A viagem

Saray chega em frente a vila onde mora. Iago desce do carro e abre a porta para ela, enquanto as suas vizinhas ficam a observar e cochichando...

— Olha que carro bonito.

— Hum, bonito mesmo é o homem com ela.

Saray percebe, mas as cumprimentam por educação.

— Boa tarde!

— Boa tarde! — respondem ao mesmo tempo.

Iago só as cumprimentam a acenar com a cabeça. E então, caminham em direção a casa dela, quando ela vê de longe o seu pai.

— Papai? — grita ela.

Ele então para, e os espera.

—Oi, meu Rubi — responde ao dar-lhe um beijo na testa.

— Boa tarde, senhor— disse Iago lhe estendendo a mão.

— Boa tarde, meu rapaz.

Eles vão a caminhar até que chegam em casa.

— Por favor, entre.

— Não, senhor. Agradeço o seu convite, mas vim somente trazer a sua filha — respondeu com um sorriso.

— Faço questão que entre, iago. Por favor.

— Certo, princesa.

Eles entram, e se sentam.

Nesse momento, chega a irmã de Saray, Tiffanny

— Boa noite, família! — disse colocando a mochila em cima do sofá.

— Boa noite, maninha.

— Boa noite, filha.

— Boa noite, Tiffanny.

— Iago? Que milagre você por aqui.

— Voltei de viagem hoje, e vim correndo para ver a sua irmã.

Saray cora, e Tiffanny dá risada.

— Minhas filhas, eu preciso falar com vocês e eu preciso que você fique, Ia'go.

— O senhor tem certeza de que quer que eu fique?

— Sim, claro.

Tiffanny então se senta.

— O que o senhor tem para dizer, papai?

— Bom, minhas filhas, vocês sabem bem das poucas e boas que nós já passamos e eu cometi muitos erros no passado, dos quais eu me arrependo muito. E eu quero recomeçar. Eu conversei com om a Saray hoje pela manhã sobre o assunto. Quero que nos mudemos para o interior, para Forlí Cesena!

— Oi?! — perguntou Tiffanny colocando as mãos na boca.

— Não gostou, filha?

— Tá brincando? Eu amei! Tudo que eu queria era me mudar dessa cidade. Para quando vamos?

— Para daqui uns dias. Mas, parece que a ideia não te agrada muito, não é, meu rubi?

— Para ser sincera, papai, eu não sei. Até porque, eu tenho o meu trabalho aqui, a Tiffanny tem a escola, tem os treinos, tem a minha amiga, é complicado. Tem o Iago que trabalha, e ficaria ainda mais longe para ele ir me visitar.

— Quanto a isso não se preocupe, linda. Eu posso ir sim, visitar-lhe por mais distante que seja. Você pode vender os seus trabalhos, pode vender os seus vasos que restaurou que são lindos, pode trabalhar como babá porque você leva jeito com crianças e podem encontrar escolas para sua irmã. Lá tem! Um colégio maravilhoso com curso técnico e que não é muito difícil de se arrumar uma vaga.

— Vai, irmãzinha. Por favor, diz que sim! — disse Tiffanny segurando as mãos de Saray, fazendo biquinho na tentativa de convencer a sua irmã.

— Tá bom, tá certo. Eu aceito. Vocês me convenceram.

Então, eles se abraçam e comemoram.

Três dias depois...

Alerrandro se prepara para viajar.

— Pai, eu já estou indo — disse ele ao entrar no quarto.

— Já? — perguntou Alerrandro ajeitando a gravata.

— Sim, eu vou agora para poder ir ajeitando as coisas para com antecedência para receber o novo carregamento.

— Seri,filho. Até breve — responde e abraçar o filho.

— Até, pai — respondeu abraçando de volta — ah! O Wallace vai comigo, tá?

— Certo, filho. E até melhor mesmo. Vão com Deus!

— Amém, pai.