Um mês se passou e Guilherme não conseguiu contato com Clarissa, o assunto do momento era que ele estava namorando escondido, pois não estava a sair mais com ninguém e nem fazendo as suas festas. O que as pessoas não sabiam é que ele estava se comportando como um animal a espreita, esperando o momento certo para capturar a sua presa. Mas a verdade é que nem ele sabia porque aquela mulher não saia dos seus pensamentos, era como se tivesse lhe jogado um feitiço. Não conseguia esquecer o seu rosto, o seu sorriso e a forma que o encarou. Era algo diferente o que se passava dentro dele, mas a única coisa que Guilherme tinha certeza é de que a queria.
Teria uma inauguração de um empreendimento que eles haviam construído, e essa seria a sua oportunidade de revê-la. Mais uma vez ele chama Eduarda na sua sala
— Boa Tarde senhor. Em que posso ajudar?
— Você ganhou convite para a inauguração do empreendimento?
— Sim, todos os estagiários ganharam convite.
— Vai levar a sua irmã? — Decide ser direto, não tem motivo de fazer rodeios.
— Gostaria, mas só tenho um convite — Ele abre a gaveta e pega um convite, entregando-lhe
— Leve a Clarissa — Ela ficou admirada por ele ainda se lembrar do nome dela. Ela agradece e sai da sala. O que será que ele pretendia com a sua irmã, será ser só para agradá-la ou tinha outras intenções? Se sim, quais eram essas intenções?
Durante o resto da tarde, coisas ficam a passar na cabeça de Eduarda, será que ele realmente tinha se interessado por sua irmã ou ele a queria apenas para usá-la no seu plano de casamento? Mas será que ele teria coragem de casar com a sua irmã? Ela não consegue se concentrar no trabalho, sua sorte é que já era o fim do dia. Mas o interesse de Guilherme por Clarissa não saia da sua cabeça.
Naquela noite quando chega em casa da faculdade, Clarissa estava na sala com o seu pai, assistindo TV.
— Oi! meus dois maiores amores — Eduarda se enfia entre os dois — Clarissa ainda acordada, que milagre.
— Amanhã a loja vai abrir só a tarde. Liquidação!!! — Ela dá uma gargalhada — Já imagina como aquilo vai ficar, as pessoas não podem ver essa palavra, até briga tem, seria cômico se não fosse trágico.
— E aquelas duas mulheres que brigaram por uma televisão — Fala Eduarda rindo
— É daí para pior, mas já sei que vou estar morta no fechamento.
— Coitada da minha filha, não se esforce muito.
— Pode deixar papai, o senhor sabe que a filhinha aqui tira de letra.
Os dias se passaram rápido e logo chegou o dia da inauguração, seria a primeira de Eduarda, e ela acreditava que muitas outras viriam, ela estava ansiosa para saber como era esses eventos, ela já participara de algumas inaugurações desse tipo, mas não dessa magnitude. Clarissa precisou dormir ouvindo Eduarda falando sobre o tal evento, como ela imaginava que seria.
Eduarda resolve não falar a verdade para Clarissa, ocultando dela quem, na verdade lhe deu o convite, pois era destinado a ela, preferiu dizer que ganhou os dois convites. Clarissa veste calças pantalonas preta, um body preto liso e uma blusa de renda também preta por cima, quem olhasse pensaria que estava a usar um vestido, ela nunca usava vestidos ou saias, dizia que nunca se casaria na igreja para não vestir vestido de noiva. Ela caprichou um pouco mais na maquiagem, Eduarda estava com um longo preto, aberto na lateral, prendeu os cabelos, deixando alguns fios soltos, estavam as duas, ainda mais lindas.
Quando chegam muitas pessoas as olham, Clarissa pouco se importa, mas Eduarda tem vontade de perguntar o que estão olhando, elas logo procuram uma mesa, mas só há aquelas mesas altas, e Eduarda sabe que Clarissa sentirá dor se ficar muito tempo em pé. Elas estavam a conversar com algumas pessoas que haviam se aproximado e Eduarda vê Guilherme, ela pede licença e vai até ele.
— Olá, boa noite! Sr. Guilherme
— Boa Noite, Eduarda. Pode me chamar de Guilherme, estamos fora do ambiente de trabalho. Veio sozinha?
— Ela veio, mas estou com um problema — Eduarda fala um pouco sem graça, mas decidida a pedir ajuda.
