Capítulo 20 — Um Passeio

Ela para, olha para trás... E olha em seus olhos.

— Oi Vinícius.

— Podemos conversar?

Ela demora um pouco pra responder, fecha os olhos rapidamente, respira fundo e diz a ele:

— Eu ia te ligar.

— Eu preciso falar com você... Dê-me uma oportunidade de me explicar.

— Tudo bem.

Como próximo a eles havia uns bancos em frente um lago... Ele pergunta:

— Podemos nos sentar ali?

— Podemos.

Eles vão até ao banco e se sentam. Os dois ficam de frente para o lago e sentados lado a lado sem encarar um ao outro...

— Estou ouvindo Vinícius... Explique-se.

— Eu quero te dizer que meu relacionamento sério com ela foi por pouco tempo... Foi um ano e tivemos um relacionamento conturbado até que a peguei transando com dois garotos de programa na casa dela...

Vitória arqueando as sobrancelhas.

— E isso foi o motivo que te fez bater nela?

— Contribuiu... Mas não... No dia, os caras foram embora imediatamente e eu disse a ela que estava tudo terminado. Ela surtou totalmente... Quando eu ia saindo, ela pegou uma faca, começou a me ameaçar dizendo que eu não ia sair. Eu tirei a faca da mão dela, ela começou a me bater e num ato instantâneo de fazer para-la, eu acabei fazendo isso. Ela imediatamente ficou paralisada e eu fui embora. Mas eu juro a você que me arrependo amargamente. Foi assim que aconteceu.

— Mas ela disse que vocês continuaram a ter um caso Vinícius.

— Sim. Eu não tinha nada sério com ninguém e ela posteriormente a essa situação me pediu desculpas... Voltamos a nos falar... E foi isso...

Com os dois ainda olhando para o lago, Vitória comenta:

— Complicada essa situação Vinícius... A mulher parece que está me perseguindo. Aonde eu vou, ela está... Não estou entendendo.

— Acredito que ontem a noite foi coincidência.

— Que seja! Você se meteu com um ser da pior espécie.

— Sim, eu errei! Mas agora encontrei alguém que vale a pena e não quero nem pensar em perder.

Ele vira-se para ela, ela continua olhando para o lago e ele pergunta:

— Pode falar comigo me olhando agora?

Ela virando-se.

— Posso.

Ele pega em seu rosto, faz um carinho e diz:

— Eu te amo Vitória!

— Você não acha que está muito cedo para falarmos de amor?

— Bom, se formos calcular assim, a primeira coisa que fizemos foi cedo até demais.

Ela sorri e voltando a olhar para o lago...

— Linda essa paisagem... Acho que eu ficaria aqui por horas apenas pensando na vida.

— Você é mais linda ainda!

Ele a vira novamente e gentilmente... E dessa vez a beija com muita paixão. Depois pergunta:

— Está tudo bem entre a gente?

— Não...

Ele levando um susto...

— Não Vitória? O que eu tenho que fazer para você me perdoar? Diz pra mim, que eu faço.

Ela levanta e fala sorrindo quando começa a correr.

— Me alcançar...

Ele também sorri quando pronuncia o nome dela e vai atrás...

— Vitória... Seu desejo é uma ordem!

Depois de um tempo ele alcançando-a e pegando em seu braço.

— Peguei... Estou perdoado?

Ela ofegante, bebendo uma água.

— Eu me rendo, não aguento mais... Já treino há anos... Mas você foi melhor, admito... Ufa!

— Estou ou não estou perdoado?

Ela sorrindo-lhe.

— Sim, está!

Ele sorri e a abraça... E ela diz:

— Ai... Estamos suados.

— Estando abraçado com você vale tudo. — Ele a beija e pergunta. — Podemos ir daqui para outro lugar? E passar o dia todo, o final de semana inteiro, fora?

— Não posso.

— Por quê?

Ela sorrindo-lhe pensando em Clara.

— Minha sobrinha já está me esperando em casa para eu leva-la ao shopping, comprar a boneca dela, levar ao cinema e tudo o que você possa imaginar num passeio de criança.

Ele desanima e diz:

— É uma pena! Mas, eu posso ir com vocês?

— Não sei se você vai curtir esse passeio, Vinícius.

— Prazer, tio Vinícius entrando em ação.

Ela sorrindo-lhe.

— Ok... Podemos nos encontrar no shopping, então?

— Claro... Só me passar qual você estará.

— Sim... Tenho que ir agora, me arrumar. Enquanto vou ser a babá dela, os pais dela é que estão se divertindo por aí...

Ele diz:

— Depois teremos o nosso dia...

— Com certeza!

— Vai de táxi porque depois eu levo vocês.

— Sim. Deixe-me ir. Ela já deve estar agoniada.

Eles beijam-se e despedem-se momentaneamente...

...***...

Em um hotel da cidade... Adriana e Márcio... Estando abraçados...

— Até que enfim um tempo para chamar de nosso Márcio.

— É muito bom... Vamos aproveitar enquanto temos tempo.

— Concordo plenamente meu amor.

Eles beijam-se e continuam se amando...

...***...

Na casa de Cibele... Suellen recebendo uma mensagem de Renato...

“Vou te achar e acabar contigo!”

Ela chora, fica trêmula e Cibele a encontrando-a.

— Prima... O que houve? — Ela mostrando-lhe o celular, Cibele fica revoltada.

— Desgraçado, depois de tudo que aconteceu ontem... Vamos agora à delegacia da mulher, Suellen...

— Mais...

— Nem mais e nem menos... Você tem que dar o primeiro passo. Se você não falar, eu falo tudo por você... Vamos agora.

