e beija Carmela, trazendo o seu corpo para junto ao dela.

Ela a beija com vontade, com desejo, mordendo levemente os lábios dela, levando a mão que estava na cintura dela até o bumbum, dando um leve aperto, fazendo Carmela gemer contra os lábios dela.

— Eu te amo, minha gostosa. — Beatrice dá um beijo no pescoço da esposa. — Eu sou louca pelo seu cheiro, pela sua boca, pelo calor do seu corpo, pela sua voz. — Ela morde levemente o pescoço de Carmela. — Jamais irei desejar outra pessoa que não seja apenas você!

— Então me mostre o quanto você me deseja. — Carmela pede manhosa.

Beatrice sorri, e a deita na cama, ficando por cima da moça.

Ela beija o pescoço de Carmela, tirando a sua blusa. Carmela estava sem sutiã, fazendo que Beatrice umedeça os lábios e sem demora, os coloca na boca.

Ela vai sugando, passando a língua e mordiscando, enquanto Carmela geme loucamente. Carmela, então, passa a mão no corpo de Beatrice, e tira o seu short com a sua calcinha.

Após fazer o mesmo, Beatrice se deita ao lado de Carmela e ambas se deliciam num meia nove.

Beatrice rebola na boca de Carmela, que agarra a cintura dela, passando a língua em círculos pelo clitóris, fazendo ela gemer, e estocar os três dedos em Carmela, que está louca de prazer e se empenha ainda mais em retribuir o delicioso orgasmo que sente se aproximar.

Após gozarem juntas, Carmela fica de pé na cama, e Beatrice se ajoelha, e começa a passar a língua no clitóris dela, fazendo movimentos sincronizados com os dedos, que massageiam a entrada extremamente molhada de Carmela.

Ela geme alto e revira os olhos. Beatrice vai mordiscando o bumbum de Carmela, enquanto vai introduzindo os dedos, fazendo ela ter um squirt delicioso, sendo abraçada por Beatrice.

As duas continuam se deliciando, e após tomarem um banho quentinho, as duas vão para a sala, até que veem Betina com os braços cruzados, olhando para uma das funcionárias, que está a questionar a postura da família.

— Onde é que já se viu uma coisa dessas? Duas mulheres casadas, e a família acha normal. Acolhe, trata como filha. E aquele jeito da Beatrice? Ás vezes ela é feminina, ás vezes tenta ser um macho. Como a Betina aceita isso? Isso foi uma criação muito errada! Se fosse filha minha, já teria colocado as duas na rua depois de ter dado uma boa surra para aprender a ser mulher. Mulher foi feita para ter marido, os órgãos foram feitos para se encaixarem, não para que duas mulheres fiquem se lambuzando por aí. Essa família é amaldiçoada, isso sim!

Beatrice respira fundo, e Carmela aperta a sua mão.

Betina está vermelha de raiva, e a mulher que fez as críticas está de costas para ela.

Quando as outras funcionárias, que apenas ouviram caladas, percebem a presença delas, simplesmente abaixam a cabeça e Betina começa a falar:

— Sabe, Maria José... quando eu estava grávida, eu engravidei de um ser humano. Muito antes de saber do sexo, eu sabia que ali existia uma vida, e eu a amei, independentemente de ser homem ou mulher — ela dá dois passos á frente — quando a minha filha nasceu, eu a peguei nos braços, e a amamentei. A protegi do medo de estar num mundo desconhecido, fora do meu ventre, onde ainda era possível protege-lá. O tempo passou, e os medos dela mudaram, mas a minha proteção nunca mudou. Sempre estive ali cuidando, zelando, afastando os seus medos, sendo uma mãe LEOA. Quando a minha filha se assumiu, eu quem tive medo. Tive medo do que ela passaria, do que ela enfrentaria e foi a vez dela de me tentar afastar o medo de mim. Ela é a minha filha, independente da sua sexualidade. Ela será sempre a vida que eu gerei, que eu cuidei, QUE EU AMAMENTEI! Se você é mãe, e não apoia o seu filho, não é a melhor amiga, não segura a mão do seu filho e lhe ensina que mesmo em meio aos seus erros e acertos, estará ali com ele, aí sim, você falhou como mãe. Mãe não é só dar à luz, amamentar e ter um título. Mãe é aquela que zela, aquela que ama, que está ali do lado do seu filho, que não vira as costas, que o prepara para o mundo e ainda sim, protege-lhe dele. Porque, o amor de uma mãe não se mede. Não se limita a cor, raça, orientação sexual, ou o que. Se uma mãe rótula o seu filho, e se vai ama-ló ou não, então ela não é uma mãe. Trato sim, a minha nora como filha. E sabe por quê? Porque, ela é um ser iluminado. É uma boa menina, tem um coração de ouro, e tem RESPEITO. A única aberração aqui é VOCÊ! E se a maldição veio sob essa família, veio a partir do momento que você trouxe a sua podridão para essa casa. Saia daqui, suma da minha frente e pode preparar o seu advogado e espero que ele seja muito bom. Nós nos veremos no dia da audiência!

Dito isso, Betina olha para cada uma das mulheres, gira sobre os calcanhares e sai junto a filha e a nora.

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