Até que a morte os separe

Guilherme estava no seu apartamento, arrumado para ir buscar Clarissa para irem para a casa dos pais dele, o casamento seria no dia seguinte, e ele pela primeira vez se sente nervoso e indeciso. Ele pensa em Clarissa, ela é alegre, divertida, carinhosa e uma ótima amante, ele ficaria fácil com ela por anos, mas será que conseguiria viver "até que a morte os separe"? Ele se pergunta, está com medo de estar misturando os sentimentos. Será que se sentir bem com alguém é suficiente para se casar? Mesmo ele se sentindo feliz quando está ao lado dela, mas será isso suficiente para uma vida a dois. Nunca se imaginou casando com alguém, ele se sentia muito livre para se prender a uma única pessoa, mas desde que conheceu Clarissa, não teve outra mulher na sua cama e nem na sua vida, mas será que seria sempre assim? Será que ele realmente não a estava usando? Eram tantas interrogações que já estava o sufocando. Nem ele é capaz de dizer agora o motivo real desse casamento, será que os seus amigos estão certos, ele viu nela uma presa fácil. Ele não consegue se imaginar sem ela, se acostumou a ficar só com ela, não sente nem falta e nem saudade das mulheres com quem dormia, e nem das festas que costumava organizar, mas se esse encanto passasse, o que ele faria? Ele gostava de Clarissa, disso ele tinha certeza, só não sabia até quando teria esse sentimento, mas ele não queria deixar de tê-la ao seu lado. Ele respira fundo, e acredita ser tarde para ter essas dúvidas, agora é seguir em frente, torcendo para estar fazendo a coisa certa.

Enfim chegou o grande dia, Eduarda sentia um aperto no peito, mas acreditou ser tarde demais para falar alguma coisa com a irmã, elas estavam se arrumando em um dos quartos da casa dos pais de Guilherme, quando alguém bate a porta, era a irmã de Guilherme, Sandra.

— Oi Clarissa, vim ver como está — O coração de Eduarda começou a disparar — Você é muito corajosa se casando com o meu irmão

— Eu o amo, e sei que seremos felizes

— Que ele te faça realmente feliz, pois sei o quanto você o ama — Eduarda começa a se desesperar — Sabe sobre o meu irmão...

— Ela já sabe que o seu irmão é a pessoa que ela ama. Mas agora ela precisa se arrumar — Eduarda olha para Sandra com os olhos em súplicas para não falar mais nada.

Guilherme estava arrumado olhando pela janela, quando alguém entra sem bater

— Papai sabe que você está enganado aquela moça?

— Não sei sobre o que está falando — Ele se vira para olhar a irmã que fica a sua frente

— Aquela mulher te ama, e você a está enganando, por quê não disse a ela que precisa casar para assumir a presidência da empresa?

— Como sabe que não contei a ela?

— Porque eu quase estraguei o seu casamento

— O que está dizendo? Você ia falar com ela sobre isso? — Pergunta nervoso

— Eu fui perguntar se valia a pena se casar com você por esse motivo, mas pensei que ela soubesse, mas a irmã dela quase me expulsou do quarto.

— Você não ouse abrir a boca sobre esse assunto com ela — Ele sente um desespero repentino ao pensar que ela possa deixá-lo

— Você está gostando dela? — Ele se volta a olhar pela janela

— Muito, gosto de estar com ela, pois é alegre, divertida e me faz bem. Ela é algo que faltava em mim, se eu fosse um pouquinho romântico – Ele sorri e olha para a irmã — Diria que a amo.

— Então diga você a ela sobre essa condição absurda de papai, e confesse o seu amor por ela. Pois ela precisa saber por você, caso contrário ela irá te odiar — Ao ouvir isso, Guilherme tem uma sensação ruim, ele não quer perdê-la. Mas acha que começou errado, agora é tarde demais, só o que pode fazer é torcer para que ela nunca descubra, e um dia talvez ele conte, mas mostrará a ela que não foi apenas pela presidência.

Guilherme desce para onde seria a cerimônia, além dos seus pais e o pai de Clarissa, tinha alguns amigos dela e as irmãs deles, Eduarda e Sandra. Guilherme não chamou os seus amigos, pois viviam zombando dela, mesmo ele dizendo não gostar que rissem dela.

Clarissa desceu a escada com Eduarda, ele a encontrou nos últimos degraus e seguiram de mãos dadas ao juiz de paz que oficializou o casamento.

Clarissa estava linda, não usava vestido, mas era uma verdadeira noiva, ela tinha um sorriso radiante capaz de aquecer qualquer coração. A cerimônia foi simples e rápida, ele ficou satisfeito, pois já estava preocupado com ela ficar tanto tempo em pé. Assim que são declarados marido e mulher o tempo parece parar, eles permanecem se olhando após o beijo de casados. Clarissa sorri encantada por estar vivendo aquele momento, Guilherme estava lindo como noivo, ele era perfeito, parecia um sonho ter se casado com ele.

— Está feliz? — Guilherme pergunta, fazendo carinho no rosto de sua agora esposa.

— Muito, parece até que vou explodir de tanta felicidade. Eu te amo — Eles ficam se olhando e Guilherme a abraça forte em seus braços.

— Você está bem, está sentindo alguma coisa? — Ele resolve perguntar — Vamos sentar um pouco.

— Eu estou bem, mas realmente preciso sentar — Fala rindo, recebendo um beijo carinhoso do marido. Eles vão até à mesa onde seria servido o almoço, ele fica com ela, mas logo outras pessoas chegam para abraçá-los.

Depois do almoço eles resolveram seguir para um hotel onde ficariam até o dia seguinte, quando voariam para a lua de mel em Gramado.

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Gramado — Rio Grande do Sul

Gramado é um município do Estado do Rio Grande do Sul, na região Sul do Brasil. Conhecido por dois grandes eventos, Natal de Luz quando recebe inúmeros turistas, pois é considerado um dos maiores eventos natalinos do país. Outro evento que também recebe inúmeros turistas é no inverno, principalmente nos meses de julho e agosto, quando costuma nevar, sendo uma ótima opção para quem gosta de frio.

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