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Amanhece.

Evandro acorda primeiro, vira e da de cara com Cíntia dormindo a seu lado. Lembrou da madrugada, do rosto assustado dela com a tempestade, Cíntia era muito sensível.

Ele acaricia a bochecha dela com a ponta dos dedos, depois levanta da cama e sai.

Evandro fica olhando pela janela com uma expressão irritadiço.

"Ela é minha esposa, mas não posso toca-la."

"Meu amigo em respeito a você vou salvar a sua filha de Luiza."

O celular dele vibra. Era mensagem de Diogo.

*E aí já tem novidades?* (escreveu Diogo)

*Que pergunta maluca é essa? Eu que deveria estar perguntando sobre novidades. Casonde Cíntia e a Tia maluca dela. (Escreve Evandro)

*Aqui tá tudo igual, vamos aguardar a audiência. Estou falando como está aí! Já deu carinho a sua esposa? (Escreve Diogo)

*VAi se ferrar Diogo.

Evandro guarda o telefone.

No quarto Cíntia acorda, senta na cama e olha o ambiente que na noite passada foi bastante assustador, ela abre a cortina e vê que a chuva passou, mas o clima ficou frio.

Ela tenta recordar a que horas Evandro foi embora na madrugada.

Cíntia escova os dentes e depois de se arrumar ela sai do quarto, na sala ela vê Evandro arrumando a lâmpada do lustre.

Cíntia fica tímida, seu marido é tão bonito, sua amiga Rebeca iria gostar muito de sua escolha, ela se corrige mentalmente, ela não teve escolha neste caso foi ele que a escolheu, a partir do momento que decidiu ajudá-la.

Evandro termina de trocar a lâmpada e quando se vira dá de cara com Cíntia na entrada da sala. Ele abre um imenso sorriso.

Sorriso que abala as estruturas de Cíntia.

- Bom Dia. Dormiu bem? (fala ele)

Cíntia fez a leitura labial e sua resposta e um aceno de cabeça.

Evandro não iria contar a ela que ambos dormiram na mesma cama. Ele decidiu ocultar essa parte.

Ele vai até a bancada e pega alguns pães, suco e queijos. Ambos comem.

Ele toca na mão dela para chamar sua atenção.

- Quer sair? (pergunta ele)

Ela pega o bloco que ganhou dele e escreve;

- Aceito.

- Ótimo, vamos conhecer um pouco mais desta região.

Desde que seu pai faleceu Cíntia não tinha ânimo para nada, mas ao lado de Evandro ela estava começando a se recuperar.

Os dois vão até a cidadezinha.

Evandro levou Cíntia a praça.

Ela ficou bastante empolgada com tudo ali, ele também estava sorrindo ao vê-la sorrir.

Ele queria proporcionar a ela momentos de felicidade. Seria uma forma de terapia após ter passado por tantos momentos difíceis.

Evandro deixou Cíntia sentada no banco da praça enquanto ele vai comprar a pipoca.

Seu celular toca.

- Oi querido se esqueci de mim? (fala Suzi)

Evandro fecha os olhos ele se esqueceu completamente dela.

- Desculpe, tive um imprevisto.

- Vem aqui hoje?

- Hoje não, estou fora da cidade. Quando eu voltar irei te ver.

- Tudo bem, estou com saudades. (diz ela manhosa)

Evandro respira fundo.

- Nos veremos em breve, agora tenho que desligar.

- Ok! Beijos.

A fila da pipoca anda.

Do banco da praça Cíntia vê um cachorro correndo, ela o acha lindo, se levanta e vai até o cachorro, o acaricia.

O cachorro sai correndo de volta para o seu dono, Cíntia que estava de joelhos levanta e sua atenção vai até uma barraca do outro lado da rua. Ela anda, mas de repente uma pessoa realiza uma freada brusca.

- Sua louca não escutou a buzina, é surda por acaso? Maluca!

Cíntia fica com os olhos arregalados ao ver o homem estranho muito alterado na sua frente.

- Não vai dizer nada? E muda por acaso?

- Sim ela é. Mas eu não! Se continuar gritando com a minha esposa desse jeito, vai perder todos os dentes da sua boca.

Ele envolve a cintura de Cíntia. Ela o olha admirada com o mode super protetor dele, não precisaria ouvir o que ele disse, somente o gesto já dizia tudo.

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