Algum tempo depois, Alberto chega abrindo a porta da sala em que Vinícius está com violência.
— Vinícius, explique isso aqui. — Diz ele mostrando-lhe o vídeo. — O que você fez com a filha da minha amiga das 20h até quase 23h na sala de descanso?
Vinícius rindo e sendo debochado.
— Pai, o senhor já é bem grandinho, não é? Já deve saber.
— Eu não estou brincando Vinícius... Eu sou amigo da mãe dela há muitos anos... Fui amigo do pai dela que faleceu quando ela era uma criança.
— Porque eu nunca soube dela?
— Porque você voltou ao Brasil aos 19 anos quando sua mãe faleceu...
— Isso faz 13 anos...
— Não me enrole Vinícius... O que a Celina vai pensar quando descobrir?
— Que eu me apaixonei pela filha dela desde a primeira vez que a vi. — Ele diz sorrindo...
— Meu filho... Mas precisava transar logo de cara? Não dava pra tentar conquistar antes?
— Foi de repente... Não foi minha intenção de início... Só queria conhecê-la melhor, mas nos beijamos e tudo mudou. Perguntei a ela se queria sair dali, ela disse que podia continuar... Não foi forçada a nada... Ela é linda demais. Estou apaixonado.
— Ela é difícil, hein? Terminou um relacionamento há três meses... Eu não sei o porquê, acho que ninguém sabe, a não ser a família... Mas iam se casar e tudo.
— O miserável deve ter magoado ela... Só de pensar que ela pode ter chorado, dá vontade de quebrar com a cara dele.
O pai dele estranhando sua fala.
— É a primeira vez que ouço você falando assim de uma mulher.
— É a primeira vez que me apaixono.
...***...
Na empresa de Vitória... Cibele ao vê-la tossindo.
— Vitória, o que houve?
— Não sei... Eu me engasguei de repente, não consegui continuar.
— Bebe mais água, tome. — Diz Cibele oferecendo-lhe a água.
Vitória aceita e bebe.
— Tem uma reunião ainda após o almoço.
— Diga o Márcio para ir, não consigo. É melhor eu ir pra casa.
— Esse cara te deixou desconsertada.
— Claro que não Cibele!
— Não? Bastou ele ficar online, você perceber e engasgar.
— Aconteceu.
...***...
Na empresa de Alberto... Vinícius despedindo-se de seu pai.
— Bom... Pai... Eu tenho que ir... Estou com alguns projetos pendentes, dependem da minha aprovação ainda hoje. Só vou almoçar e voltar ao trabalho. O senhor quer almoçar comigo?
— Não vai dar meu filho. Tenho uma reunião daqui a pouco.
— Ok, então... Estou indo... À noite nos falamos em casa...
— Seu irmão chega de viagem hoje à noite também...
— Hummm... Que bom...
— E você aceita ele de volta em sua empresa?
— Não sei pai.
— Vocês poderiam voltar a se falar, já que você está apaixonado por outra mulher.
— Pai, eu tenho que ir.
— Ok.
...***...
Quando ele sai, Alberto imediatamente liga para Celina, mãe de Vitória.
— Celina!
— Oi Alberto...
— Aceita almoçar comigo daqui a pouco?
— O assunto é sobre o que estou pensando?
— Exatamente!
— É claro que aceito. No restaurante de sempre?
— Sim. Podemos nos encontrar lá em quarenta minutos?
— Perfeito!
...***...
Na casa de Celina, ela que sai apressada... Madalena, sua amiga e empregada, parando-a.
— Celina, não vai almoçar em casa?
— Não Madalena... Surgiu um compromisso.
Adriana surgindo no ambiente em que estão.
— Mãe, aonde a senhora vai, eu estou precisando falar com a senhora.
— Oi minha filha, o que houve?
— É sobre meu casamento... Mas deixe, depois conversamos... Vá, pode ir...
— Espere-me, é apenas um almoço, não demoro.
— Tenho planos para dormir aqui hoje.
— Adriana...
— Vá... Depois eu te explico melhor.
— Tudo bem, filha. — Diz Celina beijando-a em seu rosto.
...***...
No restaurante... Alberto a recepciona, puxando a cadeira para ela.
— Está muito bonita Celina, como sempre!
— Não seja galanteador... Já somos amigos há 50 anos...
— Desde o colégio... É verdade... Eu tinha 14 e você 13. — Diz ele sorrindo-lhe.
— Exatamente... Eu fiz minha família, você a sua... Tem dois filhos adultos e bem criados.
— E você, três filhas lindas... E é sobre nosso plano que preciso lhe falar.
Celina, bebendo uma água.
— O que houve?
— Vinícius e Vitória já transaram.
Ela engasga...
— Oi? — Pergunta Celina assustada.
— É isso... Nosso plano de fazer os dois se conhecerem, deu nisso.
— Ela não me disse nada...
— Ele também não... Eu descobri pelas câmeras.
— Tem imagem?
— Não... Fique calma... Vou lhe explicar.
Ele explica a ela detalhe por detalhe desde o encontro dos dois até ele falar com o filho.
— Não disse que ele ia se apaixonar por ela? — Diz Celina em um tom vitorioso.
— Pelo visto ela também gostou dele.
— Minha filha achando que vai me enganar por muito tempo... Disse que chegou tarde ontem porque ficou na empresa trabalhando.
Os dois riem...
— Celina, eles estão parecendo nós dois enganando nossos pais quando tínhamos menos de 20 anos...
