Capítulo 15 — Decepção Fraternal

Vitória levanta a cabeça calmamente e responde com outra pergunta:

— O que você está fazendo aqui sua desgraçada? Era para estar presa...

— Hahaha... Presa, eu? Já ouviu falar em fiança, tolinha?

Vitória levanta e Vinícius que estava de frente para ela, também se levanta e fica de frente para Alexia, deixando Vitória atrás dele protegendo-a.

— Deixe-nos em paz Alexia! Já te pedi.

— Ah... Meu Vinícius... Você está chateado, está? Você ainda não viu nada do que eu sou capaz de fazer.

Vitória olhando-a com muito ódio.

— Some da minha frente... Se não eu vou te dar uma surra aqui mesmo... Que você nunca mais vai esquecer.

— Hahaha... Será lindo para sua reputação... Amanhã estará em todas as matérias.

Vinícius sendo enfático mais uma vez.

— Some daqui Alexia!

— Eu vim para almoçar e aqui ficarei meu amor.

Juliano chega logo atrás e depara-se com a cena. Alexia que estava de frente e Vinícius e Vitória de costas... Quando o vê, logo fala:

— Muito bom você ter chegado meu amor... Vamos almoçar.

Vitória quando o vê, estranha totalmente a presença dele ali.

— Juliano?

— Oi Vitória. — Responde ele seriamente.

— Quem é esse cara Vitória? — Pergunta Vinícius ame entender.

Alexia prontamente responde a ele:

— Ex-noivo dessa aí, eles iam se casar... Mas ela não soube segura-lo. — Alexia fala essa frase gargalhando e debochando de Vitória. — Já eu Vitória o seguro há mais de três anos.

Aquela informação para Vitória entra como um choque por naquele momento ter a certeza que foi apenas mais uma na vida dele. Vitória engole em seco e responde a provocação:

— A situação é bem contrária a essa que você acaba de falar... Mas, como isso não já tem importância... Pra mim tanto faz com quem o Juliano transa ou deixa de transar.

— Tem certeza Vitória?

— Absoluta!

— Então você não vai se importar em saber que há dois meses ele está transando com a sua irmã mais nova? — Mais uma vez Alexia saindo-se vitoriosa ri com muita maldade após essa informação.

Vitória leva um terrível susto e faz menção e ir para cima de Juliano, mas Vinícius não deixa.

— Deixe-me passar Vinícius.

— Não!

Ela direciona-se para Juliano e pergunta a ele:

— Como você pôde fazer isso com a minha irmã? — Pergunta Vitória com lágrimas em seus olhos.

— Das três, duas já foram... Agora só falta a terceira. — Responde ele cinicamente.

Quando ele fala isso, Vinícius parte com tudo para cima e esmurra-o... Ele tenta revidar, mas não obtém sucesso. Vinícius dá dois socos nele... E Juliano vai pra traz, mas volta... Querendo ataca-lo.

Vinícius olha com toda raiva do mundo e ainda propõe:

— Vem. Eu quebro você inteiro.

Vitória posicionando-se a frente de Vinícius.

— Pare, por favor.

Juliano para, toca em sua boca e vendo resquícios de sangue.

— Vocês vão me pagar por isso!

Vinícius o olha com muito ódio e depois...

— Garçom...

O garçom prontamente aparecendo.

— Sim, senhor Vinícius.

— Aqui está o dinheiro para pagar esse almoço.

— Aqui tem mais do que o necessário, senhor Vinícius.

— Não tem problema, obrigado.

Alexia fica rindo com a situação e Vitória fica olhando-a com muita raiva.

— Sua ordinária, a próxima vez que você aparecer na minha frente, vai apanhar.

— Garçom, traga seu melhor champanhe... Para eu brindar... E um gelo para esse ser aqui cuidar do machucado. — Diz Alexia rindo bastante daquela cena toda e sendo cínica com Vinícius. — Ainda sabe bater bem.

— Cale a sua boca.

Vitória desnorteada com a notícia que Juliano deu não se liga na fala de Alexia. Vinícius pega na mão de Vitória e com raiva de Alexia fala à sua amada:

— Vamos embora agora Vitória!

— Vamos Vinícius.

...***...

No almoço de Miguel e Lilian...

— Acredito que está na hora de irmos, Miguel.

