Alguém já sonhou caindo de um abismo? Eu já! E a sensação é horrível.
O mesmo estava acontecendo com Cíntia que sentia que não havia mais motivação para seguir adiante.
As palavras do desconhecido conseguiram fazê-la comer a sopa, Cíntia sentiu medo do homem, e a empregada e a doutora também, ela notou isso ao ver o semblante das duas ao vê-lo falar. Ele deveria ter uma voz profunda e grave.
Cíntia lia muitos livros e as descrições a ajudaram muito a entender algumas coisas que ela só saberia se ouvisse, e as vezes imaginava como seria ouvir as pessoas, em sua imaginação a voz era uma característica da personalidade humana e a dele parecia ser intimidador.
Ela suspira triste.
"Papai por que me deixou? Você era meu amigo, meu pai, minha família e agora não tenho ninguém."
"Meu pai, meu paizinho, o que será de mim sem você?"
Cíntia chora na cama.
NO ESCRITÓRIO.
Evandro está impaciente, ele ligou para a casa de Bernardo e a empregada avisou que Cíntia comeu toda a sopa, mas continuava sem reagir, não querendo sair do quarto e fica o tempo todo deitada.
Ele levanta da cadeira.
Diogo entra.
- Pensou na minha proposta?
- Boa tarde para você também Diogo.
- Já somos tão íntimos que dispenso as formalidades. (fala Diogo)
Evandro revira os olhos.
- Fala logo qual é sua resposta.
- Eu aceito.
- Ainda bem, por que hoje recebi isso. (fala Diogo)
Evandro pega o papel das mãos dele e lê.
- Ela não fez isso. (diz Evandro irritado)
- Fez e se as alegações se confirmarem, Cíntia perderá tudo. (fala Diogo)
- Que Merda! Luiza não tem limites.
- Essa garota precisa reagir se não a tia malvada vai tomar tudo dela. Evandro resolva isso o mais rápido possível.
Evandro bufa.
Horas depois...
Ele esta na sala da casa de Cíntia.
- Boa noite senhor Evandro.
- Boa noite Amélia e ela como está?
- Ela ainda continua no quarto, ficou lá o dia todo, acabou de jantar e comeu muito pouco.
- Você sabe a língua de sinais?
- Não, mas ela sabe ler os lábios.
- Sabe?
- Sim, desde criança. É uma das maneiras que ela desenvolveu quando criança para se comunicar com as outras pessoas, a menina ficava muito solitária na escola, e quando precisava de respostas ela escrevia.
- Interessante. Vá chamá-la, preciso falar com ela.
- Vou tentar.
A empregada sobe.
Minutos depois ela desce sem Cíntia.
- Ela não quer descer.
Evandro sente uma pontada de dor na cabeça. A garota estava dificultando as coisas para ele.
- Me mostre onde é o quarto dela.
- Mais senhor!
- Mostre-me.
Evandro sobe seguindo a empregada.
Ao chegar na porta do quarto ele impede que a empregada entre, ele mesmo abre a porta. A mulher fica na entrada enquanto ele entra no cômodo.
Cíntia permanecia deitada, sente a vibração do ambiente, alguém andando pelo quarto. Ela se vira pensando ser a empregada, se assusta ao ver o homem estranho.
Ele chega perto da cama e se inclina um pouco para deixar seu rosto próximo ao olhar dela.
- Sei que me entende. (diz ele devagar para ela acompanhar as palavras)
Cíntia se encolheu na cama. Assustada ela abraça o travesseiro no peito.
"Meu Deus esse homem e doido, não posso nem gritar por socorro." pensa ela.
Evandro admira um pouco o rosto dela contra a luz do abajur. Pensando em como ela é linda.
- Eu não gosto de ser contrariado, preciso falar com você e te espero na sala em exatamente um minuto.
Ele da as costas saindo do quarto.
Cíntia pisca várias vezes tentando assimilar o que aconteceu.
Na sala.
Evandro está andando de um lado a outro enquanto espera por Cíntia, se fosse preciso ele iria de novo no quarto e arrastaria ela para fora daquela cama, como se estivesse pressentindo as ideias dele, quando ele se vira a vê descendo.
Cíntia fixa o olhar nele e Evandro sustenta o olhar.
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Atualizado até capítulo 53
Comments
Vera Versales
Luiza matou o irmão por causa de dinheiro
2024-11-26
0
Zenaide Sousa
Estou gostando muito
2024-09-02
0
Zenaide Sousa
Começando a ler hj dia 01/09/24
2024-09-02
2