Sou Rebeca, bem vindo! Vou acompanhá-la até a sala aonde as outras candidatas estão. - balbuciou mostrando seu constrangimento após verificar meu nome na lista em seu computador. - Estes são os documentos que devem ser preenchidos antes de entrar na sala do senhor freeman. Leia e assine antes de ser chamada.
- Só uma pergunta, se me permite?
Ela apenas meneou a cabeça sem parar de caminhar feito modelo .
- Quem vai nos entrevistar?
- Senhor Hector Freeman!
Travei no lugar feito mula. Era evidente que não estava preparada para encara-lo
- Nenhuma funcionária desse prédio é contratada sem antes passar pela aprovação do senhor Freeman, ele faz questão de conhecer cada uma independente do setor e cargo. - Ela continuou falando, mas parou assim que me viu no mesmo lugar - Você não vem ?
- A sim, e você sabe me dizer o por quê disso?
- Ele exige uma padrão a ser seguido por qualquer funcionário.
- É algum distúrbio? - Falei tentando colher qualquer tipo de informação que me salvasse de entrar naquela sala.
- Podemos ir ? - Falou ignorando minha pergunta sem fazer questão de esconder seu desagrado.
Felizmente, o corredor que levava à sala era curto, e consegui dar alguns passos sem vacilar. Seguindo o mesmo padrão do saguão, móveis pretos e decoração um tanto triste, ela me conduziu a uma sala que parecia que alguém tinha vomitado Barbies girls. sincronizadas, dez loiras, cinco em cada lado, exibiam pernas cumpridas cruzadas todas para o mesmo lado, um vestido tubinho preto delineado em seus corpos esguios e perfeitos. E nos pés um scarpin de sola vermelha.
" Será que essa roupa e sapato também era uma exigência que eu deixei passar ?"
Disfarçando meu nervosismo, sentei na poltrona de microfibras apertando minha bolsa nos meus braços.
- Zaya ainda dá para fugir ! -Sussurrei
- shiiu...- Um coro uniforme suou das beldades .
Não chamar a atenção e manter a discrição estava difícil naquele lugar! Eu era a Suzi no meio das Barbies. Olhando em volta avistei uma porta escrito "Saída de emergência", fiquei encarando-a enquanto via a primeira candidata entrar. Tentada a desistir, eu mentalizei mais uma vez o porquê precisava daquele suposto emprego. A tão sonhada sociedade. Desde pequena que não fujo de um trabalho duro, minha vida se resumia a estudar incansavelmente e ajudar meu pai na lanchonete na garagem da minha casa. Depois, consegui uma bolsa de estudo para cursar jornalismo na melhor faculdade de Washington e me formei com honras, meu primeiro e único emprego foi na revista Jovi's. Eu trabalhei bastante, durante anos fazendo as piores loucuras para obter um flagra para chegar onde estou hoje. e não podia desistir, não agora que estava tão perto. Só precisava dispensar algumas candidatas ..." Pensa Zaya, pensa "
Era difícil me concentrar em algo quando a minha atenção continuava nas letras bufantes da saída.
Me virando para a candidata ao meu lado, eu cochichei;
- Sabe, se eu não precisasse desesperadamente desse emprego eu nunca viria a essa entrevista.
- Por que? - Ela me olhou com um ar de inocência.
- Você não sabe? - Coloquei a mão na boca para deixar trágica a história.
- Não o que ?
Despertei a curiosidade da outra candidata que também se aproximou.
- A última assistente dele só durou uma semana e mesmo assim saiu daqui direto para a terapia. Dizem que ele gritava tanto que traumatizou a coitada.
Nem terminei de falar e já acompanhei com os olhos as duas saírem da sala. Agora só faltam oito! Não me julgue, estou desesperada!!!
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Atualizado até capítulo 105
Comments
Ana Karol Campos
lubutim
2025-02-04
0
Viviane Maria da Silva
comerçando 29/04/24
2024-04-30
0
Elizabeth Fernandes
Tô amando
2024-04-01
0