Capítulo 4

Gritos, lagrimas e assassinatos, a terra foi tomada pelo ódio e desgraça, não existem mais sorrisos ou motivos para ser feliz, a felicidade é apenas uma história contada para algumas pessoas, é claro que isso é algo bem duvidoso, não dá pra acreditar que aquele lugar um dia teve paz, o fim está próximo, prepare-se, você não sabe o que te aguarda.

E mais um dia acordo daquele mesmo pesadelo, quando será que isso vai acabar, a e a proposito para aqueles que não me conhecem me chamo Dyllan, tenho 22 anos. Dyllan é um jovem de cabelos castanhos, olhos verdes claro, lábios finos e rosados, sobrancelhas grosas, alto magro e com um rosto quadrado com um pouco de barba e um cavanhaque.

Dyllan se levanta apenas com uma calça moletom cinza e vai até o banheiro do quarto passando por outra cama que ficava quase de frente para a sua porém mais perto do banheiro  e entra deixando a porta aberta, enquanto escova seus dentes escuta sua mãe gritando com seu irmão para que ele não acabe se atrasando para a aula, ao terminar ele cospe na pia ligando a torneira e limpa a boca e ao levantar seu rosto fica encarando o espelho por alguns instantes, molha seu rosto e pega um pouco de Enxaguante bucal e coloca na boca e fica o mexendo de um lado para o outro com os dois braços apoiados na pia e o corpo inclinado para frente em direção a mesma, ele o cospe na pia e sai do banheiro. Seca o rosto na barra de uma camisa que tinha pendurada na cabeceira da cama e depois sente seu cheiro e a joga no chão, ele acaba pegando uma camisa de capuz cinza de manga comprida que encontra também sobre a cabeceira de sua cama e a veste.

—Cadê, onde é que tá —Dyllan fica mexendo em seus cobertores deixando sua cama ainda mais bagunçada que antes e depois se abaixa para procurar pelo chão, ele apoia sua mão sobre a escrivaninha de madeira que ficava ao lado de sua cama para olhar embaixo da cama até que sente um fio sobre a escrivaninha —Achei —Ele se levanta e pega o fone de ouvido  o passando por dentro de sua camisa e o colocando em volta de seu pescoço, o conecta no celular que estava ao lado do fone e o coloca no bolso.

É e lá vamos nós, hoje é dia de aula, ao que parece dia 9 de setembro de 2019, nossa mãe mas um dia acordando cedo pra mimar o William, desde que nosso pai morreu a nove anos atrás por um ataque terrorista, que aconteceu em nossa cidade, ela dedica a maior parte de seu tempo pra cuidar de nós, bom na verdade do William, ela nunca teve necessidade de trabalhar já que temos essa casa que ela ganhou de herança em que vivemos desde que me entendo por gente. Com a morte do meu pai alguns dias depois ela recebeu um testamento que ele era tido como único herdeiro de um parente distante dele, como já é de imaginar ela ficou com tudo em nome dele e assim vivemos, não é como se fossemos ricos ou algo assim, mas pelo menos dá pra viver sem precisar trampar.

Dyllan desse as escadas indo logo para a cozinha onde encontra com William sentado à mesa bebendo suco de acerola, logo que o vê passando a sua frente fica o observando com um olhar sério, ele abre a geladeira e pega queijo e presunto. William se tornou um jovem quase tão alto quanto Dyllan, era magro e tinha cabelos escuros ondulados e de um comprimento médio, com alguns fios desfiados que formavam quase que franjas laterais quando estava bagunçado, sua pele era morena clara com algumas poucas espinhas em seu rosto, ele se encontrava agora com 18 anos, estava usando seu uniforme escolar que era composto por uma camisa social branca com um blazer vermelho vinho com as letras Gx gravadas nele, uma calça da mesma cor e uma gravata com um cinza forte escuro acompanhado por um par de tênis hocks tempus preto com branco.

— Perdeu o cu na minha cara foi? — diz Dyllan pegando um pão sobre a mesa e pega a faquinha de cerra que aponta em direção de William e começa a sorrir, logo cortando o pão ao meio e passando manteiga.

— Dá pra parar com isso? você é muito idiota sabia — fala William já irritado.

