Clarissa e Guilherme já estavam há cinco meses casados, tudo corria bem, Clarissa se sentia cada dia mais feliz, pois Guilherme era cada dia mais carinhoso. Agora com a responsabilidade de ser o novo presidente, precisava participar de jantares e muitas reuniões de negócios, ela nunca foi a esses jantares, mas não se importava, estava feliz com a vida que tinha, as vezes ela ia jantar com o pai, ou com Eduarda, elas continuavam unidas e confidente.
Guilherme estava na sua nova sala, quando recebe a visita de um amigo das antigas.
— E aí Guilherme, como está sendo a vida de casado?
— Para dizer a verdade, não poderia estar melhor. Como estão as coisas Pedro?
— Cada dia mais solteiro, estou fora dessa coisa de casamento. Mas que bom que ainda não se arrependeu, mas conseguiu o que tanto queria, assumir o lugar do seu pai.
— Pode ter certeza que esse não foi o motivo que me levou a casar com Clarissa. Vocês não a conhecem, mas ela é surpreendente.
— Hoje podemos conhecê-la, aniversário de Murilo, vamos a uma boate.
— Ela não gosta de boate e eu não irei sem ela.
— Hummmm o cara tá fiel mesmo.
— Deixa para a próxima.
— Iremos a um barzinho antes, aquele mesmo bar que a conheceu, que tal se juntarem a nós. Mas vou avisando as meninas vão estar também, e sabe como é a Carol, as vezes tem a língua solta.
— De repente eu passo por lá quando sair daqui.
— Beleza, vai ser legal conversarmos um pouco. Guilherme liga para Clarissa e avisa que vai demorar um pouco a chegar em casa, mas não fala o motivo, como não pretende demorar, acredita não ser necessário falar com ela onde iria.
Era aniversário de Elton e Clarissa aproveitou para sair um pouco com os velhos amigos e Eduarda. Guilherme ficou ainda mais despreocupado, pelo menos ela não estaria em casa sozinha. Eles combinaram de se encontrar no barzinho que gostavam de ir, o mesmo onde ela conheceu Guilherme. Todos estavam rindo e conversando, quando Guilherme entra no restaurante acompanhado de algumas pessoas, e segue para junto de outras que já estavam sentados. Uma mulher o abraça, Clarissa ainda não os tinha visto, mas Eduarda os vê entrando, e a sua fisionomia muda ao ver aquela mulher abraçar o seu cunhado. Quando Elton os vê, comenta com Clarissa
— Aquele não é o seu marido? — Clarissa olha e sente o seu coração disparar ao ver ele sorrindo para aquela mulher sentada ao seu lado.
— Ele me avisou que demoraria chegar em casa, mas não disse que sairia com os amigos — Ela responde, ainda sentindo o coração disparado — Eu vou dar um oi a eles.
— Acho melhor não Clarissa, em casa você conversa com ele — Eduarda está com o seu coração disparado, as suas mãos estão tremulas, e Clarissa percebe o desconforto da irmã, ela sabe que algo está acontecendo
— Eu vou lá falar com ele — Diz se colocando de pé, ela também está nervosa, pois está com um mau pressentimento, sente o seu coração apertado, mas não pode fingir simplesmente que ele não está ali com aquelas pessoas. Não seria Clarissa se continuasse sentada como se nada estivesse acontecendo, não conseguiria se manter calma vendo ele em um encontro de amigos, como se ela não existisse.
— Clarissa, por favor... — Eduarda vai atrás dela, já em pânico
— Oi amor — Guilherme a olha, mas ele não se move e nem responde — Não vou atrapalhar, só vim dar um oi
— Oi Clarissa — Ele responde, se colocando de pé, sentindo o chão se abrir, é como se todos conseguissem ouvir os seus batimentos cardíacos. Os outros que estão na mesa estão rindo, tentando disfarçar, mas Clarissa acreditou que estavam rindo provavelmente dela — Vou te apresentar...
