capítulo 8

Todas essas lembranças acabam causando uma certa discórdia entre eles.

— Ei é melhor deixar ele só, ele precisa de um tempo pra ele, organizar as ideias sabe?! —Aloe fala apoiando sua mão nas costas de Rebeca.

—Mas é que.... eu não falei de proposito, é que eu nunca vi realmente aquilo e ele fala de um jeito que.... parece até outra realidade— Rebeca fica tentando se explicar.

— A gente não mentiu, eu sei o que eu vi, o que eu senti, ele perdeu o pai dele e eu minha mãe por causa daquilo, não dá pra brincar com uma coisa dessas — Henrique se levanta e logo vai se afastando de Rebeca e Aloe e se senta no chão ao lado de William que estava um pouco afastados delas observando as estrelas no céu em um local um pouco mais alto quase na ponta de uma ribanceira.

— E aí cara, chupou limão pra ficar com essa cara foi? — Diz Henrique olhando para o céu que estava com algumas estrelas.

— Nada, foi só uma lima azeda (para quem não sabe é uma fruta parecida com uma laranja, mas que amarga pra caralho) — William sorri um pouco e se deita no chão ao lado de Henrique e continua olhando para o céu.

— Ela não quis falar aquilo — Henrique continua observando as estrelas e se deita ao lado de William.

— Eu sei disso, tá tudo bem eu só... — William suspira.

— Relaxa eu entendo, eu também tava lá e... bom mais a gente precisa seguir em frente né?! não faz bem pra ninguém e daqui alguns meses já vamos ser dá capital né não? — Henrique bate seu ombro de leve no de William e os dois sorriem juntos.

— Você quis dizer se a gente conseguir passar na prova, a gente não, você eu sei que vai passar, seu nerd — William começa a dar risadas empurrando Henrique para o lado.

— A gente vai dar um jeito boco, tá agora vai lá falar com ela anda, e eu não sou nerd, você que é muito burro — Henrique fala dando algumas poucas risadas.

— Tá eu já vou, a e valeu — William se levanta com um sorriso gentil olhando para Henrique e sai dali indo até Rebeca.

— A... não foi nada — Henrique se vira para o amigo e fala baixo o vendo já se afastando, ele então vira sua atenção novamente para o céu e se senta no chão abraçando seus joelhos pensativo, era como se sua mente houvesse se deslocado de seu corpo e estivesse vagando no meio daquelas estrelas, ele estava se sentindo um pouco agoniado e agitado, e esperava que aquilo passasse logo.

Em outro canto da cidade está Dyllan, sentado na beirada de um prédio isolado com seus pensamentos, enquanto come um salgadinho que acaba grudando em seu dente.

— A negócio chato viu — Ele bebe o resto do guaraná que tinha em sua latinha e fica passando a língua por cima dos dentes no intuito de tirar aquilo dali e acaba praticamente sendo em vão.

—Chatice — Ele joga a latinha pra rua que sem querer acaba acertando na cabeça de um policial que ou estava fazendo a ronda noturna ou voltando para casa com o colega de trabalho. Após ser atingido pela lata ele fica olhando para os lados procurando de onde aquilo poderia ter vindo.

— Eita eu acho melhor eu sair daqui — Dyllan fala em meio a algumas risadas e se levanta e fica andando sobre a quina do prédio.

— E se eu... — Dyllan da um sorriso de canto e coloca seu fone de ouvido e então começa a correr pela beirada do prédio ganhando assim impulso e então o mesmo pula de lá e acaba caindo sobre uma laje, porém com alguns relados.

— Legal — Dyllan fala animado se levantando do chão — ai que droga, esqueci meu salgadinho — Dyllan olha para o outro prédio onde estava e balança a cabeça negativamente, ele se deita ali mesmo e fica olhando para o céu enquanto tira o salgadinho de seu dente ao som daquela música que lhe passava uma vibe mais agitada e animada que as que ele geralmente escutava.

A música acabou e havia começado um págode e então ele imediatamente tirou o fone do ouvido e se sentou já que aquele não era nem o ritmo musical favorito dele e nem o que ele queria naquele momento. Enquanto estava ali acaba escutando algumas pessoas conversando e dando gargalhadas em um tom alto, ele fica curioso e então fica abaixado olhando para eles na ponta do terraço os vendo caminhar pela causada, pelo que ele pode entender iriam fazer uma festa nessa sexta agora, seriam uma coisa só para maiores de dezoito pra comemorar a sexta feira 13 e o dia nacional da cachaça que iria cair justamente no mesmo dia aquele ano, seria em um local afastado da cidade para que a polícia não descobrisse e acabasse com tudo, como já havia acontecido algumas vezes.

— A essa eu não perco, agora... como eu vou sair daqui? — Dyllan se vira novamente e se deita no chão com os braços abertos olhando para o céu e suspira.

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