— Você está certa... Vamos... Ódio desse nojento.

Fábio chegando até elas.

— O que houve amor?

— Olhe isso... Nós vamos agora prestar queixa.

Fábio visualizando a mensagem e achando um absurdo.

— Eu vou com vocês.

— Obrigada amor... Vamos...

...***...

Na casa de Vitória... Clara indo até a ela...

— Tia, a senhora demorou demais.

— Calma meu amor... Nós vamos sair e almoçar, depois ir ao cinema...

— E minha boneca?

— E comprar sua boneca. — Diz Vitória olhando-a com carinho.

Celina diz a sua filha:

— Ela estava ansiosa por sua chegada.

— E a Lilian, onde está?

— No quarto dela... Adriana e Márcio foram passear...

— E a senhora vai ficar em casa? Não quer ir conosco?

— Vou ficar meu amor... Não se preocupe.

— Tudo bem, então... Clarinha...

— Oi tia...

— Tio Vinícius vai conosco, tudo bem?

— Que legal! Vou pedir um brinquedo a ele também.

Vitória ri e Celina diz a sua neta:

— Não Clara, de jeito nenhum!

— Ah, vó...

— Nem pense em fazer isso!

— Tudo bem...

Vitória fala a ela:

— Vou subir e já desço para irmos...

— Tudo bem tia, não demore.

Vitória sobe para se arrumar.

...***...

Quando Cibele e Fábio voltam com Suellen...

— Está mais calma Suellen?

— Um pouco prima, mas ainda com medo...

— Não fique assim... Vamos curtir nosso fim de semana porque a partir de segunda seu trabalho começa.

Ela sorri e pergunta:

— Aquele rapaz sobe muito lá?

— Hummm... Sim... Ele faz a segurança da Vitória, lá dentro e fora também quando é preciso... Geralmente em eventos... Só ainda não sei como liberaram a entrada daquela mulher mais de uma vez.

— Que mulher?

— Nada prima, deixe pra lá.

— Tudo bem... Ele... É solteiro?

— Que eu saiba sim... Thomaz é uma boa pessoa... Vocês bem que podiam ter algo... Vou sondar isso.

— Que isso prima! Não... Não posso.

— Porque não? Eu hein... Bobinha.

Elas sorriem e Suellen agradecendo-lhe.

— Obrigada pela força que vocês estão me dando.

— Não é nada! Vamos almoçar? Meu esposo lindo está preparando algo delicioso, tenho certeza...

— Vamos...

...***...

Vitória sai com sua sobrinha saltitante e elas chegam ao shopping... De imediato, Clara avistando Vinícius.

— Olha lá... Seu namorado chegou tia...

Vitória sorri... E ele vai ao encontro delas. Vinícius a beija e Clara fala:

— Ah, não... Vocês estão iguais ao papai e a mamãe... Eca...

Os dois sorriem e Vitória pergunta:

— De onde essa menina tirou isso?

— Sou muito inteligente tia...

Vinícius pergunta:

— E o tio Vinícius merece um abraço?

— Simmmm...

Ele a pega no colo... E diz:

— Agora sim... Estamos parecendo uma família feliz.

— Você vai me dá presente?

— Clara... O que sua vó falou com você quase agora?

— Caramba, é verdade... Vovó pediu para eu não te pedir nada tio Vinícius.

Vitória e Vinícius rindo dela, ele pergunta a menina:

— O que você quer minha princesa?

— Não Vinícius...

— Deixe Vitória... — Diz ele segurando Clara ainda. — Diga meu anjo.

Clara, estando pensativa.

— Tia Vitória vai me dar uma boneca. Pode ser um estojo de maquiagem.

— Fechado. Sua tia escolhe pra você, tudo bem?

— Tudo bem. — Clara responde dando um beijo em seu rosto.

Vitória sorrindo vendo a cena.

— Meu Deus! Vinícius não a mime demais, se não ela acostuma. Olhe como já estou fazendo o que ela quer...

— É um prazer.

— Tia...

— Oi...

— Minha boneca...

— Vamos comprar essa boneca logo, princesa...

— Êbaaaaa... E depois a maquiagem.

— Tá bom e depois a maquiagem.

Os três rindo encaminham-se para a loja.

...***...

Depois, quando os três estão almoçando...

— Até que está sendo divertido Vitória.

— Está sim... Ela é muito doce... Eu a amo demais.

— Eu também estou esperando ouvir um eu te amo desde cedo.

— Seu bobo... Claro que eu amo você. Estamos vivendo e vamos deixar tudo acontecer com calma, agora, pode ser?

— Só de ouvir esse te amo, já ganhei meu dia... Podemos sim... Vou amar isso.

Eles se beijam novamente... E Clara continua entretida com a boneca...

Depois...

— É a primeira vez que tenho essa experiência. É bom que a gente já testa para quando nosso filho nascer.

— Vinícius...

— Ele vai ser lindo.

— Já está decidido, vai ser homem?

— Sim, o primeiro vai ser homem.

— E se for mulher?

— Sendo de você, será maravilhoso de qualquer forma...

— Vinícius, vamos almoçar, vamos. — Diz ela sorrindo-lhe enquanto ele faz um carinho nela.

...***...

Miguel vai até a casa de Lilian... Celina abre a porta.

— Miguel, que bom vê-lo por aqui.

— Bom vê-la também senhora Celina e aproveitando o ensejo, gostaria de pedir permissão para namorar sua filha Lilian.

— A permissão já foi dada antes de você pedir... Por favor, só não a faça sofrer...

— Ela não vai sofrer.

— Bom saber disso... Sobe, ela está no quarto dela... Segunda porta a sua direita...

— Obrigado senhora Celina.

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