capítulo 10

— Tá atrasada sabia? — William fala vendo Rebeca na porta da sala pedindo permissão ao professor para entrar.

O professor então o olha sério e o repreende, logo em seguida permitindo que Rebeca entre falando para a mesma que havia uma cadeira no fundo da sala e pedi para que ela se sente e concentre-se na aula. Após sentar se no fundo ela fica tentando assistir a aula, porém já quase adormecendo.

— Primeiro chega atrasada, agora vai dormir na aula também? — William fala colocando seu cotovelo apoiado na mesa e fica com a mão tampando um pouco seu rosto na intenção de que seu professor não o venha enquanto olha de canto para Rebeca.

— Eu só não tive um boa noite de sono tá legal — Rebeca fala baixo com a cabeça ainda apoiada sobre seu ombro que repousava na mesa.

— E porque não teve? O que aconteceu? — William se vira para olhar Rebeca e acaba sendo repreendido pelo professor que o contesta falando sobre o quadro não estar no fundo da sala e sim na frente, mais uma palavra de qualquer um dos dois e eles serão suspensos das aulas de Matemática.

Após o termino das aulas todos se encontram no corredor da escola esperando perto da saída, só aguardando o sinal tocar e o vigia abrir o portão para que possam sair.

— Dá pra parar com isso? você tá me irritando já, tá ficando chato sabia? — William fala olhando para Rebeca enquanto a mesma guarda seus livros no armário.

— Oi? fala sério né, primeiro que eu não preciso ficar te dando satisfação de tudo que acontece na minha vida e depois que... — Rebeca fecha o armário o trancando e sai andando enquanto fechava sua mochila, sendo acompanhada por William.

— A mas é claro, eu entendo que a maravilhosa aí não pode ficar dando satisfação pro cara que talvez, assim só talvez seja o namorado dela a não sei, quatro anos? — William fala segurando no braço de Rebeca a fazendo parar de caminhar.

— Olha só eu não quero mais falar com você tá, hoje não, eu preciso esfriar a cabeça, vou estudar, quem sabe assim não consigo pensar melhor e ainda por cima tirar uma nota boa na prova em? — Rebeca fala enquanto solta seu braço e sai andando e logo é acompanhada por Aloe que aparece correndo com um pacote de Escureto arrumando sua mochila nas costas.

Enquanto Rebeca sai irritada sendo acompanhada por sua irmã, elas entram em uma Van branca com o nome ''escolar'' escrito com letras pretas em uma faixa amarela, e então Henrique acaba chegando bebendo uma latinha de Extra e fica conversando com William tentando o aconselhar.

— Olha só cara eu acho que vai ser legal você dá um tempo pra ela sabe? pra vocês dois, vocês tão juntos a tanto tempo que não tem como não se desentender as vezes, vocês não sabem o que é sentir falta um do outro, vocês precisam disso pra amadurecer, vai ser legal tu vai ver.

— Eu sinceramente espero que você esteja certo, eu gosto tanto dela que não consigo nem imaginar como seria sem ela, mas a gente vem discutindo tanto nos últimos dias que.... —Ao chegar no portão ao lado de Henrique o vigia abre para que eles possam sair.

— Você quer terminar com ela? — Henrique bebe um pouco do energético enquanto anda ao lado de Henrique e acaba parando pra beber o resto que tinha sobrado na lata inclinando um pouco sua cabeça para trás tentando beber tudo em um gole.

— Não, não isso não, eu só... acho que você pode tá certo, valeu cara você é demais — William fala enquanto Henrique corre um pouquinho para o acompanhar.

Ao fim da tarde Rebeca vai até o banheiro, entra em uma playlist do seu celular e coloca a música Come and Get Your Love, ela começa a dançar enquanto canta tirando sua roupa a deixando jogada ali no chão e entra no primeiro box.

— What's the matter with your head? Yeah

Assim que termina seu banho, Rebeca vai até o quarto carregando suas roupas escolares, ela estava usando um par de sandália havaiana slim brancas e um roupão tambem da cor branca, ela entra no quarto jogando suas roupas sobre a cama e abre as duas portas de seu guarda roupa de uma vez e fica parada na frente dele pensando. Um sorriso se forma em seus lábios e ela se senta na frente de um pequeno espelho e passa hidratante em seu rosto fazendo movimentos circulares e em seguida aplica o prime, um lip tint nas maçãs de seu rosto e em seguida em seu nariz deixando um leve efeito de bronzeado, aplica uma pequena quantidade de iluminador na ponta do nariz e em alguns outros pontos de seu rosto.

No momento que estava descendo as escadas já arrumada acaba sendo barrada por sua irmã que aparece parada na sala, no pé da escadaria de braços cruzados e ela então passa pela mesma e Aloe corre a sua frente abrindo os braços indicando para que ela parace.

— Tá indo aonde assim? — Aloe começa a andar em volta de Rebeca a observando.

— Com toda certeza a algum lugar se você sair da minha frente né — Rebeca

— Você e o William não tinham brigado? — Aloe para de andar e fica a olhando.

— Olha só não é como se a minha vida girasse em torno dele tá legal, eu tenho minhas coisas e ele não tem nada a ver — Rebeca

—Uuu, então tá legal, eu te dou cobertura aqui no orfanato e você... — Aloe é interrompida por Rebeca

— Olha só, eu não tô te pedindo nada tá legal? você tá fazendo isso por conta própria depois não vem pensar que eu vou ficar te devendo uma, lembre se disso — Rebeca fala e logo sai dali, deixando Aloe sozinha.

