Na casa de Vitória... Após o jantar, quando Adriana já foi embora com sua família, Lilian saiu... Ficando apenas Vitória e sua mãe.
— Está tudo certo, filha... O filho do meu amigo estará lá amanhã cedo.
— Tudo bem mãe... Ai, minha voz de novo...
— O que houve filha?
— Hoje me aborreci e me engasguei na hora de uma conferência... Aí fiquei com a garganta assim...
— Já foi ao médico?
— Sim. Fui ao ambulatório da empresa. Estou com um spray de própolis aqui...
— Tá bom, cuide-se... Só mais uma coisa...
— Oi mãe...
— Você tem ideia de com quem a Lilian está saindo?
— Não faço a mínima ideia mãe. Dessa vez ela não disse nada.
— Tudo bem. — Responde Celina estando pensativa.
— Boa noite, mãe... Te amo...
— Também te amo minha princesa...
Vitória sorri e sobe para seu quarto...
— Vou dormir...
Quando Vitória entra em seu quarto.
— Ontem há essa hora estávamos juntos... Foi tão bom... Vitória olha essa garganta, pare de forçar.
De repente, o telefone dela toca, ela atende e...
— Alô...
— Vitória de Menezes Cavalcante?
— Sim... Quem está falando?
— Não reconhece minha voz?
Ela engole em seco e pensa.
“É ele!” — Não, não reconheço... — Ela tosse um pouco. — Desculpe... Minha garganta está doendo... Não posso ficar falando muito.
— Ainda não melhorou?
— Diga quem está falando, por favor?
— Vinícius... Vinícius de Alcântara Nascimento...
— Ah... Sim... Posso te ajudar em algo?
— Só queria ouvir sua voz... Quero dizer, queria mais coisa, porém, devido às circunstâncias, nesse momento, sua voz me satisfaz...
— Você é um abusado! Como conseguiu meu número?
— Você falou que seu nome estava na ATA de reuniões, aproveitei e peguei seu contato também.
— Abusado demais... Eu preciso desligar, preciso descansar minha voz. Amanhã tenho que trabalhar.
— Ok. Um beijo nessa boca linda...
— Outro...
— Outro?
— Não... Foi automático... Não quis dizer isso. Tenho que desligar, ok?
— Ok. Boa noite minha linda Vitória.
— Não sou sua, mas tenha uma boa noite...
Ele sorri. Eles desligam e ela sorri também.
— Minha linda Vitória... Meu Deus... Será que estou me apaixonando?
...***...
Na casa de Vinícius...
— Minha linda Vitória... A partir de amanhã vou começar a te conquistar...
...***...
Em um hotel, depois de fazerem amor... Lilian que está com Juliano...
— Isso não está certo Juliano! Não posso mais enganar minha irmã e minha mãe...
— Qual o problema? Não podemos nos apaixonar?
— Você traiu a minha irmã com a secretária dela. Acha isso normal?
— Aconteceu... E outra, a culpa foi dela... Vitória não me dava atenção...
— Aconteceu? Vocês iam se casar...
— Lilian, meu relacionamento com a Vitória já estava a um fio de terminar... Provavelmente antes do casamento...
— Como assim? Até uma cobertura ela comprou e mobiliou toda para vocês morarem...
— Como disse... Aconteceu.
— Já estamos há dois meses nessa situação... Não dá mais... Se minha irmã descobre... — Ela levantando-se.
— Vem aqui.
— Tenho que ir embora...
— Não, não vai... Quero você novamente...
Ele a beija.
Depois...
— Você acaba comigo assim.
— Eu sei. — Diz ele num sorriso vitorioso.
Novamente ele a convence e eles ficam a noite inteira ali...
...***...
Ainda na noite de quarta-feira...
Na casa de Cibele... Ela que conversa com seu marido, Fábio.
— Que carinha triste é essa, amor?
— Estou preocupada com a Vitória...
— Você e Vitória... Meu Deus... Se você não fosse casada comigo e fosse outras circunstâncias diria que é apaixonada por ela.
Ela sorrindo-lhe.
— Impossível, eu hein... Quem eu amo está aqui ao meu lado... E o que eu amo ela não tem amor... — Diz ela sorrindo pra ele e beijando-o. Ele também sorri. — Amo a Vitória sim, mas é como minha irmã... Ela já fez muito por nós... Inclusive nos deu esse apartamento de presente de casamento, não pagamos quase nada aqui de despesas, temos todas as regalias que ela teria... Você sabe qual a única condição que ela exigiu... Não se esqueça.
— Estou brincando... Ainda bem que você me ama, não é?
— E como? — Diz ela com o olhar malicioso.
— Nunca vou me esquecer do que a Vitória já fez e ainda faz por nós dois... Ela é uma verdadeira amiga... Mas porque você está preocupada?
— Você nem imagina o que aconteceu...
Ela conta tudo a ele.
— Caramba!
— É... E ela está apaixonada, apesar de não admitir.
— Fique ao lado dela... E ajude no que for preciso... Como você sempre faz...
— Claro, meu amor... Agora, vamos para o quarto que eu quero algo que só meu marido tem para me dar.
— O que Cibele?
— Muito amor.
Eles rindo vão para o quarto.
...***...
No outro dia... Pela manhã... Vitória desce as escadas e como sempre encontra sua mãe sentada à mesa tomando seu café...
— Bom dia minha filha... Não vai correr hoje?
Vitória que está praticamente sem voz... Aponta para a garganta e diz bem baixo:
— Não estou me sentindo bem...