— Então foi essa a escolhida? — A mulher que estava ao lado de Guilherme pergunta, o interrompendo
— Clarissa vamos embora — Eduarda a chama, mas Clarissa nem responde, está com o coração acelerado
— Escolhida para quê? — Ela pergunta, se dirigindo a mulher
— Clarissa por favor, vamos embora — Eduarda insiste
— Vamos para casa Clarissa — Guilherme olha para as pessoas que o acompanhavam — depois conversamos — Guilherme a segura pelo braço para irem embora, mas ela percebe que estão lhe escondendo algo, ela puxa o braço e mais uma vez pergunta a mulher.
— Escolhida para quê? — todo o seu corpo está tremendo, mas Guilherme insiste.
— Clarissa vamos embora, as pessoas estão olhando — Ela o fuzila com o olhar, pois sabe que ele tenta esconder algo. Ele nunca tinha visto aquele olhar que ela lhe deu, o medo toma conta dele.
— Eu cresci com pessoas, me olhando — Ela olha para a mulher esperando uma resposta
— Para ser a esposa dele para que ele se tornasse o presidente da Construtora Magalhães, essa foi a condição que o pai lhe deu, para lhe passar a presidência, casar — Clarissa sente como se tivesse sido esbofeteada, ela olha para ele
— Clarissa, vamos embora, eu posso explicar — Guilherme fala já desesperado — não é nada disso... — mas a mulher continua
— Você achou mesmo que ele estivesse apaixonado por você, olha para você, uma aleijada — Eduarda que estava ao lado, dá uma sonora bofetada na mulher
— Se a chamar assim de novo, eu quebro todos os seus dentes — Lágrimas já correm pelo rosto de Clarissa, não por ter sido chamada de aleijada, mas por estar se sentindo traída e usada, ela começa a se afastar devagar, o mundo parece ter desabado sobre ela
— Irmã vamos embora — Eduarda tenta segurar o braça da irmã, que puxa e sai do bar com todos a olhando, ela pede o seu carro ao manobrista
— Você vai comigo — Guilherme fala, pois foi atras dela, ele ainda não sabe o que fazer, mas precisa fazer algo, ela precisa o ouvir. Clarissa olha para a irmã
— Você sabia dessa condição? — Eduarda não responde — Você sabia dessa condição Eduarda? — Eduarda começa a chorar, ainda sem responder — VOCÊ SABIA? — Clarissa grita sem se importar de estar fazendo um escândalo. Eduarda apenas confirma com a cabeça — VOCÊS SÃO UNS MONSTROS, MINHA PRÓPRIA IRMÃ, MINHA PRÓPRIA IRMÃ ME TRAIU — Clarissa chora copiosamente
— Clarissa deixa eu explicar — Guilherme tenta se aproximar dela, ele precisa que ela ouça o que ele tem a dizer.
— NÃO ME TOQUE, NUNCA MAIS ENCOSTE AS SUAS MÃOS EM MIM. COMO DEVEM TEREM RIDO DE MIM. A ALEIJADA ACREDITANDO NO AMOR DO COBIÇADO GUILHERME MAGALHÃES — O manobrista lhe entrega a chave, ela olha para a irmã parada a sua frente, — Você sempre me defendeu, Eduarda. Quando riam de mim, quando zombavam de mim, você sempre me defendia, como deixou que me usasem, como deixou fazerem isso comigo? —Fala triste com Eduarda. Com o rosto banhado pelas lágrimas, ela encara os dois, ora um, ora outro — EU ODEIO VOCÊS, ODEIO!!! — Ela entra no carro, e Guilherme tenta impedir que ela saia naquele estado, mas ela acelera ainda com a porta do carro aberta.
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Atualizado até capítulo 57
Comments
tuca
o pior é ele nao ter nem mandado a mulher que tava com.ele.calar a boca e.deixou ela.humikhar a.clarissa
2025-01-12
1
gata
🥺 coitadinha 😢
2025-01-17
0
Sonia Beatris
Deveria ter contado,e outra e nunca disse eu te amo pra ela,vacilou
2025-01-06
0