5- Hector freeman

Senhor Freeman, acho que já dei uma descrição completa do seu escritório, mas se o senhor quiser mais prova, posso fazer a descrição de tudo que vi até chegar nesse andar.

murmurou me despertando do ápice

- Não será preciso, senhorita Thompson. Já encerramos por aqui, Tenho mais algumas candidatas para entrevistar, até o final da semana minha secretária entrará em contato informando minha decisão.

Falo frio, percebendo seu descontentamento com minha decisão. Após um suspiro, ela se levanta ajustando a blusa de modo que os botões ficassem todos alinhados e formando uma linha reta. Alisando a saia, ela se virou para a porta me dando as costas e a visão mais perfeita de suas curvas. Nádegas redondas e fartas surgiram na linda dos meus olhos me fazendo contorcer na cadeira. Tive que disfarçar minha tensão quando ela se virou novamente encontrando meus olhos. Engolindo em seco, esperei que ela me dissesse logo o que queria e fosse embora, não tinha certeza se poderia confiar na minha capacidade de resistência por mais tempo.

- Algo em seu rosto me diz que se alguém me ligar será para dizer que a vaga já foi preenchida. Você pode dizer por que ? Por que não me contrataria para trabalhar em sua empresa? Eu tenho todos os requisitos da vaga , além da minha memória que para muitos é uma grande vantagem.- balbuciou com uma expressão séria e determinada, concentrando em prender meu olhar junto ao seu.

- Eu não sei se senhorita percebeu ou se não foi informada, mas existe um padrão no banco Freeman's, e você está longe de se encaixar nas minhas exigências. A agência cometeu um equívoco ao te-la enviado, fazendo-a perder tempo.

Eu podia ver seu peito subir e descer em prol do nervosismo.

- Como?

Dando um passo para frente ela ficou ainda mais proxima, sentir a intensidade avassaladora de seus olhos na mesma proporção da tensão que se intensificou em meu corpo.

- Isso mesmo que a senhorita ouviu.- Pronunciei mantendo a calma que já não existia.

Zaya estalou o dedo com força. Ignorei sua explosão me mantendo tão implacável quando antes, seu rosto ficou vermelho expondo sua irritação, o que a deixou ainda mais linda.

- Acho que você deveria ler as leis do nosso país . Destaque para os direitos civis de 1964, a qual proíbe a adoção de qualquer prática discriminatória e limitativa para efeito de acesso a relação de trabalho, ou de sua manutenção, por motivo de sexo, origem, raça, cor, estado civil...

- Eu faço minhas próprias leis, Senhorita Thompson! - Esbravejei, me colocando em pé, forçando as duas mãos em cima da mesa.

A garota insistiu em se manter em minha frente, me encarando com a mesma coragem de antes. Ou ela era tola o suficiente para não ver o quanto eu estava me segurando para não segura-la em meus braços, ou insistente e teimosa demais para desistir da vaga. Nem e nem outro. O seu corpo dava indícios de que estava tão tensa quanto eu, tão desesperada quando eu. Ela engoliu em seco, e dei um sorriso por dentro.