— Minha filha... Não vai trabalhar hoje, vai?
— Vou sim...
Madalena aparece...
— O que houve Vitória?
— Minha garganta Madalena?
— Com certeza você está passando por alguma situação atípica.
— Por que Madalena?
— Você sempre ficava assim em época de provas. Seu lado emocional que está revelando-se automaticamente nesse porte de durona que você faz.
Celina ri e Vitória fala a aquela que foi sua babá.
— Não fale assim comigo Madalena. — Diz ela numa voz melancólica.
Madalena indo abraça-la.
— Ô minha Vitória... Tia Madalena vai fazer um chá de limão com mel pra você.
Vitória faz cara feia... E faz que não com a cabeça...
— Não...
Celina rindo.
— Acho que a Madalena conhece você melhor do que eu. Ela sabe que você odeia mel...
— Ela faz de propósito mãe, me salva.
As duas riem com carinho.
— Não precisa ir trabalhar Vitória...
Com a voz fraca, ela fala à sua mãe:
— Eu vou mãe... O filho do teu amigo, não começa hoje?
— Nossa, é verdade!
— Então... Vou aplicar esse spray de própolis toda hora, se necessário for. — Diz ela mostrando-lhe o spray.
— Tudo bem minha filha...
Algum tempo depois Madalena voltando.
— Pode tomar o chá... E nada de reclamar...
Vitória toma com o nariz tampado... Madalena e Celina riem dela. Lilian que viu o carinho de Madalena com Vitória chega dizendo a elas:
— Pra que tanto mimo Madalena? Você sempre preferiu a Vitória, não é?
— Não meu amor... Eu amo as três igualmente...
Celina repreendendo sua filha.
— Pare de ser ciumenta Lilian, a Madalena só foi babá da Vitória e você e sua irmã tiveram outras... Não precisa desse ciúme.
— Tá bom... Vitória está quieta por quê?
Vitória ia falar, mas a mãe fala por ela:
— Ela está com a garganta ruim...
— Ah, por isso o mimo?
Vitória estranha o tratamento de sua irmã e mesmo com a voz fraca, pergunta a ela:
— Por que está me tratando assim, Lilian?
— Estava pensando que... Será que você e o Juliano não terminaram por culpa sua? — Vitória olhando incrédula pra ela. — Acredito que ele tenha te traído porque você mereceu.
Celina grita com Lilian.
— Cala essa boca Lilian!
Uma lágrima sai dos olhos de Vitória... Ela fala à sua mãe:
— Mãe, estou indo... Não quero discutir...
— Vai minha filha... Tente não se esforçar tanto hoje...
— Tá bom.
— Só mais uma coisa... Hoje vou oferecer um jantar para amigos, faço questão da sua presença, ok? — Diz Celina sorrindo-lhe.
— Tudo bem.
Enquanto Vitória beija sua mãe para ir, Lilian fala às duas:
— Já vou avisando que não vou estar aqui.
Celina, com raiva batendo na mesa.
— Eu estou avisando que você vai estar e assunto encerrado!
— Mãe...
— Chega Lilian! Você mora debaixo do meu teto, não trabalha então você vai estar... Se não quiser que eu corte o dinheiro que você recebe todos os meses.
Vitória ao presenciar a cena, despede-se e vai para sua empresa.
— Estou indo.
— Sim, filha.
Lilian, com raiva sobe as escadas... Celina diz a ela:
— Foge... Foge mesmo. Enfrente-me de novo para você ver.
...***...
Lilian ligando para Juliano.
— Oi amor...
— Oi, não vou poder te encontrar hoje...
— O que houve?
— Minha mãe vai oferecer um jantar e tenho que estar aqui.
— Tudo bem... Um beijo te amo...
— Também te amo...
Quando desligam... Juliano comemora.
— Garota babaca... Já enganei uma e agora outra... Bom que vou estar livre dela hoje... Dá para marcar com outra...
...***...
Vitória chegando à sua empresa... Cibele a recebe.
— Bom dia Vitória... Está melhor?
Ela aponta para a garganta e com a voz fraca ela.
— Estou bem rouca Cibele.
— Estranho...
— Sim, mais ou menos... Madalena disse que eu sempre fico assim quando passo por alguma emoção.
— Então está explicado.
— Claro que não Cibele. Será?
— Óbvio Vitória.
— Bom... Hoje vou precisar muito da sua ajuda e a do Márcio, estou indo para minha sala...
— Vitória, só um minuto... Tem alguém esperando por você.
— Quem?
— O filho do amigo da sua mãe.
— Pirralho?
Cibele falando sem jeito.
— Não muito...
— Deixe comigo...
Quando Vitória abre a porta de sua sala se depara com Vinícius sentado em sua cadeira e ele fala a ela:
— Bom dia MINHA LINDA VITÓRIA...
Ela o olha, fica incrédula e põe a mão no pescoço quando engole em seco sentindo a garganta arranhar.
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Atualizado até capítulo 50
Comments
Maria De Fatima Carvalho
linda história
2023-03-18
1
Lena Macêdo E Silva
iiiih Lilian o Juliano vai fazer o mesmo que fez com a Vitória, pois pau que nasce torto não se indireita fora que quem não ama tem o costume de ser infiel e sem caráter
2022-10-26
1
Tatiane Moraes da Silva Teixeira
Que irmã vadia e traidora, vai ser bem feito ser feita de palaça
2022-10-24
0