— A nossa olha só ele, tô me borrando todo já aqui o — Dyllan coloca algumas fatias do muçarela e do presunto em seu pão e o coloca na sanduicheira.

— Fala sério, você é insuportável, não dá pra conversar com você — William se levanta e sobe as escadas indo em direção ao quarto.

— Parece que alguém ficou irritadinho — Dyllan pega seu sanduiche e desliga a sanduicheira a tirando da tomada e logo sai de casa colocando seu capuz e começa a comer enquanto caminha pela rua.

E sim, se vocês acharam estranho a minha relação com o William é porque não sabem nem da metade, agente até que se dava bem quando éramos mais novos mais desde a morte de nosso pai ele vem sempre me culpando, como se eu tivesse matado nosso próprio pai, no início eu até que me sentia mal mais acabei me acostumando. Desde a morte dele venho tendo um pesadelo horrível, no início eu ficava muito mal e não conseguia respirar direito, até que minha mãe resolveu me levar ao médico e não é como se as coisas tivessem melhorado.

Enquanto andava pela rua, Dyllan acaba quase sendo atropelado.

— Ei seu idiota, cuidado aí, você tá querendo morrer ou o que em? — Dyllan se vira em direção a ele e o olha comendo o pão sem se quer nenhuma reação, nem medo nem raiva, ele não sentia nada, não se importava se ia realmente morrer ou não. O homem o pede desculpa e sai dali dando ré no carro.

Como eu dizia as coisas só pioraram, minha mãe me levou em uma especialista e eu fui diagnosticado com transtorno de personalidade, transtorno psicótico, bipolaridade e depressão. O que em uma cidade pequena como essa significa só uma coisa, que eu sou louco e devem tomar cuidado.

Alguns anos atrás 

— Dyllan levanta dessa cama agora —Marcia fala puxando o coberto de Dyllan 

— Eu não vou hoje — Ele o puxa se cobrindo por completo de volta.

— O mas tu dá trabalho, bem que podia ser que nem teu irmão que inclusive é mais novo que tu né, deixa de birra e levanta logo dai, tô te esperando lá embaixo em cinco minutos — Marcia sai do quarto deixando Dyllan ali sozinho.

—Ai que droga — Ele se senta na cama e olha pro despertador que marcava seis e cinquenta da manhã.

Depois de três minutos Dyllan aparece na cozinha com a mochila nas costas, e o uniforme do colégio com uma jaqueta com capuz por dentro do blazer.

— Cadê o William? — Ele pega um copo no armário e coloca um pouco de leite de uma jarra que estava sobre a mesa.

— Já saiu mais aquele amiguinho dele, anda logo tá atrasado, não quero continuar ouvindo reclamação de que você não tá indo pra escola — Ela pega as chaves do carro saindo pra fora e logo o tira da garagem chamando Dyllan, o carro era um SUV do chevrolet captiva da cor cinza — Vem logo eu não tenho o dia todo — Marcia grita já estacionada na frente de casa olhando pra Dyllan que fechava a porta e em seguida corre até o carro.

— Torce pra que eles ainda te deixem entrar, coloca o sinto — Ela fala dando partida no carro e saindo dali em direção a escola enquanto ele coloca o sinto de segurança — Ficou bem melhor pra dirigir agora, sem transito, sinalização, mil vezes melhor, apesar de que ficou parecendo uma cidade fantasma, não tem quase ninguém mais pelas ruas —Enquanto ela falava Dyllan fica olhando pela janela do carro e estralando os dedos enquanto ficava mexendo seus pés e vez ou outra intercalava entre olhar pela janela e ficar mexendo no ar condicionado do carro.

— Vê se estuda direito, não tô afim de que fiquem me chamando a atenção — Marcia fala parando o carro em frente ao colégio, era um prédio que estava com um lado em construção desde que o antigo tinha sido destruído.

Dyllan sai do carro calado indo para dentro do colégio, chegando na sala todos já estavam lá inclusive a professora, ele então se senta em uma cadeira no fundo da sala já que era a única que tinha ficado, ele tira o blazer o colocando pendurado nas costas da cadeira e tira o caderno da mochila a colocando no chão ao lado de sua cadeira, ele fica observando cada um dos alunos e começa a bater a ponta do lápis na cadeira lentamente enquanto a professora fica explicando o conteúdo, ele pega a caneta e começa a riscar por cima dos traços de sua mão.

