Capítulo 9

Após conversarem um pouco com os pais, Beatrice sobe com Carmela para trocarem de roupa, e quando descem, as malas já estão no carro como foi pedido.

Elas descem e se despedem de todos, e seguem juntas de carro para o heliporto, já que, de última hora foram avisadas que iriam de helicóptero.

— Que estranho... por isso agora?

— São ordens da patroa, senhora. — Responde o chefe da segurança, que escolta as duas.

— Ah, tudo bem então. Vamos lá.

As duas entram no helicóptero, enquanto os seguranças seguem o trajeto de carro.

Mesmo sem entender o motivo da mudança tão repentina, Carmela e Beatrice aproveitavam a vista da cidade, até que em menos de duas horas e meia, já estavam na fazenda da família.

Ainda é de madrugada quando o helicóptero pousa no heliporto da fazenda e as duas descem.

Assim que entram, uma funcionária, que está com um baby doll bem curto ás recebem e fica toda sem graça ao ver Carmela.

— Err... boa noite, senhoras.

— Boa noite! — Beatrice responde olhando para os lados. — A minha vó já está dormindo?

— Sim, senhora.

— Ok. Vamos, amor.— E la pega a mão de Carmela e sem dizer muito,a leva para o quarto.

Carmela segue a mulher, mas está com o semblante fechado.

Ao fechar a porta, Carmela cruza os braços e ela para Beatrice, que levanta as mãos em sinal de rendimento.

— Eu nem fiz nada. Você viu que nem para ela eu olhei.

— Hum... sei! Agora você vai se livrar, porque estou cansada demais para questionar. Só quero dormi mesmo. Mas, assim que eu acordar, nós duas vamos ter uma conversa.

— Sim, senhora! — Beatrice bate continência, fazendo Carmela dá risada e negar com a cabeça.

As duas deitam juntinhas. Carmela vira para o lado e a Beatrice a abraça, encaixando-a perfeitamente no seu abraço e assim pegam no sono.

No outro dia, ambas acordam com alguém batendo na porta e acaba sobrando para Carmela ir abrir, já que Beatrice apenas colocou o travesseiro na cabeça e voltou e fechou os olhos.

Assim que ela abre a porta, dá de cara com uma senhora baixinha, com os cabelos brancos já aparecendo. Ela está uniformizada e os seus cabelos presos num coque.

— Ah, senhora... me perdoe se lhe acordei. — A mulher diz sem jeito, enquanto observa Carmela coçar os olhos.

— Está tudo bem. Em que posso lhe ajudar?

— A senhora Betina ligou, quer saber como vocês duas estão. Disse que tentou ligar no celular, mas como nenhuma das duas atendeu, ela acabou ligando aqui para casa e pedindo para darmos noticias.

— Ah, sim! Acabamos dormindo demais e nem ouvimos o celular tocar. Por aqui está tudo bem sim. Avise á ela que mais tarde ligarei.

— Certo, senhora. Me perdoe mais uma vez. Com licença.

A mulher sai, e tomada ainda pelo sono, Carmela agradece mentalmente e volta a se deitar ao lado de Beatrice, que está dormindo feito pedra.

Ela abraça a sua esposa, e volta a dormi novamente.

Quando Carmela acorda, ela não vê mais a sua esposa na cama, até que a vê entrar pela porta com um sorriso no rosto ao vê-lá e uma bandeja em mãos.

— Bom dia, minha bela adormecia! — Beatrice coloca a bandeja no colo de Carmela e lhe dá um selinho.

— Bom dia, minha princesa!

— Você dormiu bem?

— Muito bem. E você?

— Melhor impossível.— Ela dá um sorriso de lado e Carmela lhe dá outro selinho.

— Que horas são?

— Onze e meia.

— Pelas barbas de Arão! Por que não me acordou?

— Porque, estava cansada e quando chegamos aqui, ainda estava de madrugada, meu amor. Sem contar que você estava num soninho tão gostoso, tão bonitinha, que não quis lhe acordar.

— Amor!

— Do que me chamou?

— De AMOR. Não gostou?

— Eu não gostei. Eu amei! Soou tão bem, tão sexy na tua voz. Me chame assim sempre, por favor. — Beatrice junta as mãos, fazendo Carmela dar risada.

Após Carmela fazer a sua higiene matinal, as duas tomam café juntas.

— Amor, agora pode me contar. — Ela leva o morango á boca.

— Contar o que, meu amor?

— O que você tem ou já teve com aquela moça para que ela lhe esperasse daquele jeito.

— Er... — Beatrice coça a nuca — nunca rolou nada demais ente ela e eu, amor. Foi um beijo apenas e mesmo assim, foi ela quem me beijou, quando eu estava meio bêbada.

— Hum...

— Nunca passamos disso. Sério.

— Eu acredito em em você. Só espero que a entenda que você agora é comprometida e conto com o bom senso.

— Espero mesmo, mas, caso não possa contar com o bom senso dela, poderá contar o meu, amor. Jamais faria algo que vá lhe machucar.

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Comments

Silvia Galdino

Silvia Galdino

to até com medo ta muito perfeito

2022-12-13

11

Ver todos

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