Capítulo 3

Logo após ver a morte de seu pai, Dyllan fica ainda mais confuso com tudo aquilo que estava acontecendo e acaba tendo um desfalecimento um tanto quanto incomum.

— PAI

— Finalmente acordou em, e ai porque demorou tanto? eu já tava ficando entediado sabia

— Pera como assim? aonde eu tô e... quem é você? — pergunta ele enquanto observa que estava em um local escuro em que ele não conseguia ver praticamente nada além daqueles olhos vermelhos carmesins.

— Quantas perguntas em, a curiosidade matou o gato sabia? hahaha sempre quis falar isso, bom mais enfim, não se preocupa que eu vou responder todas as suas perguntas, primeiramente você continua no quarto do seu pai.

— Não, não eu tenho certeza que esse não é o quarto do meu pai

— Cara você é problemático viu, olha só você continua no quarto dos seus pais, a sua consciência que está aqui, tipo seu espirito sabe.

— Pera então isso significa que eu morri? tipo morri morrendo mesmo?

— Aaa daí me paciência, não você não tá morto você só tá desacordado, entendeu agora?

— Entendi, entendi então meu pai realmente...

— E é aí que eu entro, bom se você não percebeu o seu pai foi vítima de assassinato, e sinceramente ele não merecia isso, eu o vi de perto todos esses anos e sei que ele é uma boa pessoa.

— Como assim viu ele de perto? vocês se conhecem?

— Na verdade ele não me conheceu, mais caso você ainda não tenha percebido estamos dentro de você, então tudo o que você vê eu também vejo, tudo que você sente eu também sinto

— Então assim que é meu organismo? esquisito viu

— Aaa você é complicado viu, bom mais e aí você vai deixar os assassinos do seu pai em pune? como se o seu pai fosse um lixo descartável que não vale nada?

— Cala a sua boca, felá da puta

— Olha os modos Dyllan, os modos, e se você não gosta de ouvir isso é bem simples, só precisa me deixar assumir seu corpo por uma horinha e pronto

— Aa eu.... eu aceito, apesar de não entender direito o que você pode fazer em relação a isso é...

— Eu prometo que isso vai ser bem interessante, e a proposito, me chame de Darkiness.

Após aceitar o pacto com Darkiness, Dyllan acaba perdendo o controle de seu corpo e ficando em estado inconsciente, agora ele está sendo controlado por Darkiness que já saiu de sua casa e caminha tranquilamente em direção a floresta onde encontra um grupo de homens conversando, enquanto usavam drogas.

— Olá pessoal, estão se divertindo muito?

— Olha só, eu acho melhor você sair daqui, esse não é lugar pra você moleque — diz um homem alto o contestando e indo em direção ao mesmo tentando o intimidar.

— Você realmente não sabe de nada — Dyllan sorri de canto e então o chão começa a tremer, o que deixa o homem já um pouco assustado, ele fica olhando para os lados confuso por não estar vendo mais Dyllan e então no momento que se vira para trás se depara com os corpos de seus companheiros sobre o chão já todos ensanguentados e um deles ainda de pé, sem cabeça saindo sangue para todos os lados, e um outro homem pendurado de cabeça para baixo em uma arvore já morto também.

— Você por um acaso está procurando por isso? — diz Dyllan perto do ouvido do homem segurando a cabeça de um cara pelos cabelos. — Ops, você deveria estar preocupado com outra coisinha não é mesmo? Mas enfim, eu preciso que você me confirme uma coisa agora.

— o-o que você quer de mim? seu... — o homem fala um pouco assustado enquanto rapidamente saca um revólver de sua cintura e se vira em direção de Dyllan mirando na cabeça dele.

— Muita calma nessa hora — Dyllan se aproxima de uma vez do homem fazendo a arma ficar encostada em sua testa enquanto o olha calmamente — me responda com sinceridade por favor, o que você sabe sobre a morte do Manoel?