— Dyllan — A professora fala parrada em frente a ele o olhando —Algum problema? 

— Não, não nenhum problema senhora — Ele fala e então sobe sua vista para olha-la porém evitando seus olhos.

— Ótimo, poderia me explicar então qual o assunto da aula? 

— Você tá falando sobre equação polinomial, mais precisamente uma de grau dois, onde para conseguir o resultado é necessário utilizar a formula de Bhaskara — Ele fala sem demonstrar nenhum interesse se quer.

— Isso é bom, apesar do tempo que ficou fora você não ficou para trás, venha até a frente para resolver a equação do quadro e eu ficarei o observando daqui.

— Eu prefiro ficar aqui professora, olha é só pegar e descobrir os valores de A, B e C da formula, eleva o...

— Dyllan vai — E então ele se levanta de cabeça baixa e encara a professora, coloca o capuz da camisa pegando o pincel da mão da professora e indo até a frente da classe.

— É... — Ele começa a escrever no quadro, suas letras eram um pouco grandes e sua mão estava tremendo fazendo com que ele acabasse não colocando os números alinhadamente, seu coração estava descompassado e ele estava inseguro de acabar errando algo ou de comentarem sobre suas letras, ele estava quase suando e o nervosismo tomava conta dele naquele momento.

ax²+bx+c\=0 → 2x²+4x+2\=0 → ∆\= B²-4ac → ∆\= 4²-4. 2.2 → ∆\= 16-16 →∆\=0

E assim ele continua fazendo a questão até que os resultados finais chegam a (-1,1) e então um papel pequeno molhado acerta a cabeça dele, nesse instante ele se vira e percebe que estavam sorrindo e cochichando, ele fica imaginando se estavam rindo de suas letras ou de seu corpo, ele era muito magro? Era muito alto? Ele era estranho demais ou será que perceberam que ele estava nervoso? Será que ele havia errado alguma coisa? ele volta a sua cadeira com todos aqueles pensamentos e olha para a frente nervoso e então engole em seco.

— Psiu, o que acha da gente estudar junto depois em? — Thais, uma garota de cabelos cacheados compridos, pele morena clara, olhos castanhos, uma das meninas mais bonitas que ele já havia visto assim como aquele sorriso gentil.

— Senta aqui comigo —ele fala porém ela contesta.

— Acho melhor você vim pra cá, trás a cadeira — Ela fala e então ele vai em sua direção com suas mesa e material, porém acaba tropeçando e caindo no chão e então todos começam a sorrir, ele se levanta e se senta ao lado da garota — O que pensa que tá fazendo? Professora olha ele ta me atrapalhando, desse jeito eu não consigo estudar né, Só porque você perdeu seu pai não vai achando que eu preciso sentir pena de você, francamente se enxerga né, ninguém se importa com isso. 

— Eu só queria ajudar — Dyllan pega suas coisas rapidamente irritado e sai da sala sem ouvir uma palavra se quer sobre o que a professora falava, ele vai até uma área da escola que estava proibida a entrada por causa da construção e se senta no chão encostando em uma parede quebrada, ele abaixa sua cabeça olhando para o chão —Porque você não tá aqui? porque? — Ele leva suas mãos até sua cabeça a coçando rápido e começa a chorar — Droga — Ele bate a mão com força na parede e fica pensando nas pessoas o encarando na sala, elas sorrindo e conversando entre si enquanto ele estava parado na frente da sala, aquelas vozes vinham em sua mente, risadas, tudo estava o atormentando, absolutamente tudo, era como se uma terrivel dor esmagasse seu peito, aquilo era angustiante demais que chegava a quase ser insuportável. Ele acaba despertando de seus pensamentos com o barulho do sinal que havia tocado.

Enquanto Dyllan estava sentado um dos pedreiros acaba o vendo ali e se abaixa para falar com ele.