— Sim, sim... Tenho que voltar para a empresa.

— Então vamos...

Eles finalizam e seguem para o carro dele. Algum tempo depois... Eles que chegam à casa de Lilian...

— Obrigada pelo almoço, Miguel... Foi muito agradável estar em sua presença.

— Obrigado você, pela companhia.

— Bom, eu já vou então.

Quando ela faz menção de sair, ele a interrompe e a beija e ela retribui com muito carinho.

Depois...

— Ualll... Miguel... Você beija bem...

— Isso é foi um elogio? — Pergunta ele sorrindo-lhe.

— Com toda certeza! Mas preciso experimentar novamente só pra não ficar com dúvidas.

Dessa vez, ela é quem o beija com muita paixão...

...***...

Vitória no carro com Vinícius... Indo para reunião... Chorando bastante.

— Desgraçado!

— Calma Vitória...

— Ele não podia ter feito isso Vinícius... Como conseguiu me enganar. — Vitória num momento de lucidez enxugando suas lágrimas. — Agora entendi o porque da Lilian estar daquele jeito... Meu Deus, como fui burra!

— Vitória, não fique assim. Sua irmã é que foi burra... Sabendo do que aconteceu e ainda assim acreditar naquele cretino?

O telefone de Vitória toca e sem olhar, ela atende com raiva.

— Alô...

— Tia Vitória?

Imediatamente ela fica mais calma e secando o restante de suas lágrimas...

— Oi minha princesinha... Diga.

— Eu tô ligando pra lembrar a senhora que amanhã nós vamos sair para comprar minha boneca... A senhora prometeu... Não esquece...

— Claro princesa... Amanhã nós vamos sair sim para comprar sua boneca. — Fala Vitória num tom mais doce possível.

Vinícius ri com carinho e faz um carinho nos cabelos de Vitória rapidamente enquanto dirige... Vitória vendo o nome da irmã no visor.

— Você pegou o celular de sua mãe de novo, não é mocinha?

— Ela não quer me dar um e nem a senhora quer. — Diz Clara com sua doce voz.

— Clarinha... A tia já disse que não pode dar um celular a você sem a autorização da sua mãe... Já conversamos sobre isso, lembra?

— Lembro tia.

— Agora a tia vai desligar e você vai devolver o celular a ela, entendeu?

— Entendi tia... Mas nós vamos sair amanhã! — Diz ela entusiasmada.

— Vamos sim. A tia está trabalhando, tenho que desligar tá bom?

— Tudo bem... Eu amo você! Tchau... Um beijão...

— Também te amo princesa... Tchau... Outro beijão...

Vitória fazendo um barulho de beijo e desliga o telefone. Vinícius rindo com muito amor.

— Você muda completamente quando fala com ela.

— Ela me deixa feliz... Tantos problemas e ela deixa meu dia melhor, mais leve.

— Que bom... Chegamos.

— Sem estrutura para participar Vinícius.

— Eu sei... Mas fique tranquila!

— Sim, vou tentar.

...***...

Quando entram na sala... Alberto recebendo-os.

— Que maravilha vê os dois de mãos dadas...

— É minha linda Vitória, pai.

Vitória dá um sorriso meio triste, Alberto percebe e pergunta à ela:

— Está tudo bem Vitória? Está com uma carinha desanimada.

— Está sim, senhor Alberto... Estresses diários somente.

— Entendo... Daqui a pouco os outros chegam e podemos começar.

Os dois consentem... Algum tempo depois, os outros empresários chegam e eles começam a reunião... Vitória só consegue pensar em Alexia dizendo que Juliano e Lilian estão tendo um caso.

...***...

Na empresa de Vitória...

Suellen, prima de Cibele chega conforme combinado para começar em sua contratação... Ela chega com uma blusa preta de manga curta e gola alta.

Cibele a recebendo-a.

— Prima...

— Oi prima... Quero te agradecer por esse emprego. — Diz Suellen com um sorriso triste.

— Que isso... Tudo bem... Menina, você não está com calor com essa gola? Hoje está quente.

— Não, não... Estou bem.

— Tudo bem... Dê-me seus documentos, vamos ao departamento para resolver tudo e você já resolve o exame médico hoje também.

— Exame médico?

— Sim... É rápido! São apenas perguntas de praxe, fique tranquila... Vamos?