— Em que posso ajudar? — Pergunta preocupado
— As mesas são altas, para que as pessoas se mantenham em pé, os assentos são poucos, e a minha irmã não pode ficar muito tempo em pé, ela sente dor — Guilherme havia acabado de chegar e olha a sua volta.
— Onde vocês estão? — Ele pergunta, ainda olhando a sua volta pensando
— Estamos logo ali — Ela aponta e ele pode ver Clarissa, ela parece realmente estar desconfortável
— Eu vou ver o que eu faço e vou até vocês.
Guilherme consegue providenciar algumas mesas, não poderia ser apenas uma, eles colocam em uma área mais afastada do movimento de pessoas, logo algumas pessoas se sentam, mas uma mesa fica reservada para ele.
Ele vai até elas e percebe que ela provavelmente já está a sentir dor, pois não está com o mesmo semblante que a conheceu.
Ele as cumprimenta e as chama logo para a "sua" mesa.
— Muito obrigada! Estava realmente precisando sentar — Clarissa fala com um sorriso de alívio. Ele olha para Eduarda que gesticula um "Obrigada", ele apenas sorri
— Não precisa agradecer, a sua perna dói? — Ele pergunta, pensando ser a perna que dói
— Eu tenho uma perna menor, com isso forço a minha coluna, e é ela quem dói — Ela explica da forma mais simples, para ele poder entender.
— Está melhor? — Ele pergunta, sentando-se a sua frente
— Sim, obrigada. Mas quando quiser a cadeira para os seus convidados é só falar, afinal a mesa estava reservada para o senhor.
— Pode me chamar de você, apenas Guilherme — Ele sorri, Eduarda pede licença para ir ao banheiro, os deixando sozinhos, ela tem medo de estar agindo errado. Mas se Guilherme um homem bonito daquele quiser se casar com a sua irmã, ela vai apoiar, e se ele a machucar, ela enche a cara dele de tapa. Quando ela volta eles estão rindo e a sua irmã não está mais com expressão de dor.
— Bem, a sua irmã chegou, vou cumprimentar algumas pessoas, fiquem a vontade — Mesmo estando mais afastadas, toda a hora os garçons passavam na sua mesa, Clarissa acreditava ser por ser a mesa do chefe e Eduarda, sabia bem o motivo. Elas estavam a conversar animadas quando alguém chega perto delas.
— Não acredito! O que essas minhas meninas estão a fazer aqui?
— Eu vim com convide que foi dado aos estagiários — Eduarda diz, ganhando um abraço
— Eu vim como acompanhante — Clarissa fala recebendo também um abraço
— Estagiária? Desde quando trabalha como estagiária na Magalhães?
— Desde que eu a aprovei na entrevista — Guilherme chega — O senhor as conhece?
— Desde que Eduarda era ainda um bebê, elas são as filhas do meu amigo Armando.
— Que o senhor sempre ia visitar, e que agora só se encontram para beber um pouco, segundo o senhor diz
— Esse mesmo — Ele olha para Clarissa — Você está ainda mais linda, não sei como ainda continua solteira
— Será ser devido a uma certa perna mais curta — Ela ri e o Sr. Cezar não consegue ficar sério com a resposta
— Continua a mesma. Mas sei que encontrará alguém que te ame de verdade.
— Também sei, quando descobrirem que sou muito mais que uma perna curta — Ela ganha um abraço carinhoso do Sr. Cezar, e Eduarda olha para Guilherme, que não tira os olhos da sua irmã.
Antes delas irem embora, ele entrega a Clarissa o seu cartão, e pede o número dela, que não vê problemas em dar.
Clarissa vai embora feliz, a noite foi agradável, com pessoas bonitas, comida boa, bebida liberada e um homem lindo lhe dando toda a atenção. Não sabia a intenção dele, mas não queria pensar nisso por enquanto, mas se tivesse oportunidade de beijar aquela boca, ah... ela beijaria até perder o fôlego, pensava ela enquanto Eduarda não parava de falar sobre a festa.
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Atualizado até capítulo 57
Comments
Euridice Neta
E daí a vida é pra ser vivida,cse rolar ótimo senão...e quem sabe o que vai acontecer depois?
2025-03-21
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Meire
está na cara que é levar ela pra cama, e não vai ter dificuldade pq com certeza ela vai aceitar se primeira!
2024-11-25
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Bernadete Lopes
Só espero que ele não a faça sofrer.
2024-12-30
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