— Ei o que tá fazendo ai? não devia tá com seus amigos 

— Não é da sua conta — Dyllan se levanta irritado pegando sua mochila e sai andando pelos corredores do colégio, ele vai até a cantina e pega sua comida, cuscuz com ovo, uma maçã e um copo de suco, ele pega sua bandeja e se senta em uma mesa um pouco afastada, enquanto estava comendo ele vê Thais junto com um grupinho de amigos e fica os encarando enquanto comia —Bando de imbecil —ele volta a comer e então eles se aproximam dele se sentando na mesma mesa.

— Olha você não se importa se a gente ficar aqui né? —Ela fala enquanto bebia um suco detox verde e se senta a sua frente. 

— Tanto faz — Dyllan se levanta e então um garoto segura em seu braço o impedindo de continuar.

—A gente precisa conversar, senta —Thais fala sinalizando com a cabeça para que ele voltasse a se sentar.

—O que é que tu que comigo? —Dyllan fala se sentando novamente.

—Bom eu quero nos ajudar, sabe eu sei que você é inteligente, sempre foi em praticamente todas as áreas —Thais

—Idai? olha só se for pra me pedir ajuda vai esquecendo tá, porque eu não tô nem um pouco afim que fiquem me zoando —Dyllan 

—Nossa, francamente né, eu sei que você não tem nenhum amigo sequer, nem na nossa sala nem em toda a escola, mas se você quiser pode andar com a gente —Thais

—Olha eu não tenho amigos mas tudo bem, eu não preciso de amigos de qualquer jeito, e se for pra ser seu amigo eu tô dispensando, então acho melhor você procurar uma pessoa que precise dessas coisas —Dyllan se levanta rápido olhando seriamente para o garoto que havia segurado seu braço que logo sai de sua frente e então ele sai andando.

—Você é muito idiota, mas tinha como não ser sendo filho de um pescador  —Thais fala e então Dyllan para de andar.

—Eu não tenho vergonha do meu pai ser pescador, é muito melhor ser pescador do que um politico corrupto que só faz promessas que não sabe nem como cumprir —Dyllan fala se virando para encará-la e ela se levanta irritada. 

—Pelo menos ele é alguém, seu pai era um zé ninguém, e todo mundo sabe que foi você que matou ele, porque ele era um inútil e nem você aguentava mais ele —antes que ela terminasse de falar Dyllan se irrita e a empurra para trás fazendo com que a garota acabe caindo e batendo a cabeça no chão com força. 

—Nunca mais abre essa tua boca imunda pra falar do meu pai vagabunda —Quando Dyllan percebe Thais está caída no chão com a cabeça sangrando desacordada, e então todos começam a olhar para ele e começam a chamar ele de assassino, ele perde o controle e tenta subir em cima dela para a ajudar, ele estava desesperado mais o seguram pensando que ele queria machucá-la, ele começa a gritar em desespero enquanto chorava afirmando que não havia feito aquilo. 

E então ele acaba sendo levado para uma clínica psiquiátrica amarrado ,aonde é sedado pelo resto do dia. Após acordar ele é levado para uma visita ao psicólogo.

—Quando você começou a sentir sintomas de Depressão? 

—Eu não sou louco tá legal 

—Não disse que você é louco, só estou querendo ajudar você — Assim que a Psicóloga fala ele abaixa a cabeça sem nenhuma expressão.

—Acho que já faz um tempo, mas depois que meu pai morreu... piorou

—Entendi, já pensou em suicídio? 

—Qualquer pessoa normal já pensou nisso.

—Olha se você estiver preocupado com a sua amiga quero que fique tranquilo, ela foi levada pro hospital e já está em casa e passa bem, não precisa se preocupar.

—Ela não é minha amiga e eu não tô preocupado com ela, eu sei que não deixariam ela morrer —Enquanto ele falava ela anotava tudo em uma pequena prancheta e ele fica olhando para os lados observando a decoração do local. Assim que ela termina de anotar fica batendo a caneta na caderneta oque acaba chamando a atenção de Dyllan, ela estrala os dedos fazendo um pequeno barulho de seus ossos e depois pega o controle do ar condicionado e o desliga e liga logo em seguida.

—Você tem dormido bem ultimamente?  —Assim que ela fala acaba o trazendo de volta e ele fica com a mesma expressão que estava antes.

—Nunca dormi bem, nós últimos meses piorou.

