Eduarda se senta na calçada chorando em desespero, pois se algo acontecer com a sua irmã, ela nunca se perdoara, os seus amigos a amparam, vendo o seu desespero e por saberem da forte ligação que elas tem.
— Eduarda, vamos sair daqui — Eles a levantam para a levaram para casa.
Guilherme após pegar o seu carro vai para casa, acreditando que Clarissa esteja indo também para lá, ele precisa falar com ela, ele precisa se explicar. Quando ele chega na garagem não vê o carro dela, tenta ligar para ela, mas ela não lhe atende, como ele pode ter sido tão ingênuo, em pensar que ela não descobriria, e descobriu da pior forma. Ela estava tão bonita, com sua calça pantalona branca e uma blusa de seda azul Royal, como a sua esposa era linda, mas ninguém acreditava que ele realmente gostasse dela. As horas passam e ela não chega, ele resolve subir para o apartamento e ligar para Eduarda.
Quando Eduarda chega em casa, vai para o seu quarto e mesmo sem trocar de roupa, se joga na cama. Como ela queria que o tempo voltasse, como ela queria ter feito diferente, como ela pode pensar que agindo da forma que agiu, estivesse fazendo o certo. A imagem da sua irmã não saia da sua cabeça, como pode ter sido tão desleal a ela. Ela só queria o seu bem, mas agiu da pior forma com ela, a enganando, a iludindo. Como doía saber que havia decepcionado a sua irmã, que havia destruído a confiança que tinham, destruído a amizade que sempre tiveram. "Eu odeio vocês" Ela nunca pensou ouvir isso, nunca imaginou que fosse capaz de despertar na irmã o pior dos sentimentos.
— Me perdoa irmã, por favor me perdoa — Eduarda chora em desespero, ela não é capaz de viver longe de sua irmã que ela tanto ama — me perdoa Clarissa...
Eduarda ainda chora, quando escuta o seu telefone tocar, ela atende sem nem prestar atenção de quem seja o número, ela precisa saber notícias de sua irmã.
— Alô — Atende com a voz embargada pelo choro.
— Eduarda, sou eu. Você conseguiu falar com Clarissa?
— Ela ainda não chegou em casa? — Eduarda pergunta com a voz rouca de tanto chorar.
— Ela não veio para casa. Pensei que você pudesse ter falado com ela — Guilherme fala desanimado
— Ela não me atende, vou falar com papai. Ela estava muito nervosa, se algo acontecer a minha irmã, eu nunca vou me perdoar — Eduarda volta a chorar e Guilherme pensa um pouco, ele também está preocupado.
— Veja se o seu pai consegue falar com ela, mas não fale com ele sobre a história do casamento — Ele suspira, se sentindo péssimo por se sentir culpado por toda a confusão — por favor
— Tudo bem, vou dizer que vocês se desentenderam. Mas eu preciso saber notícias da minha irmã, eu a conheço, ela está muito machucada por estar se sentindo traída.
— Eu amo a sua irmã Eduarda, sei que fiz tudo errado, mas eu amo Clarissa.
Guilherme desliga, e fica pensando em tudo o que eles viveram. Ele arrepende-se de algumas coisas, entre elas fingir que aquele assunto de casamento forçado nunca existiu. Ele sentiu vontade de fazer o mesmo que Eduarda fez com Carol, ela foi muito cruel, talvez pensando que agora ele pudesse ficar com ela, mas isso ele não faria, agora muito menos, pois estava com muita raiva. Como foi capaz de deixar Clarissa descobrir o assunto do casamento daquela forma. Guilherme baixa a cabeça, sentado no sofá e sente um enorme vazio.
Clarissa, o que ele tinha feito com ela, para onde ela foi, como ela estaria? Ele não para de pensar onde ela possa estar, o desespero aumenta a cada segundo que passa, e assim as horas vão se passando e ele sem nenhuma notícia. A noite logo chega ao fim e ele não consegue nem mesmo fechar os olhos de tão preocupado que está, ele vê o dia amanhecendo sem notícias dela. Ele tentou ligar para ela durante toda a noite, mas agora ao ligar, dá caixa postal, ele vai até o escritório e vê as coisas dela organizadas para o seu trabalho, ele vê algumas anotações e aquilo o fez querer que ela volte, ele segue para o quarto e olha aquela cama onde se amavam quase todos os dias, pensa nisso sorrindo, um sorriso triste, como pode ter brincado com a sorte. Guilherme fica andando pelo quarto, ele nunca olhou para a sua deficiência, ela era muito especial para se perceber um problema tão pequeno. Ele senta na cama e lembra-se das últimas palavras que ela lhes dirigiu "vocês são uns monstros" "eu odeio vocês", "eu ódeio vocês" "odeio vocês" como ele queria ouvir ela dizendo "eu amo você". Ela sempre declarava o seu amor, nunca fez charme tentando esconder os seus sentimentos, e ele podia dizer que a amava por isso. Pelo que ela fez com ele, como doía pensar que a tinha perdido, não teria mais o seu abraço, o seu toque, os seus beijos. Como podia viver sem ouvir os seus gemidos e sussurros ao fazerem amor. Suas brincadeiras, sua ousadia de dizer o que queria e como queria. Sua carinho, quando apenas ficavam deitados assistindo filmes...
— Eu não posso te perder Clarissa eu não posso.
Guilherme tenta mais uma vez ligar para ela, mas continua dando caixa postal, ele depois de um banho liga outra vez, caixa postal.
— Onde você está Clarissa? Onde você está? — Guilherme pergunta em voz alta, como se ela fosse capaz de ouvir.
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Atualizado até capítulo 57
Comments
Sonia Beatris
Deveria ter contado 😔
2025-01-07
0
Gilvanise Azevedo
Se acha ela linda, porque nunca levava ela para os jantares....hipocrisia 🤮🤮🤮
2024-12-24
2
Salomé Silva
ele dizia que não a via como uma deficiente porém, não a levava em reunião importante pra apresentá-la como um casal que são
2024-08-21
10