capítulo 14

Mas mesmo que fingisse não se importar, os olhares sobre ele estavam o incomodando, a situação ficava cada vez mais complicada. Enquanto andava pela rua ele percebe uma senhora com varias sacolas em suas mãos andando bem devagar, ela parecia estar cansada pelo peso das sacolas e então ele corre até ela no intuito de a ajudar.

— Me dá aqui vai — Ele fala pedindo as sacolas,  ao se virar para ele ela imediatamente sai correndo em meio a alguns tropeços com todas as suas forças largando as sacolas no chão e gritando que ele poderia ficar com tudo.

— kkkkkkkkkk ai desculpa mais essa foi boa —Darkiness começa a dar gargalhadas não impedindo Dyllan de ouvir, ao contrario ele insistia para que o outro ouvisse suas risadas.

— CALA A BOCA SEU IMBECIL, EU VOU TE MATAR — Dyllan grita e então as pessoas que estavam por perto se espantam e começam a caminhar ainda mais rápido, umas entraram em lojas e outras ou subiram em suas motos e saíram em disparada ou foram embora de carro deixando a rua que antes estava movimentada agora vazia, já haviam ocorridos casos na cidade de pessoas loucas que praticamente viraram lendas, a mãe que matou sua filhinha enquanto a mesma dormia tranquilamente era um deles, havia outro caso  que um homem foi encontrado pendurado com uma corda amarrada a seu pescoço com um banquinho bem perto de si caído, e dentro do quarto dele estava o corpo da esposa que havia sido assassinada com um tiro na cabeça, haviam ainda outros casos mais esses foram os que mais repercutiram. Eles tinham algumas crises as vezes mais ninguém nunca ligava muito e imaginavam que isso não era motivo para se assustarem até esses ocorridos.

Dyllan acabou ficando nervoso e então decidiu ir rápido para casa, com seus ombros caído e tenso ele sai em passos rápidos que logo acabam virando uma corrida, agora a feição dele havia mudado de irritado para triste, seria sempre assim? Todos sempre o desprezariam? Ele não era realmente louco como imaginavam, ele tinha apenas seus problemas mais não era como se não pudesse controlar suas emoções, era isso que ficava passando por sua mente que parecia estar fazia, Darkiness parecia ter dado um tempo para que ele pudesse alinhar seus pensamentos.

Depois de alguns poucos minutos Dyllan chega em frente a casa e para, colocando as mãos no joelho e ficando ali tentando recuperar o fôlego, já que ele não era de fazer atividades físicas, nem mesmo correr.

Depois de ter descansado um pouco ele entra na casa e não percebe nenhuma movimentação e então fecha a porta atrás dele devagar olhando para os lados. Ele vai até a geladeira e abre pegando uma garrafinha de água que encontrou no refrigerador e então a bebe. Enquanto subia as escadas para ir até seu quarto Dyllan escuta um barulho e então volta alguns degraus até o pé da escada.

— Parece ter vindo do porão — Ele fala ficando com um olhar sério imaginando haver algum ladrão na casa e então respira fundo indo até a porta da entrada  que ficava logo abaixo das escadas, ele lentamente gira a maçaneta da porta já imaginando sua morte, seria baleado ou será que esfaqueado pelo bandido? Pra ele seria um alívio morrer, sua vida é uma desgraça mesmo, já estava cansado dos olhares tortos na rua, as pessoas correndo dele ou os cochichos que ele sempre conseguia escutar sobre ele, e ainda por cima ter que conviver com a culpa da morte de seu pai sendo jogada sobre ele, a vida era uma grande mentira, se ela fosse um livro com certeza seria um daqueles que tem um começo bem lindo e que do meio pro final a história começa a ficar chata e você só continua porque se apegou a alguns dos personagens. A ideia de morrer não era nada má, agora se ele pudesse querer o torturar, se esse fosse o caso ele nao deixaria nem mesmo começar e já mataria o bandido, se fosse pra morrer que fosse uma morte rápida, a vida já é  uma tortura diaria.

Assim que abre a porta escuta um rangido vindo das dobradiças, provavelmente se deve ao fato de que aquele cômodo dificilmente era explorado e  precisava de uma reforma. Ele passa sua mão pelo interruptor que ficava ao lado da porta e o cômodo continua no escuro, ele tenta novamente, desligando e ligando e então a lâmpada pisca, ele então dá um pequeno murro perto do interruptor e a lâmpada acaba ligando porém com algumas poucas falhas que ficava piscando vez ou outra,  ele vai descendo lentamente as escadas e conseguia escutar seus passos pelo fato do local estar bem silencioso. Ele estava esperando logo sentir uma bala perfurar seu peito mas logo mudou seus pensamentos ao ver alguns ratos correndo pelo local provavelmente tentando se esconderem.

— Bando de miseráveis — Termina de descer as escadas e pega um saco de pão que estava já ruído no chão e uma de suas camisas com um buraco enorme que provavelmente havia sido feito por eles, ele pensava ter perdido aquela camisa mais pelo visto isso não havia acontecido.

— Como tu veio parar aqui em? — Ele fica olhando para a camisa e então imediatamente percebe as outras coisas através do buraco da camisa.

— Não acredito  — Ele vai incrédulo até um sofá velho que havia ali e se senta nele. Para ele aquilo parecia um pequeno museu particular ou um túnel do tempo.

— Merda da pra parar? — Ele se irrita com a luz que voltava a piscar e ele simplesmente não aguentava ficar vendo aquilo. Com um pequeno tamborete que tinha ali ele acocha a lâmpada e então ela se estabiliza. Dando novamente uma olhada em tudo ele não sabia nem o que pensar, ele só conseguia sorrir até que seus olhos vão de encontro com algo no canto do cômodo, era uma estante com um porta retrato emborcado.

Ao ver aquilo ele rapidamente vai até lá, passando seus dedos sobe o móvel cheio de poeira e então olha o porta retrato. Havia uma foto dele com Manoel, Márcia e William, eles haviam todos vindo do mar felizes em uma viagem que haviam feito juntos, seu pai havia conseguido pegar um grande peixe e estava com um grande sorriso estampado em seu rosto.

Decidiu então vasculhar as gavetas da estante mas não encontrava mais nada, além de na última gaveta ver uma foto enganchada no canto bem no fundo, ele então a tira de lá com cuidado e vai até o sofá com ela e o porta retrato em sua mão e se senta no sofá.

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!