—Ok, próxima pergunta —E então ela continua fazendo varias perguntas que são sempre respondidas por toda a noite e eles passam até parte do outro dia conversando.

[QDT]

Enquanto andava pela calçada Dyllan acaba esbarrando em um rapaz que o olha e pedi desculpas em um sorriso.

E esse aqui é o Henrique

Henrique agora tem 18 anos, tinha uma altura comum, era em torno de uns 1,74 cm pele mulata clara e cabelos bem cacheados e curtos, com um piercing em cada uma das orelhas, estava usando uma camisa branca com alguns botões abertos, com uma gravata cinza folgada e a calça vermelho vinho bordô com uma corrente prateada de calça no bolso e com alguns anéis em seus dedos e uma mochila preta nas costas.

E como eu conheço ele? bom na verdade quem não conhece ele, Henrique é um Tiktoker e influencer, quase todo mundo aqui da cidade conhece ele, sempre muito gentil e alegre, além do fato de ser bonito é claro não vou negar, mas na verdade eu não o conheço só por isso, ele é o melhor amigo do meu irmão a anos.

— A oi Henrique, tá indo lá pra casa?

— tô sim, eu e seu irmão vamos pra escola juntos

— Então se eu fosse você se apressava que eu acho que ele já tá pronto

—Entendi, obrigado vou indo então — Henrique fala e sai correndo em direção a casa de Dyllan.

E apesar dessa posse e aparência aí, essa não é bem a verdade, não conseguiu entender? então vamos tentar voltar um pouco no tempo, tipo a oito anos atrás.

Dyllan estava chegando de uma consulta na psicóloga e subiu para seu quarto e antes de abrir a porta escutou um choro de criança que parecia vir de dentro de seu quarto, ele entre abriu um pouco a porta vagarosamente para não fazer barulho e ficou olhando pela brecha até que viu um garoto abraçando seu irmão enquanto chorava, aquele era Henrique, eles estavam sentados no chão e Henrique não parava de chorar com sua cabeça apoiada no ombro de William, as coisas estavam um pouco confusas mais era possível entender o que eles falavam.

— A quanto tempo isso vem acontecendo? — William

— Desde que ele começou a beber as coisas começaram a ficar ruim, ele me faz trabalhar sempre muito, eu arrumo sempre a casa e até já fiz alguns bicos mais essa foi a primeira vez que ele... que ele me tocou, mas eu não queria, eu não quero, não quero, eu o odeio, odeio — Henrique chora apertando o abraço que é retribuído por William que parecia estar bem sério.

— Então podemos dar um jeito nele, podemos nos livrar dele, eu sei que vamos conseguir, você concorda?

— Eu... eu sei que ele é a única família que eu tenho mais... eu aceito — Henrique separa o abraço e fica olhando para William.

— Ele nunca mais vai encostar um dedo em você, vamos matar aquele desgraçado.

Ao escutar tudo, Dyllan se encostou na parede tentando entender tudo aquilo.

— Eu preciso manter a calma, eles não podem saber que eu escutei tudo aquilo, ok vamos lá Dyllan — Ele entra no quarto já falando com seu irmão perguntando se ele sabia aonde estava o controle do vídeo game, ele não conseguia encontrar, para que eles percebessem sua presença e pensassem que ele estava chegando agora.

— A eu não sei, deve tá por aí jogado em algum lugar. Eu tenho que sair com o Henrique, a gente se vê mais tarde, tchau — ele pega na mão de Henrique e assim os dois saem juntos do quarto.

E bom, alguns dias depois saiu a notícia no jornal que havia sido encontrado um corpo desfigurado na mata, quase que irreconhecível, sim esse era o padrasto do Henrique, e ao ouvir a notícia eu já sabia o que havia acontecido. Bom como ninguém reconheceu o cadáver ele foi dado como indigente e Henrique continuou morando naquela casa e escondendo de todos até hoje que mora sozinho, ele sempre consegue inventar alguma desculpa e é claro, sempre acreditaram, eu apesar de não achar aquilo que eles fizeram certo, não o julgo pelo feito, aquele homem realmente era um miserável.

Dyllan ao terminar de comer seu pão entra em uma farmácia para comprar seus medicamentos controlados que o ajudam a manter sempre a calma e o controle em momentos de tensão. 

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