16. O plano do roubo da criança

Me levantei para sair. Ele puxou minha mão. Virei sua mão rapidamente, fazendo ele sentir tanta dor que ficou de joelhos. Que cena maravilhosa, pensei. Não podia perder tempo com isso. Tinha muito o que fazer ainda.

— Não me toque com essas mãos imundas — Falei chutando ele para sair do meu caminho e sai dali. Deixando ele em choque.

— Or, vou te chamar assim agora, entregue isso para os meus advogados. Comece a fazer valer o mais rápido possível e consigam a assinatura dela. — Falei entrando no carro.

— Onde vamos agora? — Perguntou ele sentado no banco de motorista.

— Na empresa. Quero fazer uma grande mudança no desfile. Tive uma ideia fantástica para esquentar a noite. — falei enquanto mandava algumas mensagens para que minha ideia desse certo.

A alteração acabou levando mais tempo que eu imagina. Tivemos até pedir apoio dos advogados que resolveram toda a questão burocrática que surgiu. E tudo no final acabou bem. Estou entrando realizada dentro de casa, quando vejo uma morena dançando loucamente no meio da minha casa. Hoje é o dia que corto a cabeça de uma fácil. Tão brincando com a minha pouca paciência.

— A Anitta tá perdendo uma bailarina aqui — Falei debochada encarando a desconhecida

— Oh! Obrigada. Quem é você? — Perguntou. Olha nos meus olhos. Na minha casa. Eu estou mesmo sem moral. Já estava para voar não cabelos dela quando Allan entrou na sala, segurando minha cintura. Parece que estava adivinhando meus pensamentos.

— Então já se conheceram? — Falou olhando para nós duas

— Não — Respondemos na mesma hora, todas as duas pareciam chateadas, eu quis ri, mas tinha que manter o papel de esposa chateada com uma morena dançando no meio da minha sala.

— Vocês são lentas. Aline, essa é Maitê, sua cunhada. Maitê, essa é Aline, a minha irmã, que claro é sua cunhada também. — Allan falou colocando bebida no seu copo.

— Cunhada? — Ela falou me olhando curiosa

— Sua irmã? — Eu a olhei procurando nela um pouco do irmão e falhei.

— Sim, para as duas. E vamos jantar? Depois quero conversar com as duas. — Falou Alan bravo. Acho que descobriu o que eu fiz.

— Então vamos, amor — Falei beijando seu rosto e puxando para sala de jantar

— Minha esposa tem um caráter muito duvidoso. Logo adianto, Aline. Cuidado com ela. — Ele falou rindo e me encarando. Fiz biquinho para ele.

A Aline não falou nada. Apenas acompanhou ele. Jantamos não falando muito. Alan explicou que Aline estudada fora, fazia intercâmbio. Que ela desde pequena estudo no exterior. O que explica porque não conhecia ela. Acabamos reunimos na sala. Acho que ele esperava a gente falar. Vai ficar esperando.

— OK. ODEIO SILÊNCIO. PARECE TORTURA. Fui expulsa da escola. Me pegaram transando com um professor no quarto da diretora. Não deu muito bom. — Ela falou como não tivesse feito nada demais.

— VOCÊ O QUÊ? QUEM É ESSE BASTARDO? — Alan estava possesso com a confissão da irmã. Também ficaria.

— A para. Ele foi nem o primeiro. Só deu ruim dessa vez porque perdi o visto — Ela falou chateada

— Só perdeu o visto. SÓ ISSO. Sua Pirralha. Eu vou te pegar. E seus estudos? — Allan estava correndo atrás da irmã que estava desesperada com medo de ser pega.

— Eu peguei a guarda de uma criança através de um golpe. Em um acordo bilionário. Que coloca sua mãe e seu pai como meus escravos. — Falei e eles pararam de correr na hora. Fim do pega-pega das crianças.

— Oww! A cunhada é sinistra. Você estava certo, irmão. Vou tomar cuidado com ela. — Falou sentando devagar e rindo.

— Sim. Fiquei sabendo POR UM ADVOGADO, não por minha esposa. Foi protocolado. Me ligaram para dizer que eu virei pai e se podiam continuar com o processo de adoção — Alan disse se sentando cansado

— Você não deixou? — perguntei desesperada

— Minha esposa é perigosa demais para ir contra ela. Só quero saber o que espera com isso. — Falou

— Vingança — Falou sem nem pensar

— A criança não tem relação com os erros dos pais — Allan diz visivelmente irritado

— Por isso, estou salvando a criança deles. No futuro, ela vai decidir, se eles morrem ou não. Por enquanto, a criança será protegida e eles escravos. — Falei totalmente decisiva

— E quando vai colocar isso em ação? — Perguntou Alan

— Depois do desfile. Aliás, tenho vaga ainda de modelo, não quer desfilar, Aline? — Perguntei animada. Ela era linda. Morena, 17 anos, cabelos cacheados altos e cheios. Era perfeita para meu desfile.

— Roupas sem graça? — ela pergunta

— São lingeries. Da empresa da família. Estou lançando uma coleção. Se chama Hell.

— Super topo! — Falou animada

— Vai colocar a minha irmã para desfilar nua? — Allan pergunta chocado

— Sua esposa vai, nada ruim a sua irmã virar modelo oficial da empresa — Falei adorando a ideia de uma modelo da família no desfile. Allan fez careta. Não sei se por eu desfilar ou ele.

— Serei modelo oficial? — Perguntou ela animadíssima

— Sim, eu vou colocar o seu nome na lingerie que você vai desfilar. O que acha?

— Eu adorei a ideia. Tava pensando que iria ficar de bobeira em casa. Vai ser ótimo. — falou animada me abraçando

— Então amanhã você vai comigo. Vou te apresentar alguém que vai te treinar. Você tem que ser a nova porta voz. — Eu estava pensando bem mais no futuro. Aline resolveria metade dos meus problemas relacionados a coleção.

— Então irei dormi. Quero ficar linda para amanhã — Saiu saltitando para o quarto

Allan tinha falado pouco. Nem brigou de verdade. Ele parecia de cabeça cheia. Quando a irmã saiu. Ele perguntou de uma vez só.

— Você pretende roubar tudo da família, matar todos e criar a criança? — Perguntou parecendo preocupado com o meu plano

— Sim, por aí. — falei pensativa

— Você vai acabar magoada novamente. E a dor não vai diminuir. MATAR todos não vai resolver seu problema, sem contar que ela, a criança, vai te odiar, você terá matado a família dela. Será você fazendo o mesmo que fizeram com você.— Ele falou com a mão na cabeça.

— Então irei torturar. Deixar que nunca sejam felizes. E farei que a criança seja bem amad por nos. — Falei super confiante.

— Sabe que pode contar comigo , certo. Não precisa lutar tanto sozinha. Estou aqui para assumir os seus b.o com você. Por favor, converse comigo antes de colocar planos desse nível em prática. Não quero você machucada depois.

— Sim. Sempre. Estamos juntos nesse mundo. E vamos vencer. Somos nós contra o mundo. — Eu disse ainda mais confiante, fui para seu colo e dei a ele um beijo.

— Um caráter super duvidoso. SUPER — Ele disse rindo

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