Celina ficando séria...
— Alberto, deixe essa história pra lá... Não vale a pena lembrar.
Ele pegando em sua mão.
— Por quê? Porque não podemos tentar de novo? Já sou viúvo há treze anos.
— E eu há vinte.
— Então...
— Nós namoramos na adolescência...
— E você casou com meu melhor amigo...
— Paremos de falar de nós dois, pode ser? O foco agora é juntar esses dois filhos teimosos que já temos.
— A parte mais difícil será juntar sua filha a ele... Porque ele está caído por ela. Porque não podemos pensar em nós?
— Primeiro nós pensamos neles... Depois resolvemos nossa vida.
— Combinado Celina... Vou cobrar.
— Pode cobrar... Tive uma ideia... Hoje está muito em cima... Amanhã vou oferecer um jantar para vocês dois. — Diz ela sendo muito gentil.
— Meu outro filho chega de viagem hoje.
— Para vocês três então... Marcado assim?
— Por mim, perfeito... Tive uma ideia também e preciso de sua ajuda.
— Pra juntar aqueles dois, eu topo.
— Sim. Vou lhe explicar Celina.
Depois que Alberto lhe explica...
— A Vitória vai aceitar, já fizemos isso antes... Só não posso falar quem é óbvio.
— O Vinícius vai ser um pouco mais difícil, porque ele tem a empresa dele... Mas vou dar meu jeito, te confirmo a noite.
— Ok. Aguardo seu contato.
Eles sorriem e depois...
— Celina... Agora vamos seguir com nosso almoço, pois daqui a pouco preciso voltar...
— Eu também... Minha filha mais velha quer conversar sobre algo do casamento dela... Quero casar uma e outra já casada vem me arrumar problema... Fora a mais nova que não para com ninguém...
Ela sorri e ele sorri de volta... Pois a admira muito...
...***...
Após o almoço... Márcio em sua sala ao telefone falando com sua esposa Adriana...
— Amor, eu descobri... É uma investidora. Eu juro que não dei liberdade para ela falar assim. Acredite em mim... Nunca precisei mentir pra você...
— Olha Márcio, se eu descobrir que você está mentindo, eu meto a...
— Adriana, olha esse palavreado...
— Eu bato em vocês dois...
Ele sorrindo-lhe pergunta à sua esposa:
— Você dorme em casa, então?
— Sim. À noite conversamos.
— Onde está minha Clarinha?
— Está brincando.
— Ela não foi à escola hoje?
— Não. Eu estava nervosa e viemos pra cá. Quando ela viu o cachorrinho da Lilian, ficou encantada, agora está querendo um...
— Ah... Não Adriana...
— Já sabe, se a gente não der, uma de minhas irmãs vai dar...
— Pior que sei... Está tudo bem entre a gente?
— Está sim. Mas não quero você encontrando com essa mulher. Essa safada.
— Vou pedir à Vitória que encontre com ela, tudo bem, assim?
— Tudo amor.
— Eu amo você... Amo nossa família... Nunca mais duvide disso...
— Tudo bem. Também te amo muito Márcio.
Vitória chegando à sala dele... Ainda tossindo um pouco...
— Amor, eu tenho que desligar, sua irmã acaba de chegar aqui...
— Tudo bem, beijos...
— Beijos, eu te amo...
Quando desligam.
— O que houve Vitória?
Ela com a voz rouca.
— Você pode participar da próxima reunião em meu lugar? Não sei o que me deu... Eu fiquei assim de hoje cedo até agora...
— Você estava boa pela manhã...
— Foi depois da conferência, ele estava lá... Fiquei nervosa.
— Vitória...
— Pode me ajudar?
— Sim, posso! Vai pra casa... Ih caramba!
— O que houve?
— Falei pra sua irmã que ia pedir a você que falasse com a investidora...
— Caramba... E essa mulher vem quando?
— No fim da tarde...
— Faz a reunião de agora pra mim... Vou até ambulatório e estarei aqui com você.
— Tem certeza?
— Claro... Se essa piranha acha que vai tirar o marido da minha irmã, está muito enganada...
Ele rindo da reação de sua cunhada.
— Obrigado.
— Vou descer e já volto...
— Ok.
...***...
No fim da tarde... Vitória já voltou do ambulatório e está em sua sala... Cibele chegando.
— Melhorou Vitória?
— Um pouco melhor, estou bebendo bastante água e me deram esse spray de própolis. — Diz ela mostrando-lhe o spray.
— Que bom.
Márcio ligando para Vitória.
— Oi Márcio...
— Ela está na empresa e está vindo para minha sala. Você pode vir?
— Agora.
Cibele ao ver Vitória levantando, pergunta a ela:
— O que houve?
— Te explico no caminho, vem.
— Claro...
...***...
Quando chegam à sala de Márcio... Vitória abre a porta, o encontra afrouxando a gravata e a investidora, lindíssima dando em cima dele...
— Algum problema Márcio?
A moça sai de perto dele e estando com raiva.
— Quem a senhora pensa que é para entrar nessa sala sem ser anunciada?
— Eu não penso ser, eu sou Vitória de Menezes Cavalcante, a dona desta empresa.
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Atualizado até capítulo 50
Comments
Luciana Guiroto
desse o porrete nessa vadia vitória 😤
2024-04-20
2
Maria De Fatima Carvalho
👏👏👏💯💯💯💯
2023-03-18
4
Rose Paula
que mulher abusada
2022-11-19
2