— am? eu não sei do que você tá falando — fala o homem nervoso com as mãos tremendo e então ele engole seco enquanto olha assustado para Dyllan

— Resposta incorreta — Dyllan arranca o coração do mesmo e começa a dar risadas enquanto o apertava. — Senti falta disso

Depois de assassinar todos aqueles homens e comer o coração de alguém após tanto tempo, Darkiness estava ainda mais sedento a sangue, porém a algo que ele deixou por despercebido. William que havia o seguido e presenciado tudo aquilo, ele saiu do local perplexo e não sabia mais o que fazer, William havia acordado sedo para se despedir de um colega de classe que havia saído da cidade com sua família de mudança para Natal, ao chegar em casa ele subiu para o quarto de seus pais para acorda-los e pedir para que o levassem para viajar, já que todos os seus colegas haviam dito que sairiam da cidade em alguma viagem de férias; ao chegar no quarto ele fica assustado com aquilo que via, seu irmão matou seu próprio pai diante de seus olhos, ele saiu do quarto correndo assustado e se escondeu na cozinha dentro do armário para que Dyllan não o visse. Assim que Dylan sai de casa ele resolve segui-lo para tirar suas dúvidas e ver onde seu irmão estava indo após ter feito aquilo com seu próprio Pai.

— Ele... ele é um mostro, eu preciso sair daqui rápido, eu preciso fugir se não ele vai fazer a mesma coisa comigo — pensa William enquanto corria para a cidade, ele entra em sua casa ofegante chamando por sua mãe, porém acaba não obtendo nenhuma resposta.

— Ele já deve ter se livrado dela também — William começa a chorar desesperado e então ele vai até seu quarto e pega sua mochila, joga todo o material escolar que ainda havia dentro dela sobre a cama e coloca algumas roupas dentro e uma lanterna, ele vai até a cozinha andando em passos largos e rápidos e coloca alguns pacotes de biscoito na mochila e uma garrafinha de água e então sai de casa.

Agora as ruas daquela pequena cidade estavam um caos, o poder de Darkiness é movido pelo ódio, rancor e diversas outras emoções negativas, ele canaliza essas emoções e as transforma em energia, uma massa preta que aumenta constantemente, essa é a primeira vez que isso acontece com Dyllan, sua vida sempre foi tranquila e apesar de tudo de ruim que sempre acontecesse ele sempre teve um grande controle sobre suas emoções, agora Darkiness está finalmente podendo saciar sua sede, com tanto caos, tanta desgraça e destruição que ele causava, não haviam mais prédios ali, era como se um terremoto tivesse atingido a cidade e abalado toda a estrutura.

Agora o que restava eram apenas chamas em um fogo ardente e algumas pessoas discutindo e atormentadas sem saber o que fazer, todos haviam sido contaminados pelo ódio e estavam tendo suas mentes controladas por suas emoções negativas, e tudo aquilo que eles já haviam presenciado de ruim em suas vidas vinham à tona de uma vez os deixando loucos e atormentados, confusos, alguns não conseguiam fazer nada além de gritar e chorar, alguns até mesmo estavam cometendo suicídio apenas para aliviarem aquela angustia, não havia nada que pudesse naquele momento ser mais satisfatório que a morte, não havia mais esperanças, as pessoas ou tiravam suas próprias vidas ou a de quem vessem primeiro a sua frente, aquilo estava sendo muito bom o prazer era inacreditável.

Agora William estava tentando fugir passando despercebido no meio de alguns escombros até que ele escuta um choro, ele fica confuso se deveria ou não tentar ajudar mais a curiosidade não o deixou prosseguir, lá estava ele, um garoto chorando em meio a tudo aquilo encolhido, se escondendo no meio dos escombros.

— Ei o que você tá fazendo aí? se continuar aí vai acabar morto sabia — diz William olhando para o garoto.

— Eu não sei o que eu posso fazer, eu não sei

— Vai se apoia em mim, se isso aqui cair você já era — diz William apoiando o braço do garoto em volta de seu pescoço e então os dois saem dali com o garoto puxando um pouco a perna.

— A obrigado por isso, acho que machuquei meu pé

— A tudo bem, eu poderia até te levar no hospital mais acho que lá não é muito seguro, é melhor a gente procura outro lugar pra arrumar isso aí, e a proposito, me chamo William e você?

— Ok, eu me chamo Henrique  

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