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Evandro estava na empresa, cuidando de alguns assuntos relacionado aos hotéis de Cíntia. Estava atarefado demais em cuidar da empresa dele e da dela.

Mas mesmo assim arranjou um tempo para assistir vídeos no YouTube.

Ele estava a assistir aulas de libras. Queria se esforçar para falar com a sua esposa na linguagem de sinais. Iria-lhe fazer uma surpresa.

Nos últimos dias usou o horários de almoço para estudar libras, hoje como almoçou com Cíntia estava usando as poucas horas vagas para assistir ao vídeo.

A sua secretária bateu na porta.

— Senhor Guterres, alguém deseja vê-lo.

— Quem?

— Ela disse se chamar Suzi Lisboa. Não tem hora marcada, mas solicitou reunião de urgência. O que eu falo?

Ele pensou: "Caramba! Suzi aqui? Droga."

- Pode liberar a entrada dela.

- Ok

Evandro iria contar toda a verdade a Suzi e fazê-la entender que agora ele levava outra vida.

Suzi entrou toda sorridente.

- Meu amor, que saudade. O seu trabalho está tão intenso que decidi vir ver-te nem que seja um pouco.

Ela foi até ele para dar um beijo e ele se esquivou.

— Sente-se, precisamos conversar.

***

Em casa.

Cíntia ficou muito contente com a aproximação positiva dos dois, ela estava na cozinha fazendo um doce especialmente para o marido com a ajuda de Beth e Amélia.

— Ela acordou muito bem hoje. Se me entende! (fala Beth para Amélia)

- Estou vendo. As coisas estão a sair melhores do que imaginei. Acha mesmo que eles... (fala Amélia)

— Claro que sim. Cíntia agora, não é mais uma menina, e sim uma mulher. Posso dizer que fico muito feliz. (fala Beth)

As duas funcionarias olham para Cíntia que estava agora, colocando a mão na massa.

— Cíntia é um amor de pessoa, Evandro não tinha a menor chance de resistir aos seus encantos.

— Concordo.

As duas sorriem.

****

No escritório.

— Evandro está sério. Se for por eu estar aqui, e que não tive mais notícias suas, então...

— Suzi escute-me. Não estava nos meus planos, mas aconteceu uma coisa e preciso falar-te.

— Fale.

— Não podemos mais nos ver.

— O quê? Porquê?

Evandro queria resolver a situação o mais rápido possível.

— A alguns dias atrás eu me casei, não foi nada planejado, e sim as pressas, inicialmente para ajudar a filha de um velho amigo. Ela é deficiente auditiva, a sua única família é a tia que ameaçou tirar tudo dela. A nossa união vai ajudá-la.

Suzi Fica chocada, respira e diz:

— Então você não gosta dela? Quer que eu espere por você, enquanto resolve tudo.

Evandro a olha nos olhos.

- Poderia dizer isso se fosse em outras circunstâncias, mas não posso. Eu vou levar meu casamento a sério, direto como manda a lei.

— Pera? Vai-me abandonar por uma mulher defeituosa? Que loucura é essa?

Evandro se irrita.

— Pode até ficar com raiva do nosso rompimento, mas falar mal da deficiência de minha esposa eu não admito. Sua fala foi preconceituosa, desnecessária e devido a esse sentimento hostil, não temos mais nada o que falar.

— Vai abandonar-me assim? Não significou nada?

— Pensei que sim. Hoje vejo que não significou nada, apenas nos curtimos e agora acabou. Adeus Suzi.

Ela levanta indignada.

Antes de sair ela vira e diz:

— Você vai se arrepender por tratar-me assim.

Suzi se sentiu descartada. Ela não iria deixar Evandro se safar depois da humilhação.

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