— Sim, vamos. — Responde Suellen estando receosa.

...***...

Na casa de Adriana... Ela vendo sua filha com seu celular nas mãos.

— Clara, devolve meu celular... Pra quem você ligou?

— Pra tia Vitória, mãe... Ela prometeu que amanhã vai comprar minha boneca.

— Sua tia está trabalhando minha filha.

— Ela disse que vai mãe...

Adriana sorrindo-lhe.

— Tudo bem, mas não pegue mais meu celular sem eu saber, ok?

— Tudo bem... Paiiiiii. — Ela vai abraçar o pai... Ele a pega no colo.

— O que houve pra chegar mais cedo, amor?

— A Vitória foi pra um encontro de empresários e como é sexta-feira não tinha nada de importante para resolver. Decidi vir embora para ficar com minhas duas princesas...

— Ah, então... Podemos sair hoje, e depois conversar sobre aquela química... O que acha? — Pergunta Adriana maliciosamente.

— Oba... Vamos pai... Aceita? — Responde Clara de imediato.

Os dois riem e Márcio pergunta à sua esposa:

— A química vai ficar pra outro dia... Ainda vai querer sair?

— Vamos nós três. — Diz Adriana indo abraça-los.

— Ehhhhh... — Clara comemora.

Os dois riem...

...***...

Na volta do exame de Suellen... Ela notando o olhar de Cibele.

— Posso ir embora agora Cibele?

— Suellen, sente-se! — Diz Cibele, estando muito séria.

— Por quê? Eu preciso ir embora. Segunda, às 8h estarei aqui...

— Eu vi a marca no seu pescoço quando o médico baixou a gola da sua blusa. Aquele idiota está te batendo, não está?

— Não prima, claro que não! — Responde ela com medo.

Cibele sendo muito incisiva.

— Fale a verdade Suellen. — Ela abaixa a cabeça e chora. — Pode confiar em mim, prima.

— Sim, Cibele.

— Há quanto tempo?

— Há um ano.

— E você não denunciou esse miserável, ainda, por quê?

— Não é sempre.

— Não interessa com qual frequência isso acontece... E sim, que acontece. E não deveria acontecer... Você ainda o defende falando assim, sabia? Que absurdo! Ele vai acabar te matando dessa forma.

— Não brigue comigo, por favor.

Cibele andando de um lado para o outro sem saber o que fazer.

— Você tem que sair de casa... Está disposta a fazer isso?

— Sim, estou! É o que mais quero... Mas ele disse que se eu sair, ele me caça em qualquer lugar... Eu teria que buscar minhas coisas e...

Thomaz, o chefe da segurança chega e pergunta à Cibele:

— Cibele, gostaria de saber se a senhora Vitória vai precisar dos meus serviços ainda, já que ela saiu, não pediu que fôssemos com ela e... — Ele vendo Suellen chorar. — Algum problema senhorita?

— Não... Não... — Responde Suellen enxugando suas lágrimas.

— Tive uma ideia... Thomaz... Desculpe-me por te ocupar, mas você poderia me fazer um favor? — Pergunta Cibele a seu amigo.

— Se eu puder Cibele, claro... Você já me ajudou tanto...

— Essa é minha prima Suellen... Ela precisa sair de casa e o covarde do namorado não quer deixar. Preciso que você a acompanhe para ela pegar as coisas dela e não deixar que ele encoste a mão nela, óbvio.

— Prima... Eu nem conheço esse homem. — Diz Suellen sem acreditar naquela situação.

Cibele rindo com carinho...

— Garanto a você que o Thomaz é muito mais homem que seu namorado. Já o conheço há anos.

— Obrigado pelo elogio Cibele... Com certeza, eu posso ir. — Responde Thomaz sendo muito simpático. — Vamos agora senhorita?

— Se ele fizer algo?

Thomaz mostrando-lhe sua arma.

— Não vai fazer. Fique tranquila!

Cibele sorrindo-lhe.

— Se precisar o Thomaz saberá ser simpático com ele Suellen... Eu não posso sair daqui agora... Mas fique tranquila... Vá com o Thomaz... Depois você vai ficar em minha casa.

— Obrigada prima...

— Então vamos. — Diz Thomaz sendo muito solícito.

— Vamos. — Diz Suellen olhando-o com gratidão.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***