Capítulo 4

Após subir para o seu quarto e entrar no banho, Beatrice dá diversos socos na parede, inconformada com a decisão da sua mãe de que ela se case com alguém, na tentativa de afasta-la de Alexandra e de todas as polêmicas que se envolve, ao sair com mulheres diferentes.

Após tomar banho, ela vai comer alguma coisa e passa o resto do dia no quarto.

No andar de baixo, a sua mãe anda de um lado para o outro, preocupada com o futuro da sua filha, repetindo para si mesma que isso é necessário para o bem dela.

A funcionárias da casa olham para a sua patroa, na tentativa de dizer com o olhar, que essa é decisão mais certa a ser tomada.

— A minha filha ainda não desceu, Stela? — Beatrice olha para a moça a sua frente.

— Ainda não, senhora.

— Senhora, não fique se martirizando desse jeito. Essa é a decisão correta a ser tomada. Foi necessário! — Margot diz, tentado amenizar a situação.

— Com toda certeza do mundo, a minha filha irá me odiar.

— Não fala isso, senhora. A senhorita Beatrice é meio destrambelhada, mas não é tão sem juízo á ponto de odiar a senhora por causa de uma casório — Gal diz, arrancando risadas da patroa.

— Gal! — Margot diz entre os dentes.

— Que foi? Eu menti por acaso?

— Não mentiu, mas poderia ser ao menos discreta! — Marlene responde, dando um tapinha de leve na cabeça da jovem, que coloca a mão no lugar.

— A Gal tem razão. A minha filha é meio sem juízo mesmo, mas é uma boa moça e merece ser feliz. A felicidade dela é a minha, com toda a certeza desse mundo, mas com a Alexandra ela não é feliz. O que ela sente não é amor, e sim, dependência. E a Alexandra se aproveita disso! A Alexandra é uma aproveitadora barata, e eu não vou sossegar até conseguir provar que ela tem um caso com o mau caráter do Lenon, e foi junto com ele que ela tentou invadir o sistema de segurança da empresa, além de usar a Joane para desviar o dinheiro da empresa.

— A senhora vai conseguir pegar essa cobra peçonhenta, e a patroinha vai ser feliz. E ela forma uma casal tão lindo a patroinha dois. Eu já tenho uma fic todinha na minha cabeça, onde as duas se apaixonam, adotam seis filhos e são mega felizes.

— Seis? — Margot franze a testa.

— Sim, ué! Por que não?

— Até que não seria má idéia ter seis netinhos — elas dão risada.

Chega á noite, e Carmela jantou em seu quarto e Beatrice não deu nenhum sinal, não respondeu a ninguém, e simplesmente se isolou, o que deixou todos extremamente preocupados.

Quando deu vinte e duas horas e quinze minutos, ela desceu...

— Stela, onde é que está a minha mãe? — pergunta fria para a moça que se insinua para ela.

— Está no escritório, senhorita! — responde deixando ainda mais a mostra o decote do seu uniforme, mas é ignorada por Beatrice, que sai apressadamente até o escritório e bate na porta.

— Pode entrar!

— Mãe? Pediu para que eu tivesse uma resposta, e aqui estou eu. Tudo bem, eu aceito me casar com essa tal pessoa.

— Ótimo — ela dá um sorriso — você irá adorar a sua noiva.

— Eu disse que aceito me casar com ela, mas não quero vê-lá. Então, por favor, me dê logo essa palhaçada de contrato — assim que ela termina de falar, olha para a mesma direção que a sua mãe...

— É... me perdoe atrapalhar a senhora, eu vim aqui, porque queria falar com a senhora, mas volto depois. Licença. — Carmela diz e sai apressadamente, seguida por Gal, que pede para que ela tenha cuidado para não se machucar.

— Satisfeita agora, Beatrice?

— Vou me casar com ela? — pergunta com deboche.

— Sim, Beatrice. Ela é a sua noiva!

— Hum... Onde assino?

— Assine aqui.

— Pronto! — ela entrega a caneta.

Assim que entrega a caneta, Beatrice sai do escritório, entra na sua ferrari e sai. Betina sai do escritório com o contrato em mãos, e vai até Carmela, que tenta disfarçar as lágrimas assim que a mulher entra.

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