Ao chegar na praia Rebeca fica impaciente andando de um lado para o outro sem ver Dyllan.

— A será que eu cheguei muito sedo? mas eu tinha certeza que eu falei as sete e trinta, tá faltam dois minutos, mas... — Rebeca fica andando em círculos ali já um tanto quanto nervosa enquanto mexia em seu pingente.

— A claro, cai na real, ele não vem, como eu sou idiota de... — enquanto falava Rebeca acaba sendo surpreendida por alguém, ele estava atrás dela tampando seus olhos, sim Dyllan chegou sem que Rebeca o notasse.

— Adivinha só quem é? — Dyllan fala em um sussurro perto do ouvido de Rebeca.

— O cara misterioso de ontem à noite — ela pega em suas mãos as tirando de seus olhos lentamente e se vira em direção a ele o olhando com um pequeno sorriso em seus lábios.

— Não só de ontem, mas de hoje também — Dyllan leva a mão de Rebeca até seu rosto enquanto continua a olhando e sentindo seu aroma e a maciez de sua pele, e logo depositando no dorso de sua mão um leve beijo. — Você está linda, um pouco mas que ontem, e eu aqui imaginando ser impossível.

Rebeca usava um vestido skinny curto, de cor azul Royal que deixava parte de suas costas a amostra, alça fina, estava calçando uma simples sandália de salto transparente de ponta fina, com seus cabelos soltos que cobria um pouco seu busto e uma bolsinha de ombro.

— Tá olha só quem fala, você também não tá nada mal, mas e aí pra onde vamos? —Rebeca fala se afastando um pouco de Dyllan.

Dyllan estava com uma camiseta branca e uma jaqueta jeans aberta com a manga dobrada até o cotovelo, usava uma calça jeans preta, acompanhada por um par de tênis também da cor preta da adidas, com o solado branco e algumas listras brancas nas laterais.

— Por aqui vem, deve ser difícil andar com isso aí — Dyllan coloca suas mãos nos bolsos da calça e faz sinal com a cabeça para que Rebeca o siga, e sai andando na frente dela a guiando.

— Tá bem, mas é longe? — Rebeca fala o seguindo e tirando o salto e o levando consigo na mão.

— Olha longe não é, mas também não é perto — Dyllan fala sorrindo enquanto caminha pela praia.

—O meu Deus, você é complicado em, é tipo de lá da congregação azul até o colégio? —Rebeca fala fazendo uma comparação.

—Não né, se fosse longe assim eu ficava em casa e ia começar a maratonar série —Dyllan

—A também não exagera, é o que? Dois quilômetros de lá até o colégio? — Rebeca

—Cruz credo andar dois quilômetros, eu ando uns cem metros e já tô morrendo —Dyllan

—Preguiçoso? Não imagina —Rebeca fala dando algumas risadas.

Eles sobem um pedregal e de lá já dava para avistar a casa, havia uma escadaria de madeira que dava até a casa que era cercada pela mata, ela possuía um pergolado coberto por plantas e o assoalho era de madeira, havia uma rede perdurada no pergolado com três pessoas se beijando, Rebeca entra logo atrás de Dyllan na casa o acompanhando enquanto balança a cabeça tentando esquecer a cena que acaba de ver. Ao adentrar eles puderam notar que ela possuía um revestimento amadeirado no seu interior também.

— Eu nunca imaginei que você fosse de festas — Rebeca fala enquanto vai juntamente com Dyllan a uma bancada preta com luzes neon que ficava um pouco mais afastada daqueles jovens que pareciam estar no cio.

— A minha aura de antissocial é tão nítida assim? — Dyllan se senta em um tamborete perto da bancada e Rebeca se senta logo no outro ao seu lado.

— Antissocial e vir em um lugar desses? com toda certeza não — Rebeca fala pedindo um drink ao barman.

— Tá olha só, pra sua informação eu sou um penetra tá legal — Dyllan fala enquanto observa Rebeca pegar o drink que já estava pronto e beber um gole.

— Bom se você é então eu também sou, dois penetras — Rebeca fala rindo um pouco e então oferece seu drink para Dyllan.

— A não eu não bebo — Dyllan fala rejeitando.

— A fala sério, não acredito que você vai negar uma sex on the beach — Rebeca fala olhando a bebida.

— Olha já que é assim — Dyllan pega o martini da mão de Rebeca e bebe tudo de uma vez.

— Isso aí, feliz dia internacional da cachaça pra nós — Rebeca fala dando algumas risadas. — Gin tônica com bastante gelo —Ela faz sinal de dois com os dedos olhando pro barman sorrindo.

— E feliz aniversario pra mim — Dyllan fala e pega um copo de shot de uma bandeja de um cara que estava passando.

— Não, fala sério, hoje é seu niver? — Rebeca fala surpresa um pouco boquiaberta.

— Sim, o pior dia de todos — Dyllan fala e entao vira de uma vez aquele shot de tequila.

— A não, eu não acredito que você tá passando seu aniversário comigo — Rebeca fala, porém Dyllan não consegue ouvir por causa do barulho da música que o DJ havia aumentado e o número de pessoas no local que ia crescendo cada vez mais.

— Dá pra falar mais alto eu não tô te entendendo — Dyllan fala alto.

— A o barulho tá muito aqui mesmo, a proposito você ainda não me falou seu nome — Rebeca fala alto para que